segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Eça & Outras Outubro

Domingo, 25 de Outubro de 2009

PROTEJA-SE DAS GRIPES
O nosso contributo…

- Sempre que puder lave as mãos (e o resto do corpo) com sabão, sabãozinho normal, sabão “macaco” ou outro, mas lave-as.
- Se andou nas campanhas eleitorais a cumprimentar toda a gente não pense que isso possa ser considerado doença profissional. Lave as mãos sempre que puder, antes e depois das eleições; se foi ou não eleito, mantenha as mãos limpas.
- Se acha que o sabão não é fino, nem cool, nem in, nem outra idiotice qualquer, há no mercado bons sabonetes portugueses que até se vendem nos States, em NY na 5.ª Avenue. Não use aqueles gels importados que enriquecem as multinacionais estrangeiras e sobrecarregam estupidamente o deficit, por causa das nossas manias de usar tudo aquilo que nos impingem sem pensar. Depois queixemo-nos.
- Não tussa, nem espirre, nem perdigote para cima dos outros. Por mais íntimos que sejam mantenha uma saudável distância. O deus Apolo também teria mau hálito. Outros deuses, que não posso mencionar aqui por falta do divino sentido de humor dos seus crentes, desde que incarnados, idem, idem, aspas. Humanos defeitos, já se vê, embora haja muitas referências ao «cheiro a santidade» ao longo dos tempos, presumo que isento de microcomponentes de enxofre e metano.
- Se está numa noite romântica, antes de beijar a senhora ou vice versa (ou não vice nem versa, isso é consigo) desinfecte a cavidade bocal e a orofaringe (repare neste léxico profissional!) com uma solução alcoólica adequada à frequência, à geografia e à intensidade dos beijos. Recomendamos os três vinhos da Confraria Queirosiana, qualquer deles adequado aos cuidados acima enunciados.
- Coma, beba, durma, divirta-se, e vai ver que só por muito azar é que vai ter gripe. Se tal for o caso, ou tem a gripe analfabeta (a que não tem letra) à qual também chamam sazonal, mas melhor fora sezonal, por provocar sezões, estados febris com arrepios, a pedir aqueles produtos que não se vendem nas farmácias nem são comparticipados ao consumidor final (você): cama, bife e vinho; ou a A gripe letrada, fina, a dar dores de cabeça a governos e ministros, mesmo quando ainda não a apanharam. Você terá tempo para apanhar as gripes B, C, D, etc nos próximos anos. Já se esqueceu da gripe das aves? Pois há-de vir aí a dos moluscos, a dos insectos, a dos peixes etc. Grave, grave, será a gripe Z lá para o ano 2053, se você ainda for vivo. Entretanto, se puder, vacine-se. É mais uma picadela, entre as muitas que já levou e há-de levar.
- Agora a sério: sabe qual é a próxima pandemia com que a industria farmacêutica o vai aterrorizar? A gripe informática. Eles também hão-de inventar medicamentos para as doenças provocadas pelos computadores. Use pois o seu com muito cuidado que, para os vírus informáticos, ainda não há vacina que lhe valha. Quando você compra uma, já o vírus é outro. Afinal como com a gripe sazonal, das aves, A, ou outra qualquer. A indústria farmacêutica e a indústria informática (as únicas que vendem anti-vírus, além de outras mesinhas), dizia eu, unidas, jamais serão vencidas. O Estado paga, ainda que tarde, é dinheiro em caixa. Nem uma nem outra indústria querem falar de eliminar os vírus, matá-los de vez, ou ao menos torná-los inofensivos, pois lá se ía o seu negócio de biliões de euros. Saúde sua e do seu computador? Isso é que era bom! Eles ganham dinheiro é com a doença. E ainda há quem lhes dê medalhas!
- Não pegue a gripe informática ou qualquer outra aos amigos e inimigos. Anule imediatamente toda a porcaria que for ter ao seu computador. Seleccione cuidadosamente as suas companhias. Diga-me com quem emaila ou quem beija e dir-lhe-ei quem é!
Não pegue as gripes aos outros. Se já as tem, guarde-as para si. As melhoras sim!

J. A. Gonçalves Guimarães

ERNESTINA, NOVA EDIÇÃO

A editora Quetzal acaba de lançar no mercado uma nova edição de Ernestina de J. Rentes de Carvalho, o mais belo romance sobre o centro histórico de Gaia e a cidade do Porto vista “do outro lado”, mas também sobre a linha do Douro até ao Pocinho e Trás-os-Montes nas vésperas da II.ª Grande Guerra.
Um relato na primeira pessoa sobre a vida à beira-rio, por entre as ruas e ruelas dos armazéns de Vinho do Porto, e os sonhos de uma criança que passou a infância “a ver navios” ampliados por uns binóculos onde as bandeiras de países distantes lhe acenavam, dizendo-lhe que havia mais mundo para além da barra.
Um livro que se lê de um fôlego, mas que se relê uma, duas e muitas vezes a descobrir encantos que uma só leitura não descobre. Um livro que já não se empresta porque aí está ele à venda e vai para a estante na prateleira das obras primas. E esta é sobre os meninos que foram à descoberta do mundo e se tornaram homens que com ele aprenderam alguma coisa para partilhar com os outros. É assim a escrita de J. Rentes de Carvalho.

CAPÍTULO QUEIROSIANO

No próximo dia 21 de Novembro, no Solar Condes de Resende terá lugar o VIIº Capítulo anual da Confraria Queirosiana. Do programa, para além da homenagem a Eça de Queirós na sua estátua da autoria de Helder de Carvalho colocada no Jardim das Camélias, consta a insigniação de novos confrades de honra e de número, a assinatura de protocolos de colaboração com o Parque Biológico de Gaia e o jornal As Artes entre as Letras, e o lançamento do n.º 6 da Revista de Portugal nova série, a que se seguirão o habitual jantar e o tradicional Baile das Camélias.

LEIRIA E AS INVASÕES FRANCESAS

Ricardo Charters d’Azevedo acaba de publicar um novo livro intitulado As destruições provocadas pelas Invasões Francesas em Leiria, editado pela Textiverso, no qual apresenta o rosário de mortes, pilhagens e destruições perpetrados pelos exércitos napoleónicos na cidade do Lis.
Inserido na evocação dos 200 anos que um pouco por todo o país têm sido lembrados, investigados, estudados e divulgados, este livro constitui assim um testemunho muito significativo para a nova bibliografia que sobre o assunto tem vindo a ser produzida.

ESTARREJA E MURTOSA EM 1758

No passado dia 8 de Outubro, foi lançado na Biblioteca Municipal de Estarreja um estudo do nosso confrade geógrafo Américo Oliveira, em co-autoria com o historiador Filomeno Silva, intitulado Estarreja e Murtosa nas Memórias Paroquiais de 1758.
A apresentação esteve a cargo do beneditino Frei Geraldo, Professor Jubilado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Os dois investigadores, partindo do inquérito aos párocos do tempo do Marquês de Pombal, analisam exaustivamente as condições geográficas, sociológicas e históricas da área da Ria de Aveiro abrangida por aqueles dois municípios, abordagem fundamental para se entender a sua dinâmica natural, e posterior evolução antrópica, a qual deverá ser tida em conta no seu planeamento actual.

ROMARIA EM GONDOMAR

Francisco Barbosa da Costa, acaba de publicar um livro intitulado Romaria de Nossa Senhora do Rosário em São Cosme de Gondomar, na esteira dos trabalhos monográficos que vem produzindo sobre diversas manifestações regionais da religiosidade popular.

EÇA & OUTRAS NO ARTES

Esta página Eça & Outras tem vindo a ser parcialmente publicada e adaptada nas páginas do jornal As Artes entre as Letras, quinzenário publicado no Porto e que sai às quartas-feiras, dirigido por Nassalete Miranda.
No sentido de consolidar essa colaboração, entre a Confraria Queirosiana e a Singular Plural, proprietária do referido jornal, deverá ser assinado um protocolo de colaboração no Solar Condes de Resende, no capítulo da Confraria do próximo dia 21 de Novembro.

CAFÉ SIM OU NÃO E COM QUEM
Os nossos leitores continuam a escolher as suas companhias para ir tomar café e a recusar outras. Estão no seu direito.
O redactor da página continua a identificar os nomes propostos, para não haver equívocos, embora ele não seja de fiar: para além de ser do signo ocidental do Caranguejo ( os que andam de lado) e do oriental do Coelho (os que julgam as coisas demasiado rápido), tendo sido chamado a pronunciar-se sobre o último livro de Saramago recusou porque a RTG (Rádio Televisão de Gaia) não lhe queria pagar cachet. Não é pessoa de fiar pois só olha pelos seus interesses.
Não quero ir tomar café com:
Afonso Abrantes, presidente da Câmara de Mortágua que não tem sentido de humor; Didier Lombard, n.º 1 da France Telecom; Faroak Hosny, ministro da cultura do Egipto que gostaria de queimar livros dos seus inimigos; Fernando Lima, jornalista-assessor-inventor; Louis-Pierre Wenes, n.º2 da France Telecom; Silvio Berlusconi, político pouco exemplar, ídolo dos cidadãos que o elegeram (Hitler também foi eleito, lembram-se?).
Sim, gostaria de ir tomar café com:
José Saramago, escritor que anda à procura de um deus universal dentro da sua cabeça; Khalid Gueddar, caricaturista perseguido pelo governo marroquino; Malalai Joya, afeganistão que deseja que o seu país seja livre e feliz; Mehran Tamadon, iraniano que deseja que o seu país seja livre e feliz; Uderzo, pai gráfico de Asterix, que pode trazer consigo Goscinny, o pai literário.


Eça & Outras, IIIª. Série, n.º 14 – Domingo, 25 de Outubro de 2009
Cte. n.º 506285685 ;
NIB: 001800005536505900154
IBAN:PT50001800005536505900154;
confrariaqueirosiana.blospot.com; eca-e-outras.blogspot.com;
Coordenação da página:
J. A. Gonçalves Guimarães (TE-638);
redacção: Fátima Teixeira;
inserção: Amélia Cabral.

1 comentário:

Folheto Edições disse...

Ex.mos Sr.s
Bom dia. Relativamente à vossa postagem sobre o livro "As Destruições provocadas pelas invasões francesas em Leiria" informamos que o livro é editado pelo Cepae e Folheto Edições, e não Textiverso, como anunciam, pelo que pedimos que seja rectificado assim que possível.
Obrigado pela atenção,
Cumprimentos,
Rui Oliveira
Folheto Edições