DE A. CAMPOS MATOS
“A” BIOGRAFIA DE EÇA DE QUEIRÓS
Alguém explicará um dia, mais uma vez, ou através de uma inesperada ideia, o fascínio que portugueses, brasileiros, e já outros grupos cultos de outras falas, têm pela vida e obra de Eça de Queirós, a ponto de em cem anos lhe dedicarem oito biografias, para não falar na autêntica avalanche de artigos, recensões, adaptações, crónicas, revisões, reinterpretações, recriações, inspirações, dicionários, DVD, CD, além das reedições sucessivas das obras maiores, menores e curiosidades ecianas, dos filmes, das séries, das adaptações teatrais, que sei eu, modesto recolector de tudo isto, consciente que estou do muito que se me escapa. Mas desta vez Eça de Queirós – Uma Biografia, da Afrontamento, é incontornável porque o seu autor é A. Campos Matos, o incansável estudioso da vida e obra do “Altíssimo” que desde 1976 (?) tem brindado o público ledor com uma permanente redescoberta do universo queirosiano naquilo que ele tem de permanente frescura, de eternamente humano, de clássico. Partindo então naquele ano simplesmente à procura das Imagens do Portugal Queirosiano, bem depressa o autor da actual biografia descobriu que do escritor só se conhecia, além da obra, a biografia oficial, uma ou outra estátua, uma ou outra instituição que o venerava através dos portadores desse vírus benigno que se designam por queirosianos ou (no Brasil) ecianos. Era muito, e tal fazia já de Eça um inquilino eterno de panteão das letras internacionais. Mas era pouco, muito pouco, comparado com as galáxias a descobrir. E esse espaço cósmico, ao encontro da inteira e vera ideia e palavra do escritor tem sido percorrido permanentemente por A. Campos Matos. Que dívida o país tem para com ele!
Mas então que nos trás de novo esta oitava biografia escrita por quem tão bem escalpelizou as sete anteriores? Para além da sabedoria acumulada por quem se tem debruçado analíticamente sobre o que os outros autores investigaram e escreveram, o autor desta última- que terá em Março em Paris uma edição irmã mignonne- não se contentou com o joeirar dos dados, mas foi buscar à Teoria da Biografia as melhores ferramentas para a sua elaboração, resultando daí um livro bem organizado nas suas monumentais 600 páginas, que são ao mesmo tempo um desafio à curiosidade imediata, um convite à leitura demorada e agradável e um arquivo a consultar para as questões momentâneas ou futuras. Uma biblioteca sobre “todo o Eça” num livro só.
Aí temos novos dados, ou novos reenquadramentos de pormenores ou factos que outros não cuidaram, não interpretaram ou não perceberam: A. Campos Matos coligiu todos os pequenos-grandes contributos da chegada de novos profissionais à exegese queirosiana: arqueólogos, egiptólogos, historiadores, documentalistas, geógrafos, que sei eu, ao longo destes anos todos em que Eça vive agora o seu projecto da Revista de Portugal outra vez na companhia de homens e mulheres das ciências humanas, sociais, políticas, biológicas, matemáticas, médicas, e não apenas entre literatos, juristas e jornalistas, como dantes acontecia.
Mas neste estudo o autor também considera os mais recentes investigadores no âmbito literário e linguístico que, em Portugal e no estrangeiro, tanto têm contribuído para o melhor enfoque do caleidoscópio eciano, às vezes através de obras ainda não publicadas ou apenas conhecidas em restritos meios académicos.
No itinerário biográfico o autor revisitou o Colégio da Lapa, instituição fundamental na formação de Eça, e reequacionou as suas relações com Ramalho Ortigão, Batalha Reis, Camilo, Bulhão Pato, António Feijó, Oliveira Martins, até Fernando Pessoa!
Novos ou pouco conhecidos aspectos da vida do escritor são aqui analisados com surpreendentes resultados, como o seu heterónimo juvenil João Resgate, o papel de Emília de Castro na sua vida, na educação dos seus filhos, e a sua posição perante a obra do marido antes e depois da sua morte, o próprio aspecto físico e psicológico do autor de A Relíquia ao longo dos anos, a sua preocupação com a saúde.
Por fim A. Campos Matos reequaciona a importância dessa genial metáfora que é A Ilustre Casa de Ramires, reconduzindo-a ao seu verdadeiro lugar na ficção queirosiana, resgatando-a das interpretações folcloristas e pseudogeográficas daqueles que costumam ler Eça como se os seus livros fossem um guia de quintas e turismos a haver, querendo reduzir a sua universalidade à anedótica paisagem regional do postal ilustrado.
Tudo isto, que aqui referimos ao correr do teclado, está longe, muito longe, de caracterizar esta monumental biografia que resultou, como já disse, de anos de quotidiano estudo, análise, interrogações, tentando conhecer o escritor, descobrindo-o atrás dos seus biombos, sebes ou nuvens, escutando-o com paciência e cumplicidade, não pretendendo pregar-lhe um sermão – Eça eras assim! Eça devias ser assado! Eça devias ter feito isto! Eça tu deves querer dizer aquilo! - como temos lido em tantos outros estudos analíticos.
Esta biografia ficará pois como uma referência obrigatória pelas novas perspectivas que trás para o estudo da vida, obra e projecção cultural de um dos mais lúcidos espíritos que nasceram em Portugal e com quem os portugueses se identificam.
Como os antigos construtores de catedrais, terminada a obra, A. Campos Matos quer remeter-se ao discreto medalhão calcário com a sua efígie no alto do fecho da abóboda que construiu, descansando do esforço e escutando lá de cima, com bonomia, os ah! e os oh! dos que o lerem. Mas não será por muito tempo, porque esta obra vai dar tal mexedela na sabedoria feita que outras obras suas, por ventura mais leves – gelosias e balcões embora – a terão de acompanhar, pois haverá sempre um Eça disfarçado de Mefistófeles escondido com o rabo de fora.
Mas daqui em diante será impensável falar de Eça e do seu tempo sem ler esta biografia de A. Campos Matos. E só ele a poderia ter escrito.
J. A. Gonçalves Guimarães
“A” BIOGRAFIA DE EÇA DE QUEIRÓS
Alguém explicará um dia, mais uma vez, ou através de uma inesperada ideia, o fascínio que portugueses, brasileiros, e já outros grupos cultos de outras falas, têm pela vida e obra de Eça de Queirós, a ponto de em cem anos lhe dedicarem oito biografias, para não falar na autêntica avalanche de artigos, recensões, adaptações, crónicas, revisões, reinterpretações, recriações, inspirações, dicionários, DVD, CD, além das reedições sucessivas das obras maiores, menores e curiosidades ecianas, dos filmes, das séries, das adaptações teatrais, que sei eu, modesto recolector de tudo isto, consciente que estou do muito que se me escapa. Mas desta vez Eça de Queirós – Uma Biografia, da Afrontamento, é incontornável porque o seu autor é A. Campos Matos, o incansável estudioso da vida e obra do “Altíssimo” que desde 1976 (?) tem brindado o público ledor com uma permanente redescoberta do universo queirosiano naquilo que ele tem de permanente frescura, de eternamente humano, de clássico. Partindo então naquele ano simplesmente à procura das Imagens do Portugal Queirosiano, bem depressa o autor da actual biografia descobriu que do escritor só se conhecia, além da obra, a biografia oficial, uma ou outra estátua, uma ou outra instituição que o venerava através dos portadores desse vírus benigno que se designam por queirosianos ou (no Brasil) ecianos. Era muito, e tal fazia já de Eça um inquilino eterno de panteão das letras internacionais. Mas era pouco, muito pouco, comparado com as galáxias a descobrir. E esse espaço cósmico, ao encontro da inteira e vera ideia e palavra do escritor tem sido percorrido permanentemente por A. Campos Matos. Que dívida o país tem para com ele!
Mas então que nos trás de novo esta oitava biografia escrita por quem tão bem escalpelizou as sete anteriores? Para além da sabedoria acumulada por quem se tem debruçado analíticamente sobre o que os outros autores investigaram e escreveram, o autor desta última- que terá em Março em Paris uma edição irmã mignonne- não se contentou com o joeirar dos dados, mas foi buscar à Teoria da Biografia as melhores ferramentas para a sua elaboração, resultando daí um livro bem organizado nas suas monumentais 600 páginas, que são ao mesmo tempo um desafio à curiosidade imediata, um convite à leitura demorada e agradável e um arquivo a consultar para as questões momentâneas ou futuras. Uma biblioteca sobre “todo o Eça” num livro só.
Aí temos novos dados, ou novos reenquadramentos de pormenores ou factos que outros não cuidaram, não interpretaram ou não perceberam: A. Campos Matos coligiu todos os pequenos-grandes contributos da chegada de novos profissionais à exegese queirosiana: arqueólogos, egiptólogos, historiadores, documentalistas, geógrafos, que sei eu, ao longo destes anos todos em que Eça vive agora o seu projecto da Revista de Portugal outra vez na companhia de homens e mulheres das ciências humanas, sociais, políticas, biológicas, matemáticas, médicas, e não apenas entre literatos, juristas e jornalistas, como dantes acontecia.
Mas neste estudo o autor também considera os mais recentes investigadores no âmbito literário e linguístico que, em Portugal e no estrangeiro, tanto têm contribuído para o melhor enfoque do caleidoscópio eciano, às vezes através de obras ainda não publicadas ou apenas conhecidas em restritos meios académicos.
No itinerário biográfico o autor revisitou o Colégio da Lapa, instituição fundamental na formação de Eça, e reequacionou as suas relações com Ramalho Ortigão, Batalha Reis, Camilo, Bulhão Pato, António Feijó, Oliveira Martins, até Fernando Pessoa!
Novos ou pouco conhecidos aspectos da vida do escritor são aqui analisados com surpreendentes resultados, como o seu heterónimo juvenil João Resgate, o papel de Emília de Castro na sua vida, na educação dos seus filhos, e a sua posição perante a obra do marido antes e depois da sua morte, o próprio aspecto físico e psicológico do autor de A Relíquia ao longo dos anos, a sua preocupação com a saúde.
Por fim A. Campos Matos reequaciona a importância dessa genial metáfora que é A Ilustre Casa de Ramires, reconduzindo-a ao seu verdadeiro lugar na ficção queirosiana, resgatando-a das interpretações folcloristas e pseudogeográficas daqueles que costumam ler Eça como se os seus livros fossem um guia de quintas e turismos a haver, querendo reduzir a sua universalidade à anedótica paisagem regional do postal ilustrado.
Tudo isto, que aqui referimos ao correr do teclado, está longe, muito longe, de caracterizar esta monumental biografia que resultou, como já disse, de anos de quotidiano estudo, análise, interrogações, tentando conhecer o escritor, descobrindo-o atrás dos seus biombos, sebes ou nuvens, escutando-o com paciência e cumplicidade, não pretendendo pregar-lhe um sermão – Eça eras assim! Eça devias ser assado! Eça devias ter feito isto! Eça tu deves querer dizer aquilo! - como temos lido em tantos outros estudos analíticos.
Esta biografia ficará pois como uma referência obrigatória pelas novas perspectivas que trás para o estudo da vida, obra e projecção cultural de um dos mais lúcidos espíritos que nasceram em Portugal e com quem os portugueses se identificam.
Como os antigos construtores de catedrais, terminada a obra, A. Campos Matos quer remeter-se ao discreto medalhão calcário com a sua efígie no alto do fecho da abóboda que construiu, descansando do esforço e escutando lá de cima, com bonomia, os ah! e os oh! dos que o lerem. Mas não será por muito tempo, porque esta obra vai dar tal mexedela na sabedoria feita que outras obras suas, por ventura mais leves – gelosias e balcões embora – a terão de acompanhar, pois haverá sempre um Eça disfarçado de Mefistófeles escondido com o rabo de fora.
Mas daqui em diante será impensável falar de Eça e do seu tempo sem ler esta biografia de A. Campos Matos. E só ele a poderia ter escrito.
J. A. Gonçalves Guimarães
O egiptólogo Luís Manuel de Araújo
VIAGEM AO EGIPTO E TERRA SANTA
Conforme já tínhamos referido na página de Agosto, no passado dia 26 de Dezembro partiram para o Egipto e Terra Santa numa evocação comemorativa dos 140 anos da inauguração do Canal de Suez e da viagem de Eça de Queirós e do Conde de Resende, cerca de meia centena de sócios das Associação de Amizade Portugal-Egipto; Associação de Amizade Portugal-Israel, Associação de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia e Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana, estes representados pelo Professor Doutor Luís Manuel de Araújo, vice-presidente da Direcção e director da Revista de Portugal, que como egiptólogo e especialista em História Antiga conduziu este roteiro, tendo também participado o jornalista Dias Costa.
No Egipto foram visitados os monumentos mais significativos também visitados pelo escritor em 1869, e em Jerusalém foram percorridos diversos lugares referidos em A Relíquia e também o Museu de Yad Vashem, onde os visitantes foram recebidos pelo Dr. Abraham Milgram, e também pelo Dr. Plocker, que os saudaram recordando algumas passagens da obra de Eça de Queirós.
Conforme já tínhamos referido na página de Agosto, no passado dia 26 de Dezembro partiram para o Egipto e Terra Santa numa evocação comemorativa dos 140 anos da inauguração do Canal de Suez e da viagem de Eça de Queirós e do Conde de Resende, cerca de meia centena de sócios das Associação de Amizade Portugal-Egipto; Associação de Amizade Portugal-Israel, Associação de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia e Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana, estes representados pelo Professor Doutor Luís Manuel de Araújo, vice-presidente da Direcção e director da Revista de Portugal, que como egiptólogo e especialista em História Antiga conduziu este roteiro, tendo também participado o jornalista Dias Costa.
No Egipto foram visitados os monumentos mais significativos também visitados pelo escritor em 1869, e em Jerusalém foram percorridos diversos lugares referidos em A Relíquia e também o Museu de Yad Vashem, onde os visitantes foram recebidos pelo Dr. Abraham Milgram, e também pelo Dr. Plocker, que os saudaram recordando algumas passagens da obra de Eça de Queirós.
A Confraria Queirosiana na Terra Santa
O importante diário Haaretz publicou um artigo de Ruth Almog, ilustrado com uma fotografia do último capítulo da Confraria Queirosiana e de Eça de Queirós, intitulado “A Ordem da Capa de Eça de Queirós”, o qual, a avaliar pela tradução que nos chegou, para além da simpatia pela visita, demonstra como Eça de Queirós e a sua obra são ainda mal conhecidas na sociedade israelita, onde apenas existe a tradução do conto Civilização por Miriam Tivon, estando neste momento a ser preparada por Rami Saari e Francisco Costa Reis uma tradução de Os Maias, tendo este último também já publicado uma tradução de uma das cartas de A Correspondência de Fradique Mendes. Cumpriu assim a Confraria Queirosiana uma das suas mais simples e importantes missões: levar todos os povos do mundo a partilharem connosco a humanidade das obras de Eça de Queirós, percorrendo um dos itinerários mais marcantes da sua vida e obra: o do Próximo Oriente.
O importante diário Haaretz publicou um artigo de Ruth Almog, ilustrado com uma fotografia do último capítulo da Confraria Queirosiana e de Eça de Queirós, intitulado “A Ordem da Capa de Eça de Queirós”, o qual, a avaliar pela tradução que nos chegou, para além da simpatia pela visita, demonstra como Eça de Queirós e a sua obra são ainda mal conhecidas na sociedade israelita, onde apenas existe a tradução do conto Civilização por Miriam Tivon, estando neste momento a ser preparada por Rami Saari e Francisco Costa Reis uma tradução de Os Maias, tendo este último também já publicado uma tradução de uma das cartas de A Correspondência de Fradique Mendes. Cumpriu assim a Confraria Queirosiana uma das suas mais simples e importantes missões: levar todos os povos do mundo a partilharem connosco a humanidade das obras de Eça de Queirós, percorrendo um dos itinerários mais marcantes da sua vida e obra: o do Próximo Oriente.
PRÉMIOS EÇA DE QUEIRÓS
Em 2006 a Câmara de Gaia instituiu o Prémio de Literatura “Eça de Queirós” no valor de 25.000 euros destinado «a agraciar o português que, durante o ano, mais se destacou na vida literária». Agora é a vez da Câmara de Baião instituir também um prémio com o mesmo nome para distinguir «diversas expressões culturais», o qual virá a ser regulamentado por Isabel Pires de Lima, confrade honorária da Confraria Queirosiana e membro do conselho cultural da Fundação Eça de Queirós, sediada em Baião. A sua primeira atribuição está prevista para 2011. Passam assim a existir, pelo menos, dois prémios nacionais com o nome do escritor.
SINGULARIDADES DE UM FILME
O filme Singularidades de um Rapariga Loura, realizado por Manoel de Oliveira, a partir da adaptação para a época actual do conto homónimo de Eça de Queirós, foi designado como o quinto melhor filme do ano pela revista Cahiers du Cinema. O realizador está já a trabalhar na realização seu próximo filme.
EÇA EM BD
A editora Ideias Concertadas acaba de lançar no mercado As Minas de Salomão de Henry Rider Haggard, livro traduzido e enriquecido por Eça de Queirós, ou sob a sua orientação e revisão, agora ilustrado por António Lourenço, que adaptou aquela lenda a esta forma de expressão que se começou a desenvolver precisamente no tempo daqueles escritores através de tiras e pranchas publicadas nas grandes revistas ilustradas da época.
FORUM INTERNACIONAL DE SINOLOGIA
Estão abertas as inscrições para a 5.ª edição deste encontro anual, organizado pelo Instituto Português de Sinologia, o qual trará a Lisboa e ao Porto especialistas mundiais sobre os mais diversos aspectos relacionados com a cultura, a economia e a política chinesas e as relações da China com o mundo.
As sessões decorrerão entre os dias 26 e 28 de Fevereiro na Universidade Católica de Lisboa e entre os dias 5 e 7 de Março na Biblioteca Municipal Almeida Garrett no Porto. Para mais informações ver o site www.ipsinologia.com.
TOMAR CAFÉ OU NÃO
Vamos tomar café com:
António Laranjeira Marques da Silva, por ter assumido por inteiro a sua função de jornalista; Edy Epstein, a senhora que defende que o sofrimento humano não é uma questão de religião ou de política; Jorge Fragoso, pela poética do cumprir; Liu Xiaobo, o homem que ousou pensar sobre a China e que ama profundamente o seu país; Padre Martins, que, ousou denunciar que na Madeira os pobres estão cada vez mais pobres.
Não quero tomar café com:
Abdul Mutallab, o patife que não queria ir sozinho para o inferno; Abhisit Vejjajiva, primeiro ministro tailandês que anda a expulsar minorias étnicas;
Gabriela Canavilhas, a ministra que quer afogar nas cheias do Tejo a Arqueologia portuguesa, mandando-a para a Cordoaria Nacional; Gilberto Madail, o homem que incitou os políticos a construírem inúteis estádios de futebol que havemos de pagar;
Eça & Outras, IIIª. Série, n.º 17 – Segunda-feira, 25 de Janeiro de 2010
Cte. n.º 506285685 ; NIB: 001800005536505900154
IBAN:PT50001800005536505900154;
Em 2006 a Câmara de Gaia instituiu o Prémio de Literatura “Eça de Queirós” no valor de 25.000 euros destinado «a agraciar o português que, durante o ano, mais se destacou na vida literária». Agora é a vez da Câmara de Baião instituir também um prémio com o mesmo nome para distinguir «diversas expressões culturais», o qual virá a ser regulamentado por Isabel Pires de Lima, confrade honorária da Confraria Queirosiana e membro do conselho cultural da Fundação Eça de Queirós, sediada em Baião. A sua primeira atribuição está prevista para 2011. Passam assim a existir, pelo menos, dois prémios nacionais com o nome do escritor.
SINGULARIDADES DE UM FILME
O filme Singularidades de um Rapariga Loura, realizado por Manoel de Oliveira, a partir da adaptação para a época actual do conto homónimo de Eça de Queirós, foi designado como o quinto melhor filme do ano pela revista Cahiers du Cinema. O realizador está já a trabalhar na realização seu próximo filme.
EÇA EM BD
A editora Ideias Concertadas acaba de lançar no mercado As Minas de Salomão de Henry Rider Haggard, livro traduzido e enriquecido por Eça de Queirós, ou sob a sua orientação e revisão, agora ilustrado por António Lourenço, que adaptou aquela lenda a esta forma de expressão que se começou a desenvolver precisamente no tempo daqueles escritores através de tiras e pranchas publicadas nas grandes revistas ilustradas da época.
FORUM INTERNACIONAL DE SINOLOGIA
Estão abertas as inscrições para a 5.ª edição deste encontro anual, organizado pelo Instituto Português de Sinologia, o qual trará a Lisboa e ao Porto especialistas mundiais sobre os mais diversos aspectos relacionados com a cultura, a economia e a política chinesas e as relações da China com o mundo.
As sessões decorrerão entre os dias 26 e 28 de Fevereiro na Universidade Católica de Lisboa e entre os dias 5 e 7 de Março na Biblioteca Municipal Almeida Garrett no Porto. Para mais informações ver o site www.ipsinologia.com.
TOMAR CAFÉ OU NÃO
Vamos tomar café com:
António Laranjeira Marques da Silva, por ter assumido por inteiro a sua função de jornalista; Edy Epstein, a senhora que defende que o sofrimento humano não é uma questão de religião ou de política; Jorge Fragoso, pela poética do cumprir; Liu Xiaobo, o homem que ousou pensar sobre a China e que ama profundamente o seu país; Padre Martins, que, ousou denunciar que na Madeira os pobres estão cada vez mais pobres.
Não quero tomar café com:
Abdul Mutallab, o patife que não queria ir sozinho para o inferno; Abhisit Vejjajiva, primeiro ministro tailandês que anda a expulsar minorias étnicas;
Gabriela Canavilhas, a ministra que quer afogar nas cheias do Tejo a Arqueologia portuguesa, mandando-a para a Cordoaria Nacional; Gilberto Madail, o homem que incitou os políticos a construírem inúteis estádios de futebol que havemos de pagar;
Eça & Outras, IIIª. Série, n.º 17 – Segunda-feira, 25 de Janeiro de 2010
Cte. n.º 506285685 ; NIB: 001800005536505900154
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confrariaqueirosiana.blospot.com; eca-e-outras.blogspot.com;
coordenação da página: J. A. Gonçalves Guimarães (TE-638);
redacção: Fátima Teixeira;
colaboração, Dias Costa;
inserção: Amélia Cabral.
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