sábado, 25 de junho de 2016

Eça & Outras

«Hontem e hoje»

            Celebra-se este ano o 175º aniversário do nascimento de Alberto Sampaio, autor de «O Norte Marítimo: notas para uma história» (1890); «Ontem e hoje» (1892) e «As Villas do Norte de Portugal» (1892), todos estes textos publicados na Revista de Portugal de Eça de Queirós, depois revistos muitas vezes pelo autor à procura da máxima exatidão fatual e da coerência do discurso até à perfeição possível, republicando-os na Revista de Guimarães, na Revista de Ciências Naturais e Sociais e na Portugália, reunidos enfim por Luís de Magalhães nos Estudos Históricos e Económicos em 1923, reeditados em 1979, e mais recentemente nas Obras, em 2008, onde os podemos encontrar e voltar a ler.
            Alberto Sampaio pertence àquela geração de inquietos do século XIX, o grupo de jovens estudantes mais interrogador que jamais houve em Portugal, os quais puseram em causa o ensino obsoleto da lenta sebenta de Coimbra e relançaram a cultura portuguesa para horizontes até então nunca atingidos entre nós nas ciências da natureza, nas ditas exatas ou nas humanas, na Literatura, na Filosofia e nas Artes. É certo que os movia a vontade de acompanharem o progresso que chegava lá de fora a um Portugal então camiliano, ou mesmo castilhiano, chaguiano e ortigoniano e outros que se lhes seguiram até aos dias de hoje, com a luzinha do talento alimentada pela candeia provinciana. Alberto Sampaio e Antero de Quental foram aos Estados Unidos ver o mundo novo e Eça também, a desenjoarem dos milagres de Ourique, enquanto a chegada do darwinismo dava ocasião para duelos à espada. É a geração coimbrã de Adriano de Paiva, o criador do princípio da transmissão de imagens à distância que depois se chamaria televisão, e de muitos outros que se interrogavam sobre tudo o que até aí era tido como certo e inalterável na política, na economia, na religião, na história, no pensamento, na cultura, dando conta dessas interrogações em conferências, relatórios, jornais e revistas, criação de instituições, escrevendo romances como A Relíquia, publicando banda desenhada como a de Rafael Bordalo Pinheiro, divulgando os benefícios da pasteurização e da agronomia, tudo na grande esperança de que o povo, através da escola, “chegasse lá”. Esta geração tinha a clara ideia de que não havia um país para privilegiados e eruditos e um outro para os analfabetos ou os precariamente letrados e que haveria que conciliar o fim das fomes do corpo com as seculares fomes do espírito, das urbanas viagens do comboio com as efémeras felicidades campestres. Esta geração adivinhou mundos a haver porque se interrogava permanentemente e desconfiava das respostas imediatas, sabendo que “a luz” poderia demorar, e que, quando viesse, não vinha para ficar, podendo mesmo tratar-se de encandeamentos temporários, tão enganadores como os existentes, e que só a interrogação permanente era caminho a percorrer na luta constante contra a nacional pasmaceira. No que à História pátria dizia respeito, se já então se ouvia o bronzino sino de Herculano sobre os alvores da nacionalidade, as interrogações sobre o entre-tempo desde as ruínas castrejas de Martins Sarmento até ao das reconquistas aos mouros, compostelanos e leoneses era nesses dias solitariamente percorrido por Alberto Sampaio, que percebera que Portugal era o resultado de uma lenta evolução organizativa de populações camponesas e marinheiras litorâneas contra o norte asturo-galego, o leste leonês e o sul muçulmano, ajudadas pelos cavaleiros moçárabes de Lamego e Coimbra e pela autoridade religiosa da Bracara Augusta contra a Compostela feudal, e não o fiat lux de elites predadoras.
            E no entanto esta geração de interrogadores era humilde perante a ciência: «a chamada ”Luz da Ciência”, a cada instante mais viva e mais alta, só nos serve, por isso mesmo que a aumenta em altura e brilho, para nos mostrar quanto é infinita e inacessível, em redor, a tremenda treva metafísica. A ciência realmente só tem alcançado tornar mais intensa e forte uma certeza – a velha certeza socrática da nossa irreparável ignorância. De cada vez sabemos mais – que não sabemos nada» (Eça de Queirós, Notas Contemporâneas).
Esta humildade dos que procuravam a possível verdade das coisas, além de não ter tido continuidade, tem sido nos nossos dias despudoradamente aproveitada por novos bonzos de templos de velhas divindades travestidas, armados em messias universais ou pandilheiros de atividades ditas culturais para entreter reformados que não sabem o que fazer ao tempo livre e remunerado que a atual sociedade lhes proporciona. Daí à indústria da mitomania vai apenas um pequeno passo, que os turismos organizados em instituições acolhem, acalentam e promovem através de novos conselheiros acácios, os opinion makers que a geração dos anos sessenta e setenta do século XIX ridicularizou e depôs, pelos vistos temporariamente, no tapete das inutilidades. Mas ei-los, que aí os temos de novo, ferozes e maléficos nas suas tiradas e nas suas ações, sacudindo no bolso das calças o ódiozinho de estimação por tudo quanto cheire a livre pensamento. Para tal tentar esconjurar, vou propor que a atual Revista de Portugal volte a publicar o texto «Ontem e hoje» de Alberto Sampaio, uma das mais notáveis sínteses de análise sobre a História pátria e a maneira de ser dos portugueses que jamais li, entretanto, sem o prever, emoldurada pelo experimentalismo dos acontecimentos de mais de um século, o que alguns negam como possibilidade às ciências humanas: o texto foi inicialmente publicado em 1892 e o autor não podia saber o que desde então para cá se ia passar. Mas acertou em cheio: continuamos a ser e a agir como ele anotou até aí nesse seu texto. Mas creio que, tal como outros pensadores do seu tempo, também o autor de Vila Nova de Famalicão teria preferido ter-se enganado e concluído que desde o 31 de janeiro, o 25 de abril, o 13 de maio, o 10 de junho, o 5 de outubro, além de outros feriados religiosos de data hesitante que poucos sabem o que pretendem significar, já somos muito melhores na nossa vida pessoal e coletiva. Afinal é lícito ter ilusões.
Não direi, como o miúdo esperto da fábula, que “o rei vai nu”. Perguntarei apenas aos poucos preocupados com estas coisas que ainda falam comigo se acham que essa gente, os batedores de palmas e abanadores de circunspetas cabeças, se interrogam? Se põem questões? Se usam a dúvida metódica sobre o que lhes é dado como manifestações da verdade e do saber? Se vão à forja da vida temperar as suas certezas?
Não, não creio. Nem precisam. Afirmem eles, alto e bom som, que acreditam em meia dúzia de “verdades feitas”, não as contestem, não as interroguem, nem a bondade dos seus promotores: vão a pé pelos antigos caminhos romanos e chamem-lhes de S. Tiago, imaginando no passado inexistentes multidões com liberdade, tempo e subsídio de férias para os percorrer; continuem a afirmar que D. Afonso Henriques nasceu no berço onde a mãe não cabia; que o Infante D. Henrique mandou aviar uns pratos de tripas com o feijão e as especiarias que só estariam disponíveis entre nós séculos depois; venerem o galo de Barcelos, a padeira de Aljubarrota ou a santinha de qualquer ladeira ou azinhal; que Fernão de Magalhães nasceu em Sabrosa numa adega cooperativa; que umas certas “aparições” foram as únicas e verdadeiras que jamais aconteceram neste abençoado país; vão visitar o destruído muro da Europa reerguido na Terra Santa, tenham uma fé infinita nas virtudes do futebol e nos angélicos dirigentes das empresas desportivas, na seriedade dos banqueiros, na eficiência dos juízes, na bondade do povo e seus eleitos, entre muitas outras “certezas”, e o mundo continuará a girar, não apenas para cumprir a lei da atração universal, como seria de esperar desde Copérnico e Galileu, mas também para proveito e prestígio próprios destes cidadãos de sucesso.
Meu caro Alberto Sampaio, que juventude ainda para aí vai nos teus 175 anos! Continuo tão embasbacado com a nossa realidade de portugueses como tu o estiveste. Mas graças a um qualquer anterior acordo ortográfico que já nenhum “conselheiro” contesta, suponho que a principal diferença entre nós é que eu já não escrevo ontem com h. Como vês, já houve progressos!

J. A. Gonçalves Guimarães
Mesário-mor da Confraria Queirosiana

O Mandarim no Teatro

Em 2008 José Leitão, ator e encenador publicou as suas adaptações ao teatro de duas obras de Eça de Queirós, respetivamente “Não matem o mandarim”, com prefácio de António Coimbra Martins, e “Que relíquia”, com prefácio de Carlos Reis, publicadas num volume editado pela Câmara Municipal da Maia. Mais recentemente, no passado mês de maio, esteve em cena entre os dias 9 e 19 no Teatro Nacional São João no Porto a peça de teatro “Nunca mates o mandarim”, adaptação de Rui Pina Coelho encenada por Gonçalo Amorim para o Teatro Experimental do Porto (para quem já anteriormente tinha encenado uma versão de Os Maias), integrada também no programa do FITEI. Continua assim a ter uma leitura perfeitamente atual a novela que Eça escreveu como vingança intelectual contra aqueles que, apoiados no status quo internacional vigente e bem pensante da segunda metade do século XIX, ganhavam dinheiro com os escravos chineses criados pela guerra imperialista a que as potências ocidentais (EUA, Inglaterra, França, Alemanha) submeteram a China, muitos deles enviados para a Cuba espanhola da cana do açúcar. Eça, que poderia ter ficado rico para o resto da vida bastando para tal “fechar os olhos”, em 1873 preferiu desafiar a ira dos fazendeiros coloniais e do governo espanhol e outros, passando a dar um “visto” consular a todos os colies chegados a Havana, com o argumento de que, se vinham de Macau, eram portugueses, melhorando assim as perspetivas de vida de milhares de desesperados refugiados que passaram assim a estar registados legalmente e com alguma teórica proteção internacional, uma ação que só teria paralelo mais de sessenta anos depois com Aristides de Sousa Mendes um outro cônsul português que salvou milhares de refugiados na França colaboracionista de Pétain.

Livros e Revistas

Leite e Laticínios. A Confraria Nacional do Leite acaba de publicar o livro “Leite e Lacticínios em Portugal. Digressões históricas” coordenado por Jorge Fernandes Alves, historiador e professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que assina o capítulo «I – A fileira do leite em perspetiva histórica», a que se segue «II. Testemunhos vividos» sobre o leite e os lacticínios nos Açores e a produção do leite em Portugal Continental por L. H. Sequeira de Medeiros e João Cotta Dias, médicos veterinários. Ainda um anexo final «III. Confraria Nacional do Leite» sobre a instituição e os confrades. Está assim esta instituição de parabéns pela edição desta útil, elucidativa, bem documentada e abrangente obra sobre um universo que nos é, quantas vezes, tão familiar quanto desconhecido, escrita por três profissionais de reconhecido mérito nas respetivas áreas, desde a vertente histórica até aos aspetos técnicos e sanitários da produção deste alimento.

Numismática. Acaba de ser disponibilizado gratuitamente on line pela Universidade do Algarve e o Campo Arqueológico de Mértola a obra “Numismas da Horta da Misericórdia (Faro): Catálogo Geral”, da autoria do arqueólogo Marco Paulo Ferreira Valente, o qual pretende «colmatar algumas lacunas relativamente ao que os estudos da numismática têm sido votados nas últimas décadas – salvo honrosas exceções … os hiatos cronológicos e os estudos, quer de casos específicos, como de áreas mais abrangentes do ponto de vista espacial, estão em larga escala por ser efetuados». Esta obra passará com certeza a ser uma referência nesta área.



As Artes entre as Letras. No passado dia 18 de junho decorreu no Teatro do Campo Alegre no Porto a sessão comemorativa do 7º aniversário deste jornal cultural dirigido por Nassalete Miranda, cujo n.º 172 foi inteiramente dedicado à Sétima Arte, com editorial da diretora e a habitual crónica de Guilherme de Oliveira Martins, magníficos retratos de Manuel de Oliveira e de Raúl Brandão por Hélder de Carvalho, além de vária outra colaboração. Este jornal publica mensalmente a página Eça & Outras da responsabilidade da Confraria Queirosiana.

Confrarias e Gastronomia Portuguesa. No próximo dia 5 de julho decorre no Museu Nacional de Etnologia em Lisboa o lançamento do livro “A minha viagem por Portugal”, editado pelo Casino Figueira, da autoria de Olga Cavaleiro, presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, o qual compactou num só volume os artigos que a autora publicou em 2015 na revista Tabu do semanário Sol sobre muitas das confrarias portuguesas e os produtos e práticas alimentares que promovem, entre as quais a Confraria Queirosiana, que tem vindo a divulgar em Portugal e Brasil a obra queirosiana sobre estas incidências e os mais recentes estudos sobre estes temas.


Congressos, colóquios, conferências, palestras  e visitas guiadas

Construção naval. Decorreu nos passados dias 23 a 25 de maio em Vila do Conde o Congresso Internacional Construção Naval. Arte, Técnica e Património, organizado pela Câmara Municipal, no qual apresentaram comunicações vários especialistas que serão professores no curso sobre História Naval do Noroeste de Portugal, organizado pela Academia Eça de Queirós e que decorrerá no Solar Condes de Resende (Almirantes de Portugal) a partir de outubro próximo, nomeadamente Amélia Polónia (UP/CITCEM), Hugo Bastos (Douro Azul) e Amândio Barros (IPP/CITCEM).

Alunos do mestrado em História Contemporânea da FLUP na CFC
Companhia de Fiação de Crestuma. No passado dia 27 de maio os alunos do mestrado em História Contemporânea da Faculdade de Letras da Universidade do Porto dirigidos pelo professor Jorge Fernandes Alves realizaram uma visita de estudo à recuperação das instalações da centenária Companhia de Fiação de Crestuma, em Lever, objeto da dissertação de mestrado da investigadora Maria de Fátima Teixeira, tendo sido recebidos pelo seu proprietário, Dr. Ricardo Haddad. Em seguida visitaram o Castelo de Crestuma que tem vindo a ser estudado pelo Gabinete de História, Arqueologia e Património da Confraria Queirosiana.

Egiptologia. Luís Manuel de Araújo, egiptólogo e professor na Universidade de Lisboa tem proferido diversas palestras e conferências sobre egiptologia nas seguintes instituições: a 1 de junho no Avditorivm Tryvel no Porto sobre ”Egito na Europa”; no dia 21 de junho no auditório da Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos, em Lisboa, sobre “Viver bem e morrer melhor no Antigo Egito”. Entre 21 e 28 de Agosto próximo vai guiar uma vigem a alguns dos principais museus da Europa que albergam coleções trazidas do Vale do Nilo, desde Lyon, passando por Grenoble, Turim e Milão, organizada pela Tryvel.

Open House Porto 2016. Decorreu nos passados dias 18 e 19 de junho a 2ª edição desta iniciativa promovida pela Open House Worldwide, e na região do Baixo Douro pela Casa da Arquitetura, subordinada ao tema “A Arquitetura de portas abertas” com visitas guiadas a diversos edifícios emblemáticos das cidades de Gaia, Matosinhos e Porto, entre os quais o edifício dos Paços do Concelho de Vila Nova de Gaia, com projeto de 1916 da autoria de Francisco de Oliveira Ferreira, cujas visitas foram guiadas por Eduardo Vitor Rodrigues, sociólogo e presidente da Câmara de Gaia, e J. A. Gonçalves Guimarães, historiador.

23º Festival Internacional de Música de Gaia. Estando a decorrer este festival entre 10 de junho e 16 de julho, no passado dia 18 de junho acolheu na Casa Museu Teixeira Lopes uma conferência por Mário Vieira de Carvalho, musicólogo e professor jubilado da Universidade Nova de Lisboa, sobre “Identidade, Liberdade, Intervenção: Fernando Lopes-Graça e o seu percurso de compositor. Assinalando o 110º aniversário do seu nascimento”, a qual foi ilustrada com a interpretação de várias obras suas pelo pianista Jaime Mota, a soprano Vera Mesquita e a mezzo-soprano Gisela Sachse.

11º Congresso Luso-brasileiro de História da Educação (COLUBHE). Promovido pela Associação de História da Educação de Portugal (HISTEDUP) e pelo CITCEM/Faculdade de Letras da Universidade do Porto, decorreu na cidade do Porto entre os dias 20 e 23 de junho este certame onde estiveram presentes como conferencistas António Manuel Silva, Eva Baptista e José António Afonso, entre cerca de 400 palestrantes de ambos os lados do Atlântico.

2º Colóquio do Lumiar, Lisboa. No próximo dia 2 de julho decorre no Museu do Teatro e Dança do Lumiar este colóquio organizado pelo Centro Cultural Eça de Queirós de Telheiras em que serão palestrantes, César Veloso e Fernando Andrade Lemos, em colaboração com outros, sobre “Uma Questão de Bens da Igreja”, a que se seguirão outros temas.

Exposições e eventos


A Confraria Queirosiana na insigniação do ministro da Economia;
foto de Susana Moncóvio
Dia Nacional da Gastronomia. Como noticiamos na página passada, decorreu no passado dia 29 de maio no mercado Manuel Firmino em Aveiro a primeira comemoração do Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa, aprovado pela Assembleia da República e promovido pela Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, em cuja sessão de abertura foram insigniados como Optimus Conviva das Confrarias de Portugal o ministro da economia Manuel Caldeira Cabral, a secretário de estado do turismo Ana Mendes Godinho, o secretário de estado das florestas e desenvolvimento Amândio Torres e a fadista Kátia Guerreiro. Estiveram presentes várias empresas de produtores e vendedores portugueses e espanhóis de produtos gastronómicos e enófilos, além de numerosas confrarias, entre as quais a Confraria Queirosiana representada por quatro elementos da direção.

Dia de Itália. Diversos confrades queirosianos estiveram presentes no passado dia 5 de junho, nas comemorações do Dia de Itália que decorreu no Porto, no Palácio do Freixo, promovido pelo Consulado de Itália no Porto e pela Associazione Socio-Culturale Italiana del Portogallo Dante Alighieri, para a qual, entre abril e junho, José Manuel Tedim, historiador da Arte e presidente da direção dos ASCR – Confraria Queirosiana, lecionou no seu curso “Encontro com a Arte: Pintura Italiana”.


Mesa da Federação das Confrarias Báquicas Portuguesas;
 foto de Carla Marques
Federação das Confrarias Báquicas de Portugal em Madrid. No passado dia 21 de junho decorreu no Hotel Westin Palace a insigniação de diversas personalidades portuguesas e espanholas como membros de honra da Federação das Confrarias Báquicas de Portugal com sede na Quinta da Boeira, Vila Nova de Gaia, entre elas o embaixador de Portugal em Madrid, Dr. Francisco Ribeiro de Menezes. Do evento constou também a apresentação da exposição de modelos de embarcações históricas construídas pelo artesão Albino Costa presentes na sala, por J. A. Gonçalves Guimarães, mesário-mor da Confraria Queirosiana e autor do livro “Modelos de embarcações históricas portuguesas dos séculos XVI a XIX”, edição em português e castelhano que aí teve a sua primeira apresentação pública, a que se seguiu uma prova de 200 anos de vinhos do Porto, através de colheitas de lotes de 10, 20, 30, 40 e 100 anos comercializadas pela Quinta da Boeira, igualmente produtora do “10 anos” e “20 anos” Confraria Queirosiana. Ao ato estiveram presentes dirigentes da AICEP e de outras entidades de promoção em Espanha de produtos portugueses, o vereador da Câmara de Gaia, arq. José Valentim Pinto Miranda, bem assim como produtores de vinhos e confrades das Confrarias do Vinho do Porto, do Vinho Verde, de Nossa Senhora do Tejo, dos Vinhos de Carcavelos, dos Gastrónomos e Enófilos de Trás-os-Montes e da Confraria Queirosiana.

Lvsitania Romana. Origem de dos Pueblos – No próximo dia 30 de junho abre ao público no Museu Arqueológico Nacional de Madrid esta exposição, promovida pelos ministérios da Cultura de Portugal e Espanha. Depois de ter estado patente ao público em Mérida e Lisboa, chegou agora a vez da capital espanhola, onde até 16 de outubro poderão ser vistas, entre muitos outros objetos do período romano, as duas tesserae hospitales do Monte Murado, Vila Nova de Gaia, depositadas no Solar Condes de Resende e que foram objeto de estudo por Armando Coelho Ferreira da Silva, professor catedrático da FLUP e arqueólogo, publicado em 1983 na revista Gaya.

Prémios e distinções

Prémios APOM 2016. Diversas entidades dirigidas por confrades queirosianos, ou onde trabalham dirigentes, confrades ou sócios dos ASCR - Confraria Queirosiana, foram distinguidas pelos prémios APOM 2016, de entre eles o Museu da Misericórdia do Porto, o Centro Interpretativo CM Porto/Casa do Infante e o prémio Melhor Trabalho Jornalístico/Media, atribuído ao programa “Caminhos da História” do Porto Canal, da autoria de Joel Cleto.

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Eça & Outras, IIIª. Série, n.º 92 – sábado, 25 de junho de 2016; propriedade dos Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana; Cte. n.º 506285685 ; NIB: 001800005536505900154 ; IBAN: PT50001800005536505900154;
email: queirosiana@gmail.com; www.queirosiana.pt; confrariaqueirosiana.blospot.com; eca-e-outras.blogspot.com; vinhosdeeca.blogspot.com; coordenação da página: J. A. Gonçalves Guimarães (TE-638); redação: Fátima Teixeira; inserção: Amélia Cabral; colaboração: Carla Marques; Susana Moncóvio.



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