Carlos Reis e o ensino do Português
Em entrevista concedida à jornalista Graça Barbosa Ribeiro e publicada no Público do passado dia 9 de Fevereiro, o nosso confrade Carlos Reis, Reitor da Universidade Aberta e especialista em estudos queirosianos, pronunciou-se claramente sobre os novos programas de Português para o ensino básico, actualmente em consulta pública, na sua qualidade de coordenador da equipa que os elaborou a convite do actual Governo.
Referindo-se à má qualidade própria e adquirida dos professores existentes, salientou que «para termos alunos que gostem de ler são precisos professores que gostem de ler» o que, parecendo óbvio, não o tem sido para os docentes formados por aquelas universidades e politécnicos que ensinam Ensino, educam Educação e estudam a metodologia dos Métodos, e que têm professores culturalmente anémicos, sem qualquer currículo relevante e sem qualquer produção científica minimamente interessante: uma geração de ignorantes que, se não arrepiarmos caminho, produzirá mais duas ou três: «Se não se impede que pessoas insuficientemente formadas e avaliadas entrem no sistema como professores, vamos continuar mais dez, vinte anos nesta situação» disse ainda Carlos Reis, que não deixou de alertar para a pacóvia convicção de que «… a hipervalorização… das tecnologias traz consigo lacunas consideráveis na forma de olharmos o outro».
Nova biografia de Eça!
A. Campos Matos vai publicar uma nova biografia de Eça de Queirós, conforme nos confidenciou recentemente, a qual será lançada pela Fundação Calouste Gulbenkian em Paris. Depois seguir-se-à a edição portuguesa. Não foi pois em vão que o autor do Dicionário de Eça de Queirós publicou notáveis críticas aos biógrafos anteriores e que ao longo destes anos foi reflectindo sobre a vida e a obra do «Altíssimo». Entretanto acaba de publicar uma obra sobre Ramalho Ortigão e em breve aperecerá um outro seu livro de crónicas queirosianas. Imparável e sempre surpreendente!
Darwin e Eça
No próximo dia 7 de Março, sábado, pelas 15 horas, no âmbito do curso “Eça de Queirós, sua vida, sua obra, sua época” organizado pela Academia Eça de Queirós, o Prof. Doutor Carlos Fiolhais da Universidade de Coimbra proferirá uma conferência sobre «As correntes do pensamento pós-darwiniano» a qual está a ser aguardada com natural expectativa no ano em que se comemora o duplo centenário do autor de A Origem das Espécies. A assistência à referida conferência carece de inscrição previa.
Caricaturas de Eça em Lisboa
No Teatro da Trindade está exposta desde 30 de Janeiro a mostra «Eça em Caricatura» organizada pelo Museu Nacional da Imprensa. Uma antologia gráfica sobre o escritor a não perder.
No Teatro da Trindade está exposta desde 30 de Janeiro a mostra «Eça em Caricatura» organizada pelo Museu Nacional da Imprensa. Uma antologia gráfica sobre o escritor a não perder.
Os Maias pelo TEP
No Auditório Municipal de Gaia vai estar em cena até 23 de Março a peça de teatro »Os Maias – Crónica Social Romântica», adaptação do romance de Eça de Queirós por Norberto Barroca, que também assina a encenação e a cenografia, e que recentemente esteve no Solar Condes de Resende a dar uma aula sobre as adaptações ao Teatro desta e de outras obras do consagrado escritor. Esta adaptação já foi vista por 44.168 espectadores em 185 representações efectuadas nos anos transactos.
Manoel de Oliveira com Eça em Berlim
No passado dia 9 de Fevereiro o realizador Manoel de Oliveira apresentou à imprensa a sua adaptação do conto de Eça «Singularidades de uma rapariga loira», o qual tem sessenta e quatro minutos, mantém o diálogo original, mas actualizou o cenário e o enquadramento para os nossos dias, até porque a história mantém a sua inteira actualidade, um guarda-livros que quer uma noiva sem avaliar o preço que tal lhe vai custar, e não apenas em dinheiro.
Passados estes cento e cinquenta anos a sociedade portuguesa, no que diz respeito às relações entre homens e mulheres, continua praticamente na mesma: não estou a ver a filha de um banqueiro a querer casar com o vigilante da porta do banco, nem a rapariguinha da televisão a não querer casar com o filho do ministro a quem ela faz aqueles olhinhos de borrega perdida na campina. Se tal se der, sairá mais um romance da grande escritora Carolina Salgado ou qualquer outro autor, ou pseudo-autor, de literatura de supermercado.
Eça vai de Metro
Desde 30 de Janeiro e até 30 de Abril próximo os utentes do Metro no Porto podem ler ou comprar livros de dez clássicos da Literatura mundial, entre os quais Eça de Queirós, na linha entre as Antas e a Póvoa de Varzim (linha vermelha). Mediante um cartão de adesão podem obter o empréstimo de qualquer obra durante duas semanas ou ainda comprá-las. Estão ainda previstas sessões de autógrafos e apresentação de livros, por autores convidados.
Com os Holandeses em Portugal
Vários periódicos portugueses têm dado a maior atenção à mais recente publicação em Portugal do livro Com os Holandeses de J. Rentes de Carvalho: assim o Diário de Notícias de 31 de Janeiro apresenta texto de Fernando Madaíl sob a designação de «Holanda consagra escritor português»; o Ypsilon (suplemento do Público) de 6 de Fevereiro publicou um texto de Pedro Mexia intitulado «O bom sucesso. A gratidão e a ira de um escritor português radicado na Holanda». Comentários à obra foram ainda publicados no Jornal de Negócios também de 6 de Fevereiro e no Actual (suplemento do Expresso) de 21 deste mês. E outros textos por aí andarão. Finalmente parece que Portugal descobre o grande escritor J. Rentes de Carvalho, cujo espólio literário e obra estão à disposição dos estudiosos no Solar Condes de Resende.
Barão de Forrester e o Douro
A Associação dos Amigos de Pereiros acaba de publicar sob o titulo O Barão de Forrester sessão evocativa, as conferências proferidas a 24 de Outubro de 2008 no Salão Nobre da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira, por J. A. Gonçalves Guimarães, sob o tema «O sítio mais romântico e importante de todo o Rio Douro ou S. João da Pesqueira pela mão do Barão de Forrester», e António Barros Cardoso sobre «Douro e Porto – a complementaridade intemporal». Ambos os conferencistas são membros do Grupo de Estudos de História da Viticultura Duriense e do Vinho do Porto (GEHVID) da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, sendo o primeiro investigador convidado e o segundo o seu coordenador científico.
Entretanto encontra-se aberta no Museu do Douro na Régua a exposição «Barão de Forrester Razão e Sentimento. Uma História do Douro (1831-1861)» em cujo catálogo participou aquele primeiro investigador com um estudo sobre «O Barão de Forrester e a Arqueologia Duriense».
No Auditório Municipal de Gaia vai estar em cena até 23 de Março a peça de teatro »Os Maias – Crónica Social Romântica», adaptação do romance de Eça de Queirós por Norberto Barroca, que também assina a encenação e a cenografia, e que recentemente esteve no Solar Condes de Resende a dar uma aula sobre as adaptações ao Teatro desta e de outras obras do consagrado escritor. Esta adaptação já foi vista por 44.168 espectadores em 185 representações efectuadas nos anos transactos.
Manoel de Oliveira com Eça em Berlim
No passado dia 9 de Fevereiro o realizador Manoel de Oliveira apresentou à imprensa a sua adaptação do conto de Eça «Singularidades de uma rapariga loira», o qual tem sessenta e quatro minutos, mantém o diálogo original, mas actualizou o cenário e o enquadramento para os nossos dias, até porque a história mantém a sua inteira actualidade, um guarda-livros que quer uma noiva sem avaliar o preço que tal lhe vai custar, e não apenas em dinheiro.
Passados estes cento e cinquenta anos a sociedade portuguesa, no que diz respeito às relações entre homens e mulheres, continua praticamente na mesma: não estou a ver a filha de um banqueiro a querer casar com o vigilante da porta do banco, nem a rapariguinha da televisão a não querer casar com o filho do ministro a quem ela faz aqueles olhinhos de borrega perdida na campina. Se tal se der, sairá mais um romance da grande escritora Carolina Salgado ou qualquer outro autor, ou pseudo-autor, de literatura de supermercado.
Eça vai de Metro
Desde 30 de Janeiro e até 30 de Abril próximo os utentes do Metro no Porto podem ler ou comprar livros de dez clássicos da Literatura mundial, entre os quais Eça de Queirós, na linha entre as Antas e a Póvoa de Varzim (linha vermelha). Mediante um cartão de adesão podem obter o empréstimo de qualquer obra durante duas semanas ou ainda comprá-las. Estão ainda previstas sessões de autógrafos e apresentação de livros, por autores convidados.
Com os Holandeses em Portugal
Vários periódicos portugueses têm dado a maior atenção à mais recente publicação em Portugal do livro Com os Holandeses de J. Rentes de Carvalho: assim o Diário de Notícias de 31 de Janeiro apresenta texto de Fernando Madaíl sob a designação de «Holanda consagra escritor português»; o Ypsilon (suplemento do Público) de 6 de Fevereiro publicou um texto de Pedro Mexia intitulado «O bom sucesso. A gratidão e a ira de um escritor português radicado na Holanda». Comentários à obra foram ainda publicados no Jornal de Negócios também de 6 de Fevereiro e no Actual (suplemento do Expresso) de 21 deste mês. E outros textos por aí andarão. Finalmente parece que Portugal descobre o grande escritor J. Rentes de Carvalho, cujo espólio literário e obra estão à disposição dos estudiosos no Solar Condes de Resende.
Barão de Forrester e o Douro
A Associação dos Amigos de Pereiros acaba de publicar sob o titulo O Barão de Forrester sessão evocativa, as conferências proferidas a 24 de Outubro de 2008 no Salão Nobre da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira, por J. A. Gonçalves Guimarães, sob o tema «O sítio mais romântico e importante de todo o Rio Douro ou S. João da Pesqueira pela mão do Barão de Forrester», e António Barros Cardoso sobre «Douro e Porto – a complementaridade intemporal». Ambos os conferencistas são membros do Grupo de Estudos de História da Viticultura Duriense e do Vinho do Porto (GEHVID) da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, sendo o primeiro investigador convidado e o segundo o seu coordenador científico.
Entretanto encontra-se aberta no Museu do Douro na Régua a exposição «Barão de Forrester Razão e Sentimento. Uma História do Douro (1831-1861)» em cujo catálogo participou aquele primeiro investigador com um estudo sobre «O Barão de Forrester e a Arqueologia Duriense».
Obra de Raul Ferreira no Solar
Após ter sido inaugurada no dia 22 de Novembro do ano passado no pátio do Solar a instalação «Certo Ser» de Raul Ferreira, baseada no conto «Adão e Eva no Paraíso» de Eça de Queirós, na abertura do VI Capítulo, este artista, nascido em Mafamude, Vila Nova de Gaia em 1975, licenciado em Ensino de EVT e Mestre em Art, Craft and Design pela Universidade de Surrey (Londres), ofereceu à Confraria Queirosiana o painel intitulado «Aqui diante de ti» o qual passou a estar exposto no Bar do Solar Condes de Resende, onde às quintas-feiras há tertúlia a partir das 17.30.
Obscuridades de Fernando Morais
No próximo dia 7 de Março pelas 17 horas, na Biblioteca Municipal de Gaia, Fernando Morais lança o seu mais recente livro de poemas intitulado Obscuridades sobre o tema da morte na estrada. Na sessão será apresentada vídeo-arte e actuará o jovem violinista António Neves.
Passatempo do eca-e-outras
Diga-nos com quem quer, ou não quer, ir tomar café!
Você é um condicionado. A sua opinião conta pouco para os destinos do país e do mundo. Não se iluda. Só o dinheiro dá a liberdade. Você pode ter carradas de razão no que faz ou no que pensa, mas ELES é que mandam e fazem o que querem. Na melhor das hipóteses confiam-lhe um papelinho de vez em quando para você votar, papelinho esse que você pagará, não se esqueça. Na melhor das hipóteses vá lendo As Farpas de Eça e Ramalho para confirmar que Portugal e o Mundo não mudaram nada desde que «o capital» e o «social» se instalaram. Mas há coisas que ninguém lhe pode tirar, nem levar a mal, nem pôr-lhe um processo em tribunal, nem obrigá-lo a tomar uma vacina ou a fazer um seguro. Você pode muito bem decidir com quem quer (ou gostaria) de ir tomar café. E pode também decidir com quem não quer nem gostaria de fazer gesto tão simples e banal na nossa sociedade. E quem diz tomar café diz tomar chá, um Porto, um gelado, enfim qualquer bebida que proporcione algum convívio simples e directo. Diga-nos pois para este blogue com quem quer e com quem não quer ir tomar café. Apenas cinco nomes de cada vez para os sins e para os nãos. A listagem será apresentada sem indicação dos autores das opiniões, pois tal não tem qualquer interesse. O que conta é a listinha, para ELES perceberem como gostamos ou não deles. Nessa apreciação podem entrar deuses e mitos, políticos, jogadores de futebol, cantoras, a sua vizinha ou vizinho, o seu cão ou gato, identificados apenas pelos nomes que os tornam facilmente identificáveis. Numa rápida amostragem aqui na redacção do “ecas” apuramos os seguintes resultados:
Sim, gostaria de tomar café com:
Ana Gomes
Beyoncé
Harrison Ford
José Mourinho
José Sócrates
Manuel Alegre
Manuel Maria Carrilho
Manoel de Oliveira
Rui Sá
Vasco Pulido Valente
Não gostaria de tomar café com:
Berlusconi
Dias Loureiro
Domingos Névoa
Manuela Ferreira Leite
George Bush
Hugo Chavez
João Rendeiro
Netanyahu
Paulo Portas
Robert Mugabe
Dia 25 de Março actualizaremos os resultados
Eça & Outras, IIIª. série n.º 5 – Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009
Cte. n.º 506285685
NIB: 001800005536505900154
IBAN: PT50001800005536505900154
Email : queirosiana@gmail.com
confrariaqueirosiana.blospot.com
eca-e-outras.blogspot.com
Coordenação da página:
J. A. Gonçalves Guimarães (TE-638)
Redacção: Fátima Teixeira
Inserção: Amélia Cabral
Colaboradores desta edição:
J. A. Gonçalves Guimarães;
Fátima Teixeira
No próximo dia 7 de Março pelas 17 horas, na Biblioteca Municipal de Gaia, Fernando Morais lança o seu mais recente livro de poemas intitulado Obscuridades sobre o tema da morte na estrada. Na sessão será apresentada vídeo-arte e actuará o jovem violinista António Neves.
Passatempo do eca-e-outras
Diga-nos com quem quer, ou não quer, ir tomar café!
Você é um condicionado. A sua opinião conta pouco para os destinos do país e do mundo. Não se iluda. Só o dinheiro dá a liberdade. Você pode ter carradas de razão no que faz ou no que pensa, mas ELES é que mandam e fazem o que querem. Na melhor das hipóteses confiam-lhe um papelinho de vez em quando para você votar, papelinho esse que você pagará, não se esqueça. Na melhor das hipóteses vá lendo As Farpas de Eça e Ramalho para confirmar que Portugal e o Mundo não mudaram nada desde que «o capital» e o «social» se instalaram. Mas há coisas que ninguém lhe pode tirar, nem levar a mal, nem pôr-lhe um processo em tribunal, nem obrigá-lo a tomar uma vacina ou a fazer um seguro. Você pode muito bem decidir com quem quer (ou gostaria) de ir tomar café. E pode também decidir com quem não quer nem gostaria de fazer gesto tão simples e banal na nossa sociedade. E quem diz tomar café diz tomar chá, um Porto, um gelado, enfim qualquer bebida que proporcione algum convívio simples e directo. Diga-nos pois para este blogue com quem quer e com quem não quer ir tomar café. Apenas cinco nomes de cada vez para os sins e para os nãos. A listagem será apresentada sem indicação dos autores das opiniões, pois tal não tem qualquer interesse. O que conta é a listinha, para ELES perceberem como gostamos ou não deles. Nessa apreciação podem entrar deuses e mitos, políticos, jogadores de futebol, cantoras, a sua vizinha ou vizinho, o seu cão ou gato, identificados apenas pelos nomes que os tornam facilmente identificáveis. Numa rápida amostragem aqui na redacção do “ecas” apuramos os seguintes resultados:
Sim, gostaria de tomar café com:
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