sábado, 25 de fevereiro de 2023

Eça & Outras

Ano do Centenário do “Vencido da Vida” e diplomata Luís Maria Pinto de Soveral, Marquês de Soveral (1851-1922)

A Educação na ordem do dia

         Nestes dias em que os professores descem as avenidas a chamarem a atenção dos cidadãos e do governo para a sua situação profissional desajustada e nunca respeitada, pesem embora as loas sempre ouvidas sobre a sua fundamental imprescindibilidade, se outras urgências não existissem para o dia-a-dia, importaria agora mais do que nunca recordar o que tem sido em Portugal a centenária “batalha da Educação” pela alfabetização efetiva, pela escolaridade útil e pela formação dos alunos para o exercício das profissões, pelo ensino da evolução da Humanidade, pelo progresso da cidadania. É uma história já longa, mas que parece nunca bem aprendida ou sequer muito considerada pois, com as constantes reformas e experimentações, estamos sempre na necessidade de voltar a uma estaca zero que ninguém sabe exatamente onde começa ou onde a colocar. E no entanto a Educação tem tido entre nós grandes pensadores, cultores e promotores que ficaram esquecidos no tempo e nas propostas que construíram, quantas vezes ao longo de uma vida de efetiva dedicação à pedagogia.

         Vem isto a propósito da recente apresentação, no passado dia 6 de fevereiro, das provas de doutoramento de Eva Cristina Ventura Baptista na Faculdade de Letras da Universidade do Porto com a tese intitulada «A Educação em Vila Nova de Gaia, entre 1880 e 1930. Associações, Escolas e Personalidades», a qual teve como orientadores os Prof.s Doutores Luís Alberto Marques Alves, daquela faculdade, e José António Martin Moreno Afonso, do Instituto de Educação da Universidade do Minho. O júri teve como presidente o Professor Doutor Luís Miguel Duarte, catedrático daquela faculdade, ladeado pelo Prof. Doutor Joaquim António Pintassilgo, do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, que foi arguente, sendo-o também a Prof.ª Doutora Raquel Pereira Henriques, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e ainda o professor orientador da Universidade do Minho já referido, e a Prof.ª Doutora Cláudia Sofia Pinto Ribeiro, também da faculdade onde se realizaram as provas.

      Os arguentes salientaram a riqueza de aspetos analisados neste universo educacional, que se desenvolveu em volta de capítulos sobre Educação e Beneficência, a resposta da sociedade civil oitocentista às demoras e insuficiências da escola pública através de associações populares com finalidades educativas que muito contribuíram para que o índice de analfabetismo masculino neste concelho fosse desde então mais baixo do que o verificado no todo nacional. Mas também sobre a ação de cidadãos beneméritos que ergueram escolas ou custearam os ordenados dos professores e a compra de material didático, quase todos eles maçons filiados em várias lojas, apostados na transformação da sociedade através da implantação de uma rede educativa de várias instituições públicas e privadas, de várias matrizes ideológicas ou confessionais, católicos, protestantes e agnósticos, entre as quais o fundador da Escola do Torne que foi sempre paradigmático como singularidade gaiense.

A autora analisou demoradamente a imprensa local da época tratada, quer a profissional quer a politicamente alinhada com monárquicos, republicanos ou anarquistas, quer mesmo a que privilegiava os temas educacionais para além das crenças ou dependências ideológicas. Nela colheu evidências de combates pela educação transversais a toda a sociedade. Estamos, pois, perante uma profunda análise que faz entender a História da Educação com a História Local no conceito trabalhado pelo Professor Doutor Justino Magalhães da Universidade do Minho sobre o «município pedagógico», o qual, como no caso de Vila Nova de Gaia é bem evidente, este não é uma miniatura do todo nacional, mas uma particularidade muito específica. Se é certo que o aparato teórico já existente para a História da Educação foi desenvolvido em Portugal, desde os anos sessenta do século passado, nos trabalhos do gaiense Professor Doutor Joaquim Ferreira Gomes, da Universidade de Coimbra, e depois pelos seus seguidores, para a História Local esse desiderato ainda não existe, mas por isso mesmo esta tese é também ela um valioso contributo para a sua problemática ao quase esgotar o tema na época balizada, deixando nele pedreiras abertas e disponíveis para a edificação de futuros edifícios do saber, podendo ser um deles o levantamento, estudo e divulgação do Património Escolar de Gaia, no que diz respeito às teorias da Educação e seus criadores, mas também os edifícios construídos ao longo dos tempos, ainda só parcialmente tratados, o mobiliário, as bibliotecas didáticas, autores e editores, e os arquivos escolares, sabendo-se que muitos deles foram destruídos por incúria ou mesmo por insensibilidade. Perante a monumental elaboração de inúmeras biografias de interventores neste processo apresentada pela investigadora, o presidente do júri pôs mesmo a questão se de facto não existirá um homo gaiensis especialmente ligado aos temas da Educação, assunto sobre o qual cada um poderá refletir a partir desta tese e também de muitos silêncios e interrogações que por ela perpassam e que a autora não omitiu ou escondeu, alguns dos quais se prolongaram até ao presente. Se tal existir, ele e ela serão democratas preocupados com o porvir, trabalhadores, solidários, instruídos, libertários, gregários na mundividência. Mas isso é já outra história. A candidata foi aprovada doutora por unanimidade de um júri de excelência.

Ao voltar a passar ao fundo da rua, junto da minha antiga escola primária mandada construir em 1868 por Diogo Cassels, um desses beneméritos preocupados com a formação escolar dos seus concidadãos referido nesta tese, lembramo-nos das palavras escritas por um seu contemporâneo que bem poderão aqui resumir os propósitos destes antigos pedagogos gaienses: «Sempre caminhando no sentido do Bem e da Justiça: o seu obscurecimento é meditação, a sua demora é uma expectativa, a sua lentidão é um estudo. Tomado ora de vertigens, ora de superstições, ora de vaidades, pode por um momento desviar-se do caminho da razão, da lei, da liberdade e da justiça: mas sempre volta a seguir o instinto que o leva para o bem» (Eça de Queirós, Páginas de Jornalismo).

J. A. Gonçalves Guimarães

secretário da direção

Doutoramento

Doutora Eva Baptista

         Conforme acima se comenta, apresentou-se na Faculdade de Letras da Universidade do Porto no passado dia 6 de fevereiro como candidata à obtenção do grau de doutora em História Contemporânea através de provas públicas de doutoramento, Eva Cristina Ventura Baptista. A candidata é licenciada em Ciências Históricas – Ramo Património pela Universidade Portucalense Infante D. Henrique. Fez parte da equipa de Arqueologia e Património do Gabinete de História e Arqueologia que trabalhou na Quinta da Ervamoira no Vale do Côa e em São Salvador do Mundo em São João da Pesqueira e foi investigadora no projeto Património Cultural de Gaia (PACUG) em curso no Solar Condes de Resende em concretização pela associação Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana com o patrocínio da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. Em projetos desenvolvidos por estas entidades é co-autora de: A actividade metalúrgica em Ervamoira: uma primeira abordagem (em colaboração com J. A. Gonçalves Guimarães). «Côavisão - Cultura e Ciência», n.º 6, 2004. Vila Nova de Foz Côa: Câmara Municipal, p. 153-165; História da Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Gaia/ History of the Commercial and Industrial Association of Vila Nova de Gaia (em colaboração com Susana Guimarães e J. A. Gonçalves Guimarães); A Família e a Maternidade no imaginário religioso do século XVIII: o caso gaiense (em colaboração com J. A. Gonçalves Guimarães). «Revista de Portugal», n.º 2. Vila Nova de Gaia: ASCR-Confraria Queirosiana, 2005, p. 15-22; Metalurgia de Ervamoira - Vale do Côa: estudo das peças (em colaboração com J. A. Gonçalves Guimarães). «Côavisão - Cultura e Ciência», n.º 8, 2006, p. 9-16; Objectos arqueológicos e outros de Trás-os-Montes e Alto Douro na Colecção Marciano Azuaga (Solar Condes de Resende, Vila Nova de Gaia), (em colaboração com Fátima Teixeira e J. A. Gonçalves Guimarães). «Côavisão - Cultura e Ciência», n.º 8, 2006, p. 25-40; São Salvador do Mundo santuário duriense; coordenação, texto e fotografia de J. A. Gonçalves Guimarães (em colaboração com Eva Baptista, Maria de Fátima Teixeira, Maria dos Anjos Ribeiro, Paulo Alves e Paulo Talhadas dos Santos). Vila Nova de Gaia: Município de São João da Pesqueira/ Edições Gailivro, 2007, 144 p.; Educação Cívica e Património Local (Atividade de Enriquecimento Curricular); (em colaboração com Fátima Teixeira e J. A. Gonçalves Guimarães), in Interacções, vol. 11, n.º 35 Os Municípios na Educação e na Cultura, 2015, http:/7www.eses.pt/ interaccoes; Educação Cívica e Património Local (Atividade de Enriquecimento Curricular) aplicada à freguesia de Mafamude (em colaboração com Fátima Teixeira e J. A. Gonçalves Guimarães). «Boletim da Associação Cultural Amigos de Gaia», n.º 82, junho de 2016, p. 9-18; Património Cultural de Gaia. Património Humano. Personalidades Gaienses (coordenação de J. A. Gonçalves Guimarães e Gonçalo Vasconcelos e Sousa); textos de Eva Baptista: Diogo José de Macedo, p. 92; Visconde de Arcozelo, p. 107; Abade de Arcozelo, p. 109; António Aires de Gouveia Osório, D., p. 112; Alfredo Lucas, p. 135; Manuel Pinto Mourão, p. 137; João Rodrigues Valente Perfeito, p. 148; Artur Ferreira de Macedo, p. 149; Flórido Toscano, p. 154 [em colaboração com J. A. Gonçalves Guimarães, Maria de Fátima Teixeira e Susana Guimarães]; José Gonçalves da Silva Matos, p. 159; José Pinto de Amorim Costa, p. 160; Leopoldo Mourão, p. 166; Bernardo Lucas, p. 174; José Tristão Pais de Figueiredo, p. 180; José Amadeu de Castro Portugal, p. 188; João Porfírio de Lima Calheiros Lobo, p. 206 [em colaboração com J. A. Gonçalves Guimarães e Maria de Fátima Teixeira]. Vila Nova de Gaia: Câmara Municipal/ Solar Condes de Resende/ ASCR – Confraria Queirosiana, 2018, 294 p.; Património Cultural de Gaia. Património de Gaia no Mundo (coordenação de J. A. Gonçalves Guimarães e Francisco Queiroz). Vila Nova de Gaia: Câmara Municipal/ Solar Condes de Resende/ ASCR – Confraria Queirosiana, 350 p.; colaboração. É ainda autora de artigos e livros publicados por outras entidades.

         Ontem, dia 24 de fevereiro, pelas 17 horas, a nova doutora apresentou o tema da sua tese numa palestra via Zoom organizada no âmbito do grupo de investigação “Educação e Desafios Societais” do CITCEM/ FLUP.

Curso de Verão

Organizado pelo CITCEM/ FLUP da Universidade do Porto em colaboração com as universidades de Santiago de Compostela e de Florença, e a presença de professores de várias outras academias, além da colaboração local dos municípios de Vila Nova de Foz Côa, São João da Pesqueira e Lamego, e de diversas entidades culturais e económicas, como SantResende, Quinta do Vale Meão, Museu da Casa Grande (Freixo de Numão), Associação dos Amigos de Pereiros, São João da Pesqueira, e a associação Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana através do seu Gabinete de História, Arqueologia e Património, vai realizar-se entre os dias 16 e 22 de julho a terceira edição da International Heritage Summer School 2023. De um intenso programa com início logo no primeiro dia consta, na quarta-feira, 19 de julho, pela manhã, uma visita a São Salvador do Mundo, São João da Pesqueira, guiada por J. A. Gonçalves Guimarães (ASCR-CQ), que pela tarde, no Museu do Vinho, falará sobre «Marquês de Soveral, homem do Douro e do Mundo». Na quinta-feira, 20 de julho, Nuno Resende do CITCEM/ FLUP, guiará uma visita ao Museu de Arte Sacra de Trevões e na parte da tarde uma visita a Trevões e ao Miradouro de São Paio, a que se seguirá um jantar patrocinado pela Associação dos Amigos de Pereiros nesta aldeia de São João da Pesqueira. A sessão de encerramento decorrerá no sábado. 22 de julho pelas 12 horas no Museu do Côa, Vila Nova de Foz Côa. Ver programa total em https://sites.google.com/g.uporto.pt/heritage-summer-school/home

Curso no Solar

Prossegue no Solar Condes de Resende, presencial e por videovigilância, o curso «O Brasil duzentos anos depois», que tem tido inscritos além de Portugal, também do Brasil e Canadá. Após o Prof. Doutor J. A. Gonçalves Guimarães ter falado sobre «Atividade Económica entre o Brasil e Portugal nos dias da Independência» no dia 4 de fevereiro, no dia 18 o Professor Doutor Jorge Fernandes Alves dissertou sobre «A emigração portuguesa para o Brasil». No próximo dia 4 de março o Prof. Doutor António Barros Cardoso, da APHVIN/ GEHVID falará sobre «O Brasil e o Vinho do Porto».

Revistas, Livros e Filmes

         Está em distribuição desde janeiro passado o n.º 95 do Boletim da Associação Cultural Amigos de Gaia referente a dezembro de 2022, que apresenta, entre outros autores, colaboração de Salvador Almeida «A propósito dos 150 anos do nascimento do Padre Luís Pinho da Rocha»;

No passado dia 13 de fevereiro na Sociedade Agrícola da Quinta de Santa Maria SA, em Barcelos, foi lançado o livro Quinta do Tamariz, lugar de Vinhos com História, da autoria do Prof. Doutor António Barros Cardoso, historiador e presidente da direção da Associação Portuguesa da História da Vinha e do Vinho (APHVIN/ GEHVID). Esta edição celebra os 95 anos da compra desta propriedade pela família Borges Vinagre.

No passado dia 19 de fevereiro estreou no Batalha Centro de Cinema no Porto o filme Abandonados do realizador Francisco Manso, após a sua primeira divulgação como série televisiva que passou recentemente na RTP1. Realizado a partir do livro Timor na Segunda Guerra Mundial - Diário do Tenente Pires (2007), do historiador António Monteiro Cardoso, este, por sua vez, teve em conta a obra Funo, de Carlos Cal Brandão publicada em 1946, depois do autor, antes degredado em Timor por ser oposicionista ao regime do Estado Novo, aí ter vivido os acontecimentos que relata no seu livro, tendo depois sido amnistiado e regressado a Portugal, onde continuou a ser voz ativa contra a situação. A ação passa-se pois durante a ocupação japonesa de Timor durante a 2.ª Grande Guerra, com a resistência do povo timorense e de alguns portugueses e australianos ao invasor. Os protagonistas são o autor desta última obra, Carlos Cal Brandão, interpretado por António Pedro Cerdeira, e o tenente Manuel de Jesus Pires, por Marco Delgado. Francisco Manso, realizador e confrade queirosiano, tem-se dedicado à produção e realização de filmes de ficção, como O testamento do senhor Nepomuceno (1997), mas também de filmes históricos como O último condenado à morte (2009), Assalto ao Santa Maria (2010), O Cônsul de Bordéus (2011) e O nosso cônsul em Havana (2019).

Associativismo

No passado dia 10 de fevereiro a associação Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana esteve presente na sessão comemorativa do 110.º aniversário do Centro Recreativo de Mafamude, Vila Nova de Gaia, que foi também tomada de posse dos novos corpos sociais para o biénio 2023/2024. A sessão contou com a atuação do Inti  Chaski  - grupo de Música Andina.

A Confraria Queirosiana no capítulo da 
Confraria da Amêndoa em Vila Nova de Foz Côa

No dia 18 de fevereiro realizou-se em Vila Nova de Foz Côa o 1.º capítulo da Real Confraria da Amêndoa de Portugal no Centro Cultural, seguido de desfile das confrarias presentes até à câmara municipal onde foram recebidos pelo presidente da edilidade. A Confraria Queirosiana fez-se representar pelos membros da direção António Pinto Bernardo e Manuel Moreira e pelo presidente da assembleia geral César Oliveira. Na ocasião foi recordado que o Gabinete de História, Arqueologia e Património, integrado na associação Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana (ASCR-CQ) desde 2004, entre os anos de 1985 e 2004 realizou escavações arqueológicas e entre 1997 e 2004 as semanas de estudos especializados com professores e estudantes de várias áreas na Quinta da Ervamoira, ambas coordenadas por J. A. Gonçalves Guimarães, de que resultaram a criação do Museu de Sítio de Ervamoira (Casa Ramos Pinto) e a publicação de dezenas de estudos de investigação sobre o Património do Vale do Côa e da região. Presentemente, para além deste coordenador daquela estrutura profissional ter participado nas 1.ª e 2.ª International Heritage Summer School, organizadas pelo CITCEM/FLUP em 2021 e 2022, este ano está integrado na estrutura organizativa deste curso de verão que também comemorará o Centenário do Marquês de Soveral.

Palestras & Conferências

No Museu do Vinho de São João da Pesqueira

Como anunciamos na página anterior, no passado dia 27 de janeiro, o Dia Internacional do Vinho do Porto foi comemorado em vários locais, entre eles o Museu do Vinho de S. João da Pesqueira, onde o programa teve início às 18h30, com uma tertúlia denominada “Harmonização do Vinho do Porto com a Gastronomia Regional”, onde foram servidos oito pratos diferentes, confecionados e servidos pelos alunos da ESPRODOURO - Escola Profissional do Alto Douro, acompanhados de outros tantos, mas diversos, vinhos do Porto de várias empresas também aí presentes. O debate sobre o tema contou com a participação e moderação do historiador J. A. Gonçalves Guimarães, da Confraria Queirosiana, e do enólogo David Guimaraens, da Casa Taylor’s.

         No mesmo dia, num jantar organizado pelo Observatório do Vinho do Porto sediado em Vila Nova de Gaia, presidido pelo Prof. Doutor Carlos Brito, foi orador o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Prof. Doutor Eduardo Vitor Rodrigues.

         No passado dia 23 de fevereiro, nas habituais palestras das últimas quintas-feiras do mês promovidas pela ASCR-CQ no Solar Condes de Resende, presenciais e por videoconferência, o Dr. João Fernandes, historiador da Arte e atual responsável pelo Solar Condes de Resende falou sobre «Religiosidade em Gaia na 2.ª metade do século XIX: o abade Santana», uma incontornável figura da época que fez o funeral religioso ao suicida Soares dos Reis.

         No mesmo dia e inserida na programação dos 50 anos do Rotary Club de Vila Nova de Gaia, o Dr. Manuel Moreira, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia, proferiu num hotel local uma palestra sobre «Solidariedade Interinstitucional».

         Nos dias 24 e 25 decorreu no Auditório da Junta de Freguesia de Avintes, Vila Nova de Gaia, a 33.ª edição do Fórum de Avintes organizado por aquela entidade e este ano subordinado ao tema «Associativismo pós COVID – oportunidades e ameaças». Do programa constam as comunicações de Paulo Costa sobre «Associativismo espelho da sociedade. Breve reflexão histórica»; de Abel Barros «O futuro e as novas tecnologias»; de J. A Gonçalves Guimarães sobre «Roteiro devocional de Avintes» e de Paulo Rodrigues «Capacitação dos dirigentes associativos voluntários», entre outros.

Distinções

O conselho geral e o conselho pedagógico do Agrupamento de Escolas Diogo de Macedo, a 9 de janeiro passado, aprovaram por unanimidade um voto de louvor ao Dr. Manuel António Correia Monteiro, no momento em que cessou funções como docente do ensino público. Tendo começado no início da sua carreira por integrar a comissão instaladora da Escola Secundária de Olival, mais tarde Escola Secundária Diogo de Macedo, hoje sede de agrupamento com o mesmo nome, aqui desempenhou funções de vice-presidente do conselho diretivo, representante do grupo de História, tendo ainda participado em inúmeros grupos de trabalho ao longo da sua atividade docente que conciliou com as funções de presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho e de vereador da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.

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Eça & Outras, III.ª série, n.º 174, sábado, 25 de fevereiro de 2023; propriedade da associação cultural Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana (Instituição de Utilidade Pública); C.te n.º 506285685; NIB: 0018000055365059001540; IBAN: PT50001800005536505900154; email: queirosiana@gmail.com; www.queirosiana.pt; confrariaqueirosiana.blospot.com; eca-e-outras.blogspot.com; vinhosdeeca.blogspot.com; coordenação do blogue e publicação no jornal As ArtesEntre As Letras: J. A. Gonçalves Guimarães (TE-164 A); redação: Fátima Teixeira; inserção: Amélia Cabral; colaboração: António Pinto Bernardo