«Hontem
e hoje»
Celebra-se este ano o 175º
aniversário do nascimento de Alberto Sampaio, autor de «O Norte Marítimo: notas
para uma história» (1890); «Ontem e hoje» (1892) e «As Villas do Norte de
Portugal» (1892), todos estes textos publicados na Revista de Portugal de Eça de Queirós, depois revistos muitas vezes
pelo autor à procura da máxima exatidão fatual e da coerência do discurso até à
perfeição possível, republicando-os na Revista
de Guimarães, na Revista de Ciências
Naturais e Sociais e na Portugália,
reunidos enfim por Luís de Magalhães nos Estudos
Históricos e Económicos em 1923, reeditados
em 1979, e mais recentemente nas Obras,
em 2008, onde os podemos encontrar e voltar a ler.
Alberto Sampaio pertence àquela
geração de inquietos do século XIX, o grupo de jovens estudantes mais
interrogador que jamais houve em Portugal, os quais puseram em causa o ensino
obsoleto da lenta sebenta de Coimbra
e relançaram a cultura portuguesa para horizontes até então nunca atingidos
entre nós nas ciências da natureza, nas ditas exatas ou nas humanas, na
Literatura, na Filosofia e nas Artes. É certo que os movia a vontade de
acompanharem o progresso que chegava lá de fora a um Portugal então camiliano,
ou mesmo castilhiano, chaguiano e ortigoniano e outros que se lhes seguiram até
aos dias de hoje, com a luzinha do talento alimentada pela candeia provinciana.
Alberto Sampaio e Antero de Quental foram aos Estados Unidos ver o mundo novo e
Eça também, a desenjoarem dos milagres de Ourique, enquanto a chegada do
darwinismo dava ocasião para duelos à espada. É a geração coimbrã de Adriano de
Paiva, o criador do princípio da transmissão de imagens à distância que depois
se chamaria televisão, e de muitos outros que se interrogavam sobre tudo o que
até aí era tido como certo e inalterável na política, na economia, na religião,
na história, no pensamento, na cultura, dando conta dessas interrogações em
conferências, relatórios, jornais e revistas, criação de instituições,
escrevendo romances como A Relíquia,
publicando banda desenhada como a de Rafael Bordalo Pinheiro, divulgando os
benefícios da pasteurização e da agronomia, tudo na grande esperança de que o povo,
através da escola, “chegasse lá”. Esta geração tinha a clara ideia de que não
havia um país para privilegiados e eruditos e um outro para os analfabetos ou
os precariamente letrados e que haveria que conciliar o fim das fomes do corpo
com as seculares fomes do espírito, das urbanas viagens do comboio com as
efémeras felicidades campestres. Esta geração adivinhou mundos a haver porque
se interrogava permanentemente e desconfiava das respostas imediatas, sabendo
que “a luz” poderia demorar, e que, quando viesse, não vinha para ficar, podendo
mesmo tratar-se de encandeamentos temporários, tão enganadores como os
existentes, e que só a interrogação permanente era caminho a percorrer na luta
constante contra a nacional pasmaceira. No que à História pátria dizia
respeito, se já então se ouvia o bronzino sino de Herculano sobre os alvores da
nacionalidade, as interrogações sobre o entre-tempo desde as ruínas castrejas
de Martins Sarmento até ao das reconquistas aos mouros, compostelanos e leoneses
era nesses dias solitariamente percorrido por Alberto Sampaio, que percebera
que Portugal era o resultado de uma lenta evolução organizativa de populações
camponesas e marinheiras litorâneas contra o norte asturo-galego, o leste
leonês e o sul muçulmano, ajudadas pelos cavaleiros moçárabes de Lamego e
Coimbra e pela autoridade religiosa da Bracara Augusta contra a Compostela
feudal, e não o fiat lux de elites
predadoras.
E no entanto esta geração de
interrogadores era humilde perante a ciência: «a chamada ”Luz da Ciência”, a
cada instante mais viva e mais alta, só nos serve, por isso mesmo que a aumenta
em altura e brilho, para nos mostrar quanto é infinita e inacessível, em redor,
a tremenda treva metafísica. A ciência realmente só tem alcançado tornar mais
intensa e forte uma certeza – a velha certeza socrática da nossa irreparável
ignorância. De cada vez sabemos mais – que não sabemos nada» (Eça de Queirós, Notas Contemporâneas).
Esta humildade dos que procuravam a possível
verdade das coisas, além de não ter tido continuidade, tem sido nos nossos dias
despudoradamente aproveitada por novos bonzos de templos de velhas divindades
travestidas, armados em messias universais ou pandilheiros de atividades ditas
culturais para entreter reformados que não sabem o que fazer ao tempo livre e
remunerado que a atual sociedade lhes proporciona. Daí à indústria da mitomania
vai apenas um pequeno passo, que os turismos organizados em instituições acolhem,
acalentam e promovem através de novos conselheiros acácios, os opinion makers que a geração dos anos
sessenta e setenta do século XIX ridicularizou e depôs, pelos vistos
temporariamente, no tapete das inutilidades. Mas ei-los, que aí os temos de
novo, ferozes e maléficos nas suas tiradas e nas suas ações, sacudindo no bolso
das calças o ódiozinho de estimação por tudo quanto cheire a livre pensamento. Para
tal tentar esconjurar, vou propor que a atual Revista de Portugal volte a publicar o texto «Ontem e hoje» de Alberto
Sampaio, uma das mais notáveis sínteses de análise sobre a História pátria e a
maneira de ser dos portugueses que jamais li, entretanto, sem o prever,
emoldurada pelo experimentalismo dos acontecimentos de mais de um século, o que
alguns negam como possibilidade às ciências humanas: o texto foi inicialmente
publicado em 1892 e o autor não podia saber o que desde então para cá se ia
passar. Mas acertou em cheio: continuamos a ser e a agir como ele anotou até aí
nesse seu texto. Mas creio que, tal como outros pensadores do seu tempo, também
o autor de Vila Nova de Famalicão teria preferido ter-se enganado e concluído
que desde o 31 de janeiro, o 25 de abril, o 13 de maio, o 10 de junho, o 5 de
outubro, além de outros feriados religiosos de data hesitante que poucos sabem
o que pretendem significar, já somos muito melhores na nossa vida pessoal e
coletiva. Afinal é lícito ter ilusões.
Não direi, como o miúdo esperto da fábula,
que “o rei vai nu”. Perguntarei apenas aos poucos preocupados com estas coisas
que ainda falam comigo se acham que essa gente, os batedores de palmas e
abanadores de circunspetas cabeças, se interrogam? Se põem questões? Se usam a
dúvida metódica sobre o que lhes é dado como manifestações da verdade e do
saber? Se vão à forja da vida temperar as suas certezas?
Não, não creio. Nem precisam. Afirmem
eles, alto e bom som, que acreditam em meia dúzia de “verdades feitas”, não as
contestem, não as interroguem, nem a bondade dos seus promotores: vão a pé
pelos antigos caminhos romanos e chamem-lhes de S. Tiago, imaginando no passado
inexistentes multidões com liberdade, tempo e subsídio de férias para os
percorrer; continuem a afirmar que D. Afonso Henriques nasceu no berço onde a
mãe não cabia; que o Infante D. Henrique mandou aviar uns pratos de tripas com
o feijão e as especiarias que só estariam disponíveis entre nós séculos depois;
venerem o galo de Barcelos, a padeira de Aljubarrota ou a santinha de qualquer
ladeira ou azinhal; que Fernão de Magalhães nasceu em Sabrosa numa adega
cooperativa; que umas certas “aparições” foram as únicas e verdadeiras que
jamais aconteceram neste abençoado país; vão visitar o destruído muro da Europa
reerguido na Terra Santa, tenham uma fé infinita nas virtudes do futebol e nos
angélicos dirigentes das empresas desportivas, na seriedade dos banqueiros, na
eficiência dos juízes, na bondade do povo e seus eleitos, entre muitas outras
“certezas”, e o mundo continuará a girar, não apenas para cumprir a lei da
atração universal, como seria de esperar desde Copérnico e Galileu, mas também
para proveito e prestígio próprios destes cidadãos de sucesso.
Meu caro Alberto Sampaio, que juventude
ainda para aí vai nos teus 175 anos! Continuo tão embasbacado com a nossa
realidade de portugueses como tu o estiveste. Mas graças a um qualquer anterior
acordo ortográfico que já nenhum “conselheiro” contesta, suponho que a
principal diferença entre nós é que eu já não escrevo ontem com h.
Como vês, já houve progressos!
J. A. Gonçalves
Guimarães
Mesário-mor
da Confraria Queirosiana
O Mandarim no
Teatro
Em 2008 José Leitão, ator e encenador
publicou as suas adaptações ao teatro de duas obras de Eça de Queirós,
respetivamente “Não matem o mandarim”, com prefácio de António Coimbra Martins,
e “Que relíquia”, com prefácio de Carlos Reis, publicadas num volume editado
pela Câmara Municipal da Maia. Mais recentemente, no passado mês de maio,
esteve em cena entre os dias 9 e 19 no Teatro Nacional São João no Porto a peça
de teatro “Nunca mates o mandarim”, adaptação de Rui Pina Coelho encenada por
Gonçalo Amorim para o Teatro Experimental do Porto (para quem já anteriormente
tinha encenado uma versão de Os Maias),
integrada também no programa do FITEI. Continua assim a ter uma leitura
perfeitamente atual a novela que Eça escreveu como vingança intelectual contra
aqueles que, apoiados no status quo internacional
vigente e bem pensante da segunda metade do século XIX, ganhavam dinheiro com
os escravos chineses criados pela guerra imperialista a que as potências
ocidentais (EUA, Inglaterra, França, Alemanha) submeteram a China, muitos deles
enviados para a Cuba espanhola da cana do açúcar. Eça, que poderia ter ficado
rico para o resto da vida bastando para tal “fechar os olhos”, em 1873 preferiu
desafiar a ira dos fazendeiros coloniais e do governo espanhol e outros,
passando a dar um “visto” consular a todos os colies chegados a Havana, com o argumento de que, se vinham de
Macau, eram portugueses, melhorando assim as perspetivas de vida de milhares de
desesperados refugiados que passaram assim a estar registados legalmente e com
alguma teórica proteção internacional, uma ação que só teria paralelo mais de
sessenta anos depois com Aristides de Sousa Mendes um outro cônsul português
que salvou milhares de refugiados na França colaboracionista de Pétain.
Livros e Revistas
Leite e
Laticínios.
A Confraria Nacional do Leite acaba de publicar o livro “Leite e Lacticínios em
Portugal. Digressões históricas” coordenado por Jorge Fernandes Alves,
historiador e professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do
Porto, que assina o capítulo «I – A fileira do leite em perspetiva histórica»,
a que se segue «II. Testemunhos vividos» sobre o leite e os lacticínios nos
Açores e a produção do leite em Portugal Continental por L. H. Sequeira de
Medeiros e João Cotta Dias, médicos veterinários. Ainda um anexo final «III.
Confraria Nacional do Leite» sobre a instituição e os confrades. Está assim
esta instituição de parabéns pela edição desta útil, elucidativa, bem
documentada e abrangente obra sobre um universo que nos é, quantas vezes, tão
familiar quanto desconhecido, escrita por três profissionais de reconhecido
mérito nas respetivas áreas, desde a vertente histórica até aos aspetos
técnicos e sanitários da produção deste alimento.
Numismática. Acaba de ser disponibilizado
gratuitamente on line pela
Universidade do Algarve e o Campo Arqueológico de Mértola a obra “Numismas da
Horta da Misericórdia (Faro): Catálogo Geral”, da autoria do arqueólogo Marco
Paulo Ferreira Valente, o qual pretende «colmatar algumas lacunas relativamente
ao que os estudos da numismática têm sido votados nas últimas décadas – salvo
honrosas exceções … os hiatos cronológicos e os estudos, quer de casos
específicos, como de áreas mais abrangentes do ponto de vista espacial, estão
em larga escala por ser efetuados». Esta obra passará com certeza a ser uma
referência nesta área.
As Artes entre as
Letras. No
passado dia 18 de junho decorreu no Teatro do Campo Alegre no Porto a sessão
comemorativa do 7º aniversário deste jornal cultural dirigido por Nassalete
Miranda, cujo n.º 172 foi inteiramente dedicado à Sétima Arte, com editorial da
diretora e a habitual crónica de Guilherme de Oliveira Martins, magníficos
retratos de Manuel de Oliveira e de Raúl Brandão por Hélder de Carvalho, além
de vária outra colaboração. Este jornal publica mensalmente a página Eça &
Outras da responsabilidade da Confraria Queirosiana.
Confrarias e
Gastronomia Portuguesa. No próximo dia 5 de julho decorre no Museu Nacional
de Etnologia em Lisboa o lançamento do livro “A minha viagem por Portugal”,
editado pelo Casino Figueira, da autoria de Olga Cavaleiro, presidente da
Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, o qual compactou num só volume
os artigos que a autora publicou em 2015 na revista Tabu do semanário Sol sobre
muitas das confrarias portuguesas e os produtos e práticas alimentares que
promovem, entre as quais a Confraria Queirosiana, que tem vindo a divulgar em
Portugal e Brasil a obra queirosiana sobre estas incidências e os mais recentes
estudos sobre estes temas.
Congressos, colóquios,
conferências, palestras e visitas
guiadas
Construção naval. Decorreu nos
passados dias 23 a 25 de maio em Vila do Conde o Congresso Internacional
Construção Naval. Arte, Técnica e Património, organizado pela Câmara Municipal,
no qual apresentaram comunicações vários especialistas que serão professores no
curso sobre História Naval do Noroeste de Portugal, organizado pela Academia
Eça de Queirós e que decorrerá no Solar Condes de Resende (Almirantes de
Portugal) a partir de outubro próximo, nomeadamente Amélia Polónia (UP/CITCEM),
Hugo Bastos (Douro Azul) e Amândio Barros (IPP/CITCEM).
Alunos do mestrado em História Contemporânea da FLUP na CFC |
Companhia de Fiação de Crestuma. No passado dia 27 de maio os alunos do mestrado em História Contemporânea da Faculdade de Letras da Universidade do Porto dirigidos pelo professor Jorge Fernandes Alves realizaram uma visita de estudo à recuperação das instalações da centenária Companhia de Fiação de Crestuma, em Lever, objeto da dissertação de mestrado da investigadora Maria de Fátima Teixeira, tendo sido recebidos pelo seu proprietário, Dr. Ricardo Haddad. Em seguida visitaram o Castelo de Crestuma que tem vindo a ser estudado pelo Gabinete de História, Arqueologia e Património da Confraria Queirosiana.
Egiptologia. Luís Manuel de
Araújo, egiptólogo e professor na Universidade de Lisboa tem proferido diversas
palestras e conferências sobre egiptologia nas seguintes instituições: a 1 de
junho no Avditorivm Tryvel no Porto sobre ”Egito na Europa”; no dia 21 de junho
no auditório da Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos, em Lisboa, sobre
“Viver bem e morrer melhor no Antigo Egito”. Entre 21 e 28 de Agosto próximo
vai guiar uma vigem a alguns dos principais museus da Europa que albergam
coleções trazidas do Vale do Nilo, desde Lyon, passando por Grenoble, Turim e
Milão, organizada pela Tryvel.
Open House Porto
2016. Decorreu
nos passados dias 18 e 19 de junho a 2ª edição desta iniciativa promovida pela
Open House Worldwide, e na região do Baixo Douro pela Casa da Arquitetura, subordinada
ao tema “A Arquitetura de portas abertas” com visitas guiadas a diversos
edifícios emblemáticos das cidades de Gaia, Matosinhos e Porto, entre os quais
o edifício dos Paços do Concelho de Vila Nova de Gaia, com projeto de 1916 da
autoria de Francisco de Oliveira Ferreira, cujas visitas foram guiadas por
Eduardo Vitor Rodrigues, sociólogo e presidente da Câmara de Gaia, e J. A.
Gonçalves Guimarães, historiador.
23º Festival
Internacional de Música de Gaia. Estando a decorrer este festival entre 10
de junho e 16 de julho, no passado dia 18 de junho acolheu na Casa Museu Teixeira
Lopes uma conferência por Mário Vieira de Carvalho, musicólogo e professor
jubilado da Universidade Nova de Lisboa, sobre “Identidade, Liberdade,
Intervenção: Fernando Lopes-Graça e o seu percurso de compositor. Assinalando o
110º aniversário do seu nascimento”, a qual foi ilustrada com a interpretação
de várias obras suas pelo pianista Jaime Mota, a soprano Vera Mesquita e a
mezzo-soprano Gisela Sachse.
11º Congresso Luso-brasileiro
de História da Educação (COLUBHE). Promovido pela Associação de História da
Educação de Portugal (HISTEDUP) e pelo CITCEM/Faculdade de Letras da
Universidade do Porto, decorreu na cidade do Porto entre os dias 20 e 23 de
junho este certame onde estiveram presentes como conferencistas António Manuel Silva,
Eva Baptista e José António Afonso, entre cerca de 400 palestrantes de ambos os
lados do Atlântico.
2º Colóquio do
Lumiar, Lisboa.
No próximo dia 2 de julho decorre no Museu do Teatro e Dança do Lumiar este
colóquio organizado pelo Centro Cultural Eça de Queirós de Telheiras em que
serão palestrantes, César Veloso e Fernando Andrade Lemos, em colaboração com
outros, sobre “Uma Questão de Bens da Igreja”, a que se seguirão outros temas.
Exposições e
eventos
A Confraria Queirosiana na insigniação do ministro da Economia; foto de Susana Moncóvio |
Dia Nacional da
Gastronomia. Como
noticiamos na página passada, decorreu no passado dia 29 de maio no mercado
Manuel Firmino em Aveiro a primeira comemoração do Dia Nacional da Gastronomia
Portuguesa, aprovado pela Assembleia da República e promovido pela Federação
Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, em cuja sessão de abertura foram
insigniados como Optimus Conviva das Confrarias de Portugal o ministro da
economia Manuel Caldeira Cabral, a secretário de estado do turismo Ana Mendes
Godinho, o secretário de estado das florestas e desenvolvimento Amândio Torres
e a fadista Kátia Guerreiro. Estiveram presentes várias empresas de produtores
e vendedores portugueses e espanhóis de produtos gastronómicos e enófilos, além
de numerosas confrarias, entre as quais a Confraria Queirosiana representada
por quatro elementos da direção.
Dia de Itália. Diversos
confrades queirosianos estiveram presentes no passado dia 5 de junho, nas
comemorações do Dia de Itália que decorreu no Porto, no Palácio do Freixo, promovido
pelo Consulado de Itália no Porto e pela Associazione Socio-Culturale Italiana
del Portogallo Dante Alighieri, para a qual, entre abril e junho, José Manuel
Tedim, historiador da Arte e presidente da direção dos ASCR – Confraria
Queirosiana, lecionou no seu curso “Encontro com a Arte: Pintura Italiana”.
Mesa da Federação das Confrarias Báquicas Portuguesas; foto de Carla Marques |
Federação das Confrarias
Báquicas de Portugal em Madrid. No passado dia 21 de junho decorreu no
Hotel Westin Palace a insigniação de diversas personalidades portuguesas e
espanholas como membros de honra da Federação das Confrarias Báquicas de
Portugal com sede na Quinta da Boeira, Vila Nova de Gaia, entre elas o
embaixador de Portugal em Madrid, Dr. Francisco Ribeiro de Menezes. Do evento
constou também a apresentação da exposição de modelos de embarcações históricas
construídas pelo artesão Albino Costa presentes na sala, por J. A. Gonçalves
Guimarães, mesário-mor da Confraria Queirosiana e autor do livro “Modelos de embarcações históricas portuguesas dos séculos
XVI a XIX”, edição em português e castelhano que aí teve a sua primeira apresentação
pública, a que se seguiu uma prova de 200 anos de vinhos do Porto, através de
colheitas de lotes de 10, 20, 30, 40 e 100 anos comercializadas pela Quinta da
Boeira, igualmente produtora do “10 anos” e “20 anos” Confraria Queirosiana. Ao
ato estiveram presentes dirigentes da AICEP e de outras entidades de promoção
em Espanha de produtos portugueses, o vereador da Câmara de Gaia, arq. José
Valentim Pinto Miranda, bem assim como produtores de vinhos e confrades das
Confrarias do Vinho do Porto, do Vinho Verde, de Nossa Senhora do Tejo, dos
Vinhos de Carcavelos, dos Gastrónomos e Enófilos de Trás-os-Montes e da Confraria
Queirosiana.
Lvsitania Romana.
Origem de dos Pueblos
– No próximo dia 30 de junho abre ao público no Museu Arqueológico Nacional de
Madrid esta exposição, promovida pelos ministérios da Cultura de Portugal e
Espanha. Depois de ter estado patente ao público em Mérida e Lisboa, chegou
agora a vez da capital espanhola, onde até 16 de outubro poderão ser vistas,
entre muitos outros objetos do período romano, as duas tesserae hospitales do Monte Murado, Vila Nova de Gaia, depositadas
no Solar Condes de Resende e que foram objeto de estudo por Armando Coelho
Ferreira da Silva, professor catedrático da FLUP e arqueólogo, publicado em
1983 na revista Gaya.
Prémios e distinções
Prémios APOM 2016. Diversas
entidades dirigidas por confrades queirosianos, ou onde trabalham dirigentes,
confrades ou sócios dos ASCR - Confraria Queirosiana, foram distinguidas pelos
prémios APOM 2016, de entre eles o Museu da Misericórdia do Porto, o Centro
Interpretativo CM Porto/Casa do Infante e o prémio Melhor Trabalho
Jornalístico/Media, atribuído ao programa “Caminhos da História” do Porto
Canal, da autoria de Joel Cleto.
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Eça
& Outras, IIIª. Série, n.º 92 – sábado, 25 de junho de 2016; propriedade
dos Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana; Cte.
n.º 506285685 ; NIB: 001800005536505900154 ; IBAN: PT50001800005536505900154;
email: queirosiana@gmail.com; www.queirosiana.pt;
confrariaqueirosiana.blospot.com; eca-e-outras.blogspot.com;
vinhosdeeca.blogspot.com; coordenação da página: J. A. Gonçalves Guimarães
(TE-638); redação: Fátima Teixeira; inserção: Amélia Cabral; colaboração: Carla
Marques; Susana Moncóvio.
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