domingo, 25 de outubro de 2015

Eça & Outras


Dicionário de Eça de Queiroz
de A. Campos Matos

Acaba de ser lançada no mercado a 3.ª edição revista e ampliada do Dicionário de Eça de Queiroz, organizado e coordenado por A. Campos Matos e editado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, com a colaboração da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e da Academia Brasileira de Letras. Trata-se de um “livro-monumento” com 1470 páginas o qual, como escreve o seu criador na «nota preambular da presente edição», este «foi o primeiro dicionário literário de autor em Portugal», aparecido em 1988, com 2.ª edição revista e aumentada em 1993, mais um suplemento em 2000 e agora esta terceira edição com um total de 1113 verbetes e 103 colaboradores, entre eles, para além de A. Campos Matos, que assegura a autoria do maior número de entradas temáticas, também de Américo Guerreiro de Sousa, Dagoberto Carvalho J.or, Guilherme de Oliveira Martins, J. A. Gonçalves Guimarães, Isabel Pires de Lima, Luís Manuel de Araújo, Mário Vieira de Carvalho, Susana Gonçalves Guimarães, e muitos outros, sendo citados em vários verbetes, Norberto Barroca, Paulo Sá Machado, Jaime Milheiro, Ana Teresa Peixinho, Carlos Reis, Ana Margarida Dinis Vieira e outros autores queirosianos portugueses e brasileiros.
            Perante a evidência desta obra não haverá muito a dizer, porque o melhor é lê-la, usá-la e desfrutá-la, quer como instrumento de trabalho na busca de uma maior e aprofundada procura da compreensão do universo queirosiano, mas também por puro deleite intelectual. Para além de capítulos imprescindíveis, como a (ainda mais) atualizada “Cronologia” sobre a vida e época do escritor, o “Esquema cronológico das obras”, e o “Esquema cronológico dos póstumos”, ou mesmo os “Índices” onomástico e temático, bibliografia essencial, notícias críticas sobre a 1.ª edição, índice remissivo, e a “ Bibliografia atualizada, desde 2000, seletiva”, este Dicionário abrange não só todos os grandes temas queirosianos, mesmo os “problemáticos”, como a questão do nascimento do escritor, as suas doenças ou fontes de inspiração, mas também as novas abordagens como “Atualidade de Eça de Queiroz. Sete reflexões”, de A. Campos Matos; Erotismo queirosiano”, por Ana Luísa Vilela; “Homossexuais”, pelo coordenador; “ Palestina”, idem; “Pamplona Carneiro Rangel, Manuel”, pelo autor destas linhas e sua filha Susana Gonçalves Guimarães; “ Relações da família de Eça de Queiroz com os críticos” ainda pelo coordenador; “(A) República e Eça”, idem; “Semitismo e Antissemitismo, idem; “Sexo e sensualidade em Eça de Queiroz”, idem; “Sonhos”, idem; “Verdemilho”, por Jorge Henriques, para só falar em alguns daqueles verbetes que vieram atualizar a problemática da vida e obra do escritor.
            Obra gigantesca, séria, prática e útil, resultado do labor de toda uma vida devotada ao escritor por quem continua a surpreender-nos com novas edições, como o Diário Íntimo de Carlos da Maia, dirão que, como seu ínfimo colaborador sou parte pouco isenta nesta apreciação. É possível mas, perante a evidência da sua qualidade global, tal critica não terá qualquer interesse. Como escreveu Eça de Queirós ainda jovem moço, «Hoje, que tudo é imenso e exagerado, nesta vida moderna, cujo verdadeiro nome é paroxismo, pouco se pode ler: os livros sucedem-se: poemas, histórias, romances, poesias, críticas, ciências, dicionários, tudo nasce, passa, voa, é lido, estudado, esquecido e lançado ao monturo. Para colher uma ideia, para saber um facto, para escolher uma opinião, é necessário ir duns a outros, sem cessar, correndo, ler uma página, relancear a vista por um índice, colher na passagem o título de um capítulo. Hoje há mais coisas a saber: o mais pequeno sábio não pode ter a sua pequena consciência satisfeita sem ter lido mil livros, aberto crédito a mil sistemas. Quem sabe onde nos levará este abuso do espírito?» (Eça de Queirós, Distrito de Évora, 1867). A resposta deixo-a ao leitor.
Mas este Dicionário virá ajudá-lo, e muito, no que diz respeito ao universo queirosiano. As possíveis falhas ou omissões da obra são aqui como os coruchéus que faltam nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha. Se lá não estão, percebe-se onde deviam estar, mas não fazem grande falta à sua incontornável monumentalidade. E, além do mais, este livro não é uma mostra de paleontologia literária ou ensaística, mas sim uma maternidade de estudos a haver. O coordenador continuará embebecido a acolher cada novo contributo insuspeitado sobre a vida, a época e a obra de Eça de Queirós, que esta sua opera maxima, na próxima edição, continuará a admitir.

J. A. Gonçalves Guimarães
Mesário-mor


Faleceu Beatriz Berrini

           
Beatriz Berrini e Dagoberto Carvalho J.or
www.diariodepernambuco.com.br


    No passado dia 24 de setembro faleceu em São Paulo, Brasil, a Professora Doutora Beatriz Berrini, uma das maiores autoridades sobre a obra de Eça de Queirós. Doutorada em Letras pela Universidade de São Paulo em 1982 com a tese “Portugal de Eça de Queiroz”, foi professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e, em Portugal, membro do conselho cultural da Fundação Eça de Queiroz em Baião. Responsável pela publicação da Obra Completa do escritor no Brasil no ano 2000, são de sua autoria muitos outros títulos, como Comer e Beber com Eça de Queiroz, Rio de Janeiro, 1995, onde teve a colaboração de Maria de Lurdes Modesto, o qual permanece como uma referência obrigatória no que diz respeito à gastronomia dita queirosiana. Na foto acima, com o seu grande admirador e discípulo Dagoberto Carvalho J.or

Guilherme d´ Oliveira Martins

            No passado dia 30 de setembro, festejando os 70 anos do Centro Nacional de Cultura em Lisboa, decorreu o primeiro de um conjunto de quatro encontros sobre ciência, política e cultura científica, em homenagem a José Mariano Gago, ex-ministro da Ciência falecido em abril, na abertura do qual o presidente da direção do CNC, Guilherme d’Oliveira Martins, defendeu que «Não há cultura sem haver cultura científica». Além de presidente do Tribunal de Contas, conferencista, autor de diversos livros e de uma crónica quinzenal no Jornal As Artes Entre as Letras, foi recentemente indigitado para administrador da Fundação Calouste Gulbenkian.

João Nicolau de Almeida

            Em 1990 João Nicolau de Almeida criou o Duas Quintas a partir das uvas da Quinta da Ervamoira e da Quinta dos Bons Ares, vinho esse que acabaria por mudar o paradigma dos vinhos de mesa durienses. Em 1998 o seu criador foi eleito pela revista Wine and Spirits “homem do ano e um dos 50 enólogos mais influentes do mundo”. Em tempos recentes foi doutorado “honoris causa” pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Consta que vai deixar o seu lugar na Casa Ramos Pinto para se dedicar a um novo projeto vinícola com os seus filhos através do vinho Monte Xisto. Não cremos que na realidade se vá reformar, pelo que continuaremos a ter excelentes produções vinícolas com a sua assinatura. E entretanto vamos celebrando, nos momentos felizes da vida ou mesmo nos outros, com os seus Duas Quintas e os seus Porto.

Deputado arqueólogo

            Foi recentemente eleito para o Parlamento pelo Bloco de Esquerda o estudante de arqueologia Luís Monteiro, que em 2013 participou nas escavações do Castelo de Crestuma, sendo aliás o mais jovem deputado eleito para esta legislatura. Sabendo-se que também foram eleitos alguns inimigos declarados da atividade arqueológica talvez o jovem deputado consiga convencê-los da importância cultural e social da profissão que escolheu. Ou pelo menos denunciar as situações em que as leis de proteção ao Património Arqueológico são sistematicamente violadas em nome do “progresso” e da “economia”, com os resultados que se conhecem, normalmente desastrosos.

Livros

      A. Campos Matos
           
             
Acaba de sair a 2ª edição, revista e aumentada, da obra ficcional Diário Íntimo de Carlos da Maia (1839 - 1930) de A. Campos Matos, pelas Edições Colibri, apenas um ano depois da sua primeira edição.
            Notável efabulação sobre a personagem queirosiana, muito bem alicerçada em factos históricos cronologicamente aferidos, o seu maior encanto é o saber-se onde termina a personagem reinventada e começa o autor, ou vice-versa. Num mundo, que já então parecia girar mais apressado, Carlos da Maia anota a 24 de dezembro de 1930 que «nós aqui não sentimos a crise porque somos tão pobres que não chegou a atingir-nos». Afinal, para quê, nos dias de hoje, «tanta necessidade aborrecida», como se interroga no final do diário a personagem de Eça que recriada neste seu diário pessoalíssimo que convida o leitor a várias cumplicidades. E não é só no budismo que existem reincarnações…

Mário Cláudio

           
Entre 15 e 18 de outubro decorreu em Penafiel o programa Escritaria 2015 que este ano homenageou a vida e obra do escritor Mário Cláudio.
            De seu nome completo Rui Manuel Pinto Barbot Costa, descendente da família Mavinhé de negociantes do Porto de origem francesa, adotou aquele nome literário com que se identifica como autor de uma vasta obra que abordou, entre muitos outros, o tema queirosiano da Batalha do Caia. No dia 16 e outubro no Museu de Penafiel apresentou a sua mais recente obra, o romance autobiográfico Astronomia, no qual, com uma despudorada elegância conta ao leitor a sua vida ficcionada por ele próprio. Em determinada parte do seu trajeto profissional, tendo estado ao serviço da Biblioteca Pública Municipal de Vila Nova de Gaia, no período de transferência das acanhadas instalações na Casa-Museu Teixeira Lopes para o novo edifício, o qual coincidiu com o 25 de Abril, teve então de suportar os vira-casaca que, tendo antes apoiado o anterior regime, lhe apareceram então na sua nova postura de democratas de fresca data dispostos a fazer auto-de-fé dos livros de autores supostamente afetos ao regime deposto. Por isso este seu livro vale também como registo e testemunho da mediocridade oportunista daquela época em que tudo se equacionou, mas raramente o essencial.
            Desta sua breve passagem pela instituição ficaram dois interessantes textos: “O Arquivo da Confraria do Santíssimo Sacramento da Freguesia de Santa Marinha de Vila Nova de Gaia: Inventário Preliminar seguido de Inventário Analítico de sua Legislação e Contencioso, trabalho apresentado na Cadeira de Arquivologia e Arquivoeconomia do Curso de Bibliotecário-Arquivista, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra”, de 1975, precioso repositório de um arquivo fundamental para a História das duas cidades do Baixo Douro, ainda não publicado e que continua inacessível aos investigadores; e o livro Cale - antologia de textos sobre Gaia, organização e prefácio, editado pela Biblioteca Pública Municipal de Vila Nova de Gaia em 1976, que veio despertar uma gaialidade adormecida desde o final do século XIX.

Congressos, colóquios, visitas e cursos

I Congresso Internacional As Aves na História Natural, na Pré-História e na História

Decorreu entre os dias 23 a 27 de setembro passado na Biblioteca Nacional de Portugal em Lisboa este congresso organizado pelo Centro Português de Geo-História e Pré-História. Da comissão científica fizeram parte Fernando Coimbra, membro da entidade organizadora, e Luís Manuel de Araújo, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que fez a comunicação de encerramento sobre “O falcão aped-apedu, a ave das aves do Antigo Egipto”.


Curso do Solar Condes de Resende

           
O presidente da Câmara Eduardo Vítor Rodrigues
entrega os certificados aos alunos inscritos no curso anterior

No passado dia 10 de outubro teve lugar a abertura do curso “13 monumentos e sítios carismáticos da região do Douro-Atlântico (Gaia/Porto/Matosinhos)”, organizado pela Academia Eça de Queirós e certificado pelo Centro de Formação de Associação de Escolas Gaia Nascente, com a presença de Eduardo Vitor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia; Virgínia Barroso, diretora daquele Centro de Formação; J. A. Gonçalves Guimarães, diretor do Solar, e Carlos Sousa dirigente dos Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana. No início da sessão foram entregues os certificados do curso anterior sobre “História e Carisma da Região do Douro Atlântico (Gaia, Porto, Matosinhos); 5ª edição” aos alunos que o frequentaram, tenho os elementos da mesa salientado a importância destes cursos que aqui se realizam desde 1991. De seguida, e já na qualidade de sociólogo, de professor universitário e de académico da Academia Eça de Queirós, Eduardo Vitor Rodrigues proferiu uma lição sobre “O desenvolvimento da Região Norte” que prendeu a assistência muito para além do horário. O curso prosseguiu no dia 17 com uma aula sobre “O Centro Histórico de Gaia” pelo historiador e arqueólogo J. A. Gonçalves Guimarães; no dia 24 com o tema “O Centro da Cidade Palco da História do Porto” pelo historiador Francisco Ribeiro da Silva e prosseguirá no dia 7 de novembro com “ A Casa do Infante” pelo arqueólogo António Manuel S. P. Silva e no dia 14 com “O Mosteiro da Serra do Pilar” pelo historiador da Arte, Carlos Ruão, continuando em dezembro, dia 5, com “ A capela do Senhor da Pedra” por Henrique Guedes e dia 12 “O Mosteiro de Leça do Balio” por Joel Cleto.
            Entretanto no passado dia 1 de outubro reabriu também no Solar Condes de Resende o curso livre de “Pintura e outras expressões plásticas” orientado pela Professora pintora Paula Alves, que leva alguns dos seus alunos a participar no Salon d’Automne Queirosiano 2015 que abrirá também no Solar no próximo dia 7 de novembro pelas 17,30 horas.

Mosteiro de Grijó

 Ainda no passado dia 10 de outubro o professor, historiador da Arte e membro da Academia Eça de Queirós, José Mauel Tedim, conduziu uma visita guiada da Associação Cultural Amigos de Gaia ao Mosteiro de Grijó, onde falou sobre e evolução artística do monumento onde finalmente se encontra em lugar de destaque o sarcófago de D. Rodrigo Sanches, situação requerida já em 1986 pelo Gabinete de História e Arqueologia. Entretanto continuam por publicar os resultados das escavações ali em tempos efetuadas.

Centro Republicano Latino Coelho

             Também ainda no passado dia 10 de outubro o Centro Republicano Latino Coelho realizou uma sessão no Arquivo Municipal de Vila Nova de Gaia para lançamento da 2ª edição de um livro sobre os patronos das ruas de Coimbrões e as memórias sobre esta centenária associação. Foram palestrantes, Manuel Moreira, sobre a evolução da legislação autárquica; Júlio Gago sobre o Latino Coelho e o Teatro e J. A. Gonçalves Guimarães sobre Toponímia gaiense. Também presentes outros confrades queirosianos parentes de patronos de ruas em Coimbrões, como os Calheiros Lobo.

Arouca Geopark

            No passado dia 16 de outubro o Arouca Geopark preparou um programa de atividades com a colaboração do arqueólogo António Manuel S. P. Silva, do Centro de Arqueologia de Arouca, que falou sobre «Arqueologia como contributo para o desenvolvimento» no Mosteiro de Arouca.

Fado em Gaia

            Ontem, dia 24 de outubro, a bordo do navio de cruzeiros Tomaz do Douro, decorreu a 2ª edição do Gaia é Fado promovido pelo jornal O Gaiense, a qual teve como vencedora Joana Lopes. Na ocasião foi homenageada a memória de Adriano Correia de Oliveira, estando presentes, além de familiares, o seu camarada de Coimbra, Manuel Freire, o criador da canção Pedra Filosofal, com poema de António Gedeão, e os fadistas António Pinto Basto e Cidália Moreira. Na terra de Jorge Fontes, Nuno Guimarães, António Lousada e tantos outros nomes ligados ao fado, esta realização teve o apoio da Câmara Municipal e de muitas outras entidades. Foi presidente do júri o Dr. Manuel Filipe, diretor dos Auditórios de Gaia e presidente do conselho fiscal da Confraria queirosiana.

Gaia e Ceuta 1415

            No próximo dia 29 de outubro, pelas 21.30 horas, decorrerá no Solar Condes de Resende uma palestra sobre Gaia e Ceuta proferida por J. A. Gonçalves Guimarães, na qual o historiador vai referir-se aos heróis locais que participaram no feito em 1415, de um dos quais, Álvaro Anes de Cernache, ainda hoje moram descendentes nesta cidade, há seiscentos anos!

Feira de São Martinho

            No dia 8 de novembro, domingo, no Solar Condes de Resende, organizada pela Confraria Queirosiana com a colaboração da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, da Junta de Freguesia de Canelas e da Associação de Amigos de Pereiros (S. João da Pesqueira), vai decorrer a tradicional Feira de S. Martinho com a venda de produtos do Vale do Douro, petiscos e artesanato, a qual terá como animação um grupo de fados de Coimbra.


170º Aniversário de Eça de Queirós

No próximo dia 16 de novembro na série de encontros denominada Foz Literária, que decorrem no Castelo de S. João da Foz no Porto animados por José Vale de Figueiredo, haverá uma sessão dedicada a Eça de Queirós em que serão palestrantes, além do organizador, José Maia Marques e J. A. Gonçalves Guimarães, em que este último falará sobre os biógrafos e as biografias do escritor.

Capítulo da Confraria Queirosiana

            Como todos os anos desde 2003, decorrerá no próximo dia 21 de novembro o Capítulo anual da Confraria Queirosiana no Solar Condes de Resende, este ano assinalando a efeméride dos 170 anos do nascimento do escritor, à qual é dedicada o número 12 da nova série da Revista de Portugal. Na ocasião serão insigniados o reitor da Universidade do Porto, Professor Doutor Sebastião Feyo de Azevedo, o presidente da Câmara Municipal de Baião, Dr. José Luís Carneiro, o presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia, Dr. Albino Almeida e outros novos confrades de número e de honra.
            Haverá também um jantar queirosiano com canções da Belle Époque, um desfile de moda inspirado na mesma época e o Baile das Camélias no final.


Eça & Outras, IIIª. Série, n.º 84 – domingo, 25 de outubro de 2015; propriedade dos Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana; Cte. n.º 506285685 ; NIB: 001800005536505900154 ; IBAN: PT50001800005536505900154; email: queirosiana@gmail.com; www.queirosiana.pt; confrariaqueirosiana.blospot.com; eca-e-outras.blogspot.com; vinhosdeeca.blogspot.com; coordenação da página: J. A. Gonçalves Guimarães (TE-638); redação: Fátima Teixeira; inserção: Amélia Cabral; colaboração: António Manuel Silva; Licínio Santos