domingo, 25 de dezembro de 2022

Eça & Outras

Ano do Centenário da 1.ª Travessia Aérea Lisboa – Rio de Janeiro e do Bicentenário da Independência do Brasil

Missão comprida…

         No passado dia 31 de outubro terminou a minha carreira de funcionário público em serviço na Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia que exerci desde 1 de setembro de 1983 e desde 1987 como responsável pelo Solar Condes de Resende, aberto ao público a 22 de setembro desse ano para as áreas da História, Arqueologia, Antropologia Cultural e Património, além da história da Casa e da sua íntima ligação à vida e obra de Eça de Queirós. Não vou aqui fazer um balanço destes quase quarenta anos de atividade profissional, pois não é a hora nem o local para tal. O meu curriculum académico e profissional está disponível e creio que lá consta tudo o que importa saber.

Nesta circunstância em primeiro lugar um agradecimento a todos aqueles que têm trabalhado comigo e acreditado nos projetos em que colaborei, implementei ou desenvolvi e que para eles contribuíram com dedicação. Os êxitos foram também dessa equipa pequena, oscilante, mas com persistências abnegadas. Os falhanços, os fracassos, na parte que me cabe, foram da minha inteira responsabilidade.

O meu trajeto como historiador foi uma escolha consciente e assumida. Mas logo na faculdade dei conta da falta de consciência profissional que existia no sector e, ainda como aluno, procurei equacionar as possibilidades do exercício da História também a nível local. Tendo começado por estudar o que havia publicado sobre a minha terra de nascimento, rapidamente conclui que nunca tinha existido aí qualquer exercício de historiografia profissional. As publicações sobre o tema tinham sido escritas por memorialistas com outras profissões que se limitavam à repetição do já sabido sem qualquer aparato crítico. Sabia, pois, o que me esperava.

Tendo sido em 1982, ainda na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, um dos fundadores do Gabinete de História e Arqueologia de Vila Nova de Gaia, tudo começou com a publicação do livro O Foral de Gaia de 1255, que escrevi em co-autoria com José Moreno Afonso e Raul Solla Prata, que antecedeu a minha entrada para os serviços da câmara, a qual coincidiu com a assunção por parte da autarquia daquele Gabinete como grupo de trabalho autárquico para a organização das 1.as Jornadas de História Local e Regional em novembro de 1983, a que se seguiram outras ações no âmbito das comemorações dos 150 anos da restauração do município no ano seguinte, até ao 1.º Congresso Internacional sobre o Rio Douro (1986), a organização das 1.as Jornadas de Antropologia Cultural (1987) e outros eventos que ficaram registados em muitas publicações ainda hoje consultadas. Estando os historiadores e arqueólogos gaienses organizados em volta daquele grupo, havia que revelar os que localmente exerciam atividades nas Artes Plásticas, e daí nasceu a Cooperativa Artistas de Gaia então dirigida pelo escultor e professor Jaime Azinheira; os literatos e estudiosos da Literatura, que deram origem à criação de uma efémera Associação de Escritores de Gaia, e também dos que praticavam a arte dos sons.

Já com o serviço instalado no Solar Condes de Resende, adquirido pela autarquia em 1984, mas a precisar de grandes obras de adaptação, aí se realizaram em 1988 as sessões do Congresso Internacional sobre Bartolomeu Dias e a sua Época e em 1990 as do IV Encontro Luso-soviético de Historiadores, ambos em colaboração com a Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Tendo, entretanto, iniciado, em horário pós-laboral, a minha atividade docente na Universidade Portucalense Infante D. Henrique em 1991, também no Solar implementei os cursos livres que até hoje contam já com trinta edições. Nesse mesmo ano saiu a público o Roteiro Camiliano de Vila Nova de Gaia, depois complementado com o Garrettiano (1999) e o Queirosiano (2000). Em 1992 publico o estudo sobre o Núcleo de Cerâmica Esmaltada Peninsular da Baixa Idade Média e em 1993 abre ao público o Núcleo Museológico de Arqueologia durante o 1.º Congresso de Arqueologia Peninsular, enquanto ia selecionando alguns dos meus melhores e capazes alunos para estudarem alguns outros núcleos museológicos aí depositados, como o de Armas de Fogo (Mário Peneda, 1994), Cerâmica Popular (Carla Pinto, 1995), ou dando-os a conhecer para esse fim a especialistas, como o Núcleo Egípcio ao egiptólogo Luís Manuel de Araújo da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1994), o Núcleo da Amazónia ao arqueólogo Sérgio Pereira (1995), o Núcleo Chinês a Ana Maria Amaro do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas de Lisboa (2010) a que outros se seguiram até à atualidade, prática essa de que resultou a edição de vários livros e dezenas de artigos científicos. Em 1995 tiveram início as comemorações anuais do aniversário de Eça de Queirós que ainda hoje se realizam. Continuava então o trabalho de investigação e divulgação da História Local e a sua relação com o mundo, o apoio a escavações arqueológicas, como as realizadas no Castelo de Gaia ou no Castelo de Crestuma, e a continuação do levantamento do Património gaiense. Em 1996 o Solar secretariou o 2.º Congresso Internacional Sobre o Rio Douro e organizou uma mesa redonda sobre a Idade do Ferro na Europa. No ano 2000 recebe umas jornadas sobre Cabo Verde e em 2002 acolhe uma exposição de Papeis Recortados Chineses e mais tarde uma outra de Instrumentos Musicais Tradicionais Chineses, enquanto Susana Guimarães fazia a história da Casa a partir do Arquivo Condes de Resende aí depositado, que em 2005 apresentaria como dissertação de mestrado na FLUP (A Quinta da Costa…, 2006).

Em finais de 2002 é criada a associação dos Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana que passou também a divulgar as atividades e serviços do Solar, bem assim como novas abordagens da vida e obra de Eça de Queirós e da “Geração de 70” em todo o Portugal e Brasil e a concretizar aí diversos projetos e programas, como o dos investigadores-tarefeiros que, entre outros textos publicados na Revista de Portugal ou noutros títulos, escreveram os livros A Companhia de Fiação de Crestuma… (Maria de Fátima Teixeira, 2017); Cultura e lazer. Operários em Gaia… (1893-1914) por Licínio Santos, idem, e Eça de Queirós e o Caminho-de-Ferro (Joana Almeida Ribeiro, 2019), e outros que aguardam publicação. Tendo vindo a receber alguns espólios culturais, como o do escritor J. Rentes de Carvalho em 2011 e a queirosiana de Charters d’Azevedo em 2016, entre outros que vieram enriquecer as coleções depositadas no Solar, a Confraria tem colaborado na realização dos cursos do Solar e na sua certificação oficial, enquanto o seu capítulo anual se transformou na festa de afirmação pública da instituição.

Tendo ao longo destes anos colaborado com peças do seu espólio em exposições nacionais e internacionais, em tempos mais recentes o Solar esteve presente na exposição europeia In Tempore Sueborum em Ourense, Galiza (2017) e tem colaborado com aquela associação na concretização dos volumes do Património Cultural de Gaia, cuja coordenação geral é da minha responsabilidade.

Como escreveu Eça de Queirós, patrono do Solar Condes de Resende onde tem uma estátua, «O homem é um resultado, uma conclusão e um produto de circunstâncias que o envolvem – circunstâncias de clima, de alimentação, de ocupações, de religião, de política, de arte, de cultura» (colaboração no Distrito de Évora – III. Cartas Inéditas a Fradique Mendes). Certamente que o meu trabalho no Solar foi uma importante etapa na minha vida profissional, comprida de quase quatro décadas, e também certamente no futuro, agora como simples cidadão, como sócio da sua associação de Amigos e como o profissional da História que continuarei a ser. 

J. A. Gonçalves Guimarães

secretário da direção da ASCR-CQ

Falecimento

Doutora Susana Moncóvio

No passado dia 13 de dezembro faleceu a nossa Cara Colega, membro da direção da associação Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana, Susana Maria Simões Moncóvio. A ilustre finada era Doutora em História da Arte Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde em 2014 apresentou a tese «O Centro Artístico Portuense (1880-1893). Socialização do ensino da História e da Arte moderna no Portugal de oitocentos», tendo publicado muitos outros ensaios sobre História da Arte e dedicado também o seu labor ao estudo e divulgação da vida e obra de Eça de Queirós, seus familiares e contemporâneos, deixando-nos vários artigos sobre estas matérias na Revista de Portugal e em outros títulos da imprensa académica.

Atividades da Confraria



No passado dia 3 de dezembro, sábado, pelas 21,30 horas, o grupo cantante da Confraria Queirosiana, os “Eça Bem Dito”, atuou numa conferência-concerto de homenagem à memória de Adriano Correia de Oliveira que decorreu no Centro Recreativo de Mafamude em Vila Nova de Gaia. Tendo na ocasião o historiador J. A. Gonçalves Guimarães feito uma abordagem às origens e evoluções da canção coimbrã em Vila Nova de Gaia, sob a direção da pianista Maia João Ventura o grupo composto por Fátima Faria, Cristiana Borges, José Bordelo, Valença Cabral e o conferencista interpretou fados e canções académicas dos finais do século XIX e princípios de XX, nomeadamente a célebre «Samaritana» da autoria do ator e melodista gaiense Álvaro Cabral. Neste programa tiveram a boa companhia do grupo “Musicanto” do Centro Recreativo de Mafamude.

Jantar de Natal

         No passado dia 13 de dezembro decorreu no bar do Solar Condes de Resende o habitual Jantar de Natal dos corpos gerentes da ASCR – Confraria Queirosiana e dos funcionários do Solar Condes de Resende, a que esteve presente a vereadora do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Eng.ª Paula Carvalhal. Para além dos votos próprios da época, usaram da palavra o presidente da direção, José Manuel Tedim, o secretário da direção e ex-responsável pelo Solar, J. A. Gonçalves Guimarães, o atual responsável João Fernandes e a vereadora Paula Carvalhal, tendo todos salientado a excelente colaboração entre ambas as instituições e augurando a continuidade dessa boa relação nos projetos futuros.

Projeto de investigadores-tarefeiros

Na reunião da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia de 19 de dezembro foi renovada a dotação financeira para a continuação do projeto dos investigadores-tarefeiros no Solar Condes de Resende sob a responsabilidade do Gabinete de História, Arqueologia e Património da ASCR-Confraria Queirosiana. Tendo tido início em 2005, desde então e ao longo destes anos, a ASCR-CQ selecionou licenciados em História, História da Arte, Arqueologia e Património desempregados, ou que não tinham emprego fixo a tempo inteiro, com o objetivo de manterem o Solar aberto ao público fora das horas habituais de serviço à semana e também aos sábados, domingos, feriados e dias de tolerância de ponto dos funcionários da autarquia. Nesse horário, para além de manterem o Solar aberto, incluindo o acesso aos jardins e às hortas cultivadas pelos seus comodatários, aqueles investigadores dão informações aos munícipes e grupos de visitantes sobre o Património Cultural de Gaia, anotam os seus pedidos de informações, fazem visitas guiadas e dedicam-se à investigação sobre diversos temas na sua área profissional, produzindo estudos apresentados em público e publicados em diversos títulos da imprensa académica e outra, participando ainda ativamente em diversos acontecimentos culturais locais, regionais e mesmo nacionais e internacionais com os resultados das suas investigações. O trabalho de direção do projeto e da sua rentabilização é feito graciosamente e de forma voluntária pelo membro da direção que o criou. Nos cerca de 17 anos de funcionamento que este projeto já tem, produziu resultados que estão em permanente consulta e que com certeza perdurarão nos anais da Cultura do município. 

Curso no Solar

         Prosseguirá no próximo ano no Solar Condes de Resende o curso livre, presencial e por videoconferência «O Brasil duzentos anos depois», organizado pela Academia Eça de Queirós (ASCR-CQ), certificado pelo Centro de Formação de Associação de Escolas Gaia Nascente (Ministério da Educação) e com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (Solar Condes de Resende). Durante o mês de janeiro de 2023 estão agendadas as seguintes sessões: sábado 07 - «A Corte Portuguesa no Brasil» pelo Prof. Doutor José António Oliveira; sábado 21 - «D. Pedro Príncipe, Imperador e Rei» pelo Professor Doutor Francisco Ribeiro da Silva; sábado 28 - «A escravatura africana e o Brasil» pelo Prof. Doutor J. A. Gonçalves Guimarães. Para frequentar este curso é necessária inscrição prévia respetivo pagamento.

Livros


Na Biblioteca Passos Manuel do Palácio de São Bento (Assembleia da República) decorreu no passado dia 15 de novembro o lançamento do livro A Revolução de 1820. Leituras e Impactos, as Atas do Congresso Internacional do Bicentenário da Revolução de 1820 que decorreu em Lisboa entre 11 e 13 de outubro de 2021 na Assembleia da República e na Fundação Calouste Gulbenkian. O volume foi organizado por Miriam Halpern Pereira, Ana Cristina Araújo, Daniel Alves, Jorge Fernandes Alves, José Luís Cardoso, Maria Alexandra Lousada e Zília Osório de Castro e é uma edição conjunta da Assembleia da República e da Imprensa de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, tendo sido apresentado por Isabel Corrêa da Silva e Pedro Tavares de Almeida, sendo também uma edição comemorativa do bicentenário do Constitucionalismo Português. Entre os vários textos aí publicados contam-se os dos investigadores J. A. Gonçalves Guimarães sobre «Os negociantes da praça do Porto e a Revolução de 1820», p. 429-443. O livro, com 844 páginas e a participação de mais de cinquenta autores de vários países, abre com textos alusivos ao evento de Eduardo Ferro Rodrigues, à data presidente da Assembleia da República; Guilherme d’Oliveira Martins, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian; Miriam Alpern Pereira, presidente da comissão organizadora do Congresso; e de Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa.


Neste ano em que se celebram os 450 anos da 1.ª impressão de Os Lusíadas de Luís de Camões, a efeméride é um bom pretexto para a releitura da obra-mãe das Letras pátrias, como tem grandes hipóteses de voltar a suscitar alguma curiosidade sobre o autor e a génese da sua obra, o seu ordenamento e significantes, as emulações, e até as desencontradas interpretações e críticas ao longo dos tempos. Ricardo Charters d’ Azevedo, na sua incansável “cruzada” de divulgação das gentes e fastos leirienses, através da editora Hora de Ler, colocou à disposição dos interessados uma edição fac-similada da obra Análise dos Lusíadas de Luís de Camões do «filósofo, humanista e latinista» Jerónimo Soares Barbosa, que teve primeira edição pela Imprensa da Universidade de Coimbra em 1859. Uma revisitação oitocentista da obra maior de Camões.

Palestras, Colóquios e Congressos

Escola do Palheirinho, Avintes

         Entre 4 de novembro e 6 de dezembro decorreram em Avintes as comemorações dos 125 anos da fundação da Escola do Palheirinho celebrados na Casa da Cultura Francisco Marques Rodrigues Júnior. Foram palestrantes no Fórum «O Ensino e a Escola do Palheirinho», entre outros, os historiadores, Abel Barros, António Conde e Paulo Costa. Ente outras iniciativas, a efeméride ficou ainda assinalada com a emissão de um selo postal.

Estudos Museológicos

Nos passados dias 24 e 25 de novembro decorreu na Universidade de Évora o VI Fórum Ibérico de Estudos Museológicos, subordinado ao tema «Novas Perspetivas de Investigação», organizado desde 2017 pelo CIDEHUS – Centro Interdisciplinar de História, Cultura e Sociedades da Universidade de Évora e o IHA – Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Entre os muitos investigadores presentes, a Confraria Queirosiana e a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia estiveram representadas pelo Dr. João Luís Fernandes do Solar Condes de Resende que apresentou a comunicação «Coleção Marciano Azuaga – Gaia e Porto na segunda metade do século XIX e primeira década do século XX», uma análise do enquadramento social, familiar, cultural, geográfico e intelectual do colecionador, procurando explicitar de que forma essa mesma tessitura social propiciou o surgimento da coleção e a sua preponderância no contexto da sociedade mais ilustrada e socialmente empenhada dos finais do século XIX e inícios do seguinte em Vila Nova de Gaia e Porto.


No dia 7 de dezembro em Ponte de Lima decorreram no Auditório Municipal as 1.as Jornadas «Pela Rota do Loureiro. Vinho, Turismo, Economia, História e Património» organizadas pela Associação Portuguesa da História da Vinha e do Vinho (APHVIN/ GEHVID), sob a direção do Prof. Doutor António Barros Cardoso, e patrocinadas pela câmara municipal, onde estiveram presentes investigadores de diversos centros de investigação de várias universidades e institutos. Representando o Gabinete de História, Arqueologia e Património (ASCR-CQ) esteve presente J. A. Gonçalves Guimarães que apresentou a comunicação «O culto de São Gonçalo no Alto Minho. Vinho na cultura popular».

História e Folclore

         No próximo dia 26 de dezembro, segunda-feira, pelas 21,15, na sede da coletividade, o historiador Dr. Henrique Guedes fará uma conferência sobre o «Rancho Regional de Gulpilhares: o Folclore ao Encontro da História» integrada nas comemorações do 86.º aniversário da coletividade.

Os santos de nome Gonçalo

         Tendo em conta que a 15 de janeiro próximo ocorre em Vila Nova de Gaia a interessante romaria a São Gonçalo e que J. A. Gonçalves Guimarães fez recentemente uma conferência em Torres Vedras sobre São Gonçalo de Lagos, o padroeiro local, no próximo dia 29 de dezembro, entre as 18,30 e as 19,30 a partir do Solar Condes de Resende, presencialmente e por videoconferência, na rubrica “palestras das últimas quintas-feiras do mês” aquele investigador vai repetir a palestra «O culto popular aos santos de nome Gonçalo em Portugal e Brasil. Uma abordagem histórica, arqueológica e antropológica», com especial incidência na romaria gaiense. A participação não tem custos para os interessados.

Prémios

Prémio Apha/ Millenium José-Augusto França

A APHA – Associação Portuguesa de Historiadores da Arte atribuiu recentemente o prémio APHA/Millennium José-Augusto França 2020/21 que distingue a melhor dissertação e tese de mestrado ou doutoramento do ano no âmbito da História da Arte, tendo concorrido diversos trabalhos de várias universidades portuguesas. O júri foi constituído por Pedro Flor (Presidente da Associação Portuguesa de Historiadores da Arte – Universidade Aberta), António Filipe Pimentel (Museu Calouste Gulbenkian), Begoña Alonso Ruiz (Presidente do Comité Español de Historia del Arte (CEHA), Helena Mantas (Santa Casa da Misericórdia), Maria Teresa Desterro (Instituto Politécnico de Tomar). O prémio foi atribuído a João Luís Fernandes, mestre em História da Arte, Património e Cultura Visual (2020) pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, atual responsável pelo Solar Condes de Resende e sócio da ASCR-Confraria Queirosiana.

Intitulada A Procissão de Cinzas da Venerável Ordem Terceira de São Francisco do Porto: da fundação da Ordem a 1905, a dissertação foi desenvolvida sob a orientação da Prof.ª Doutora Ana Cristina Sousa e do Prof. Doutor Hugo Barreira, aborda a diacronia daquela manifestação em contraponto com o contexto social, religioso e artístico da cidade do Porto, utilizando como fontes principais documentação inédita do Arquivo Histórico daquela instituição.

Prémio Melhor Docente

         A 30 de novembro passado, a Porto Business School, a Escola de Negócios da Universidade do Porto para o ensino pós-graduado e formação avançada em Gestão sediada na Senhora da Hora, Matosinhos, na sua 12.ª edição desta distinção, atribuiu o Prémio Melhor Docente da Pós-Graduação em Marketing Management ao Prof. Doutor Carlos Brito.

Tomada de posse

         No passado dia 20 de dezembro, na sede da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia, tomaram posse os recentemente eleitos Órgãos Sociais desta instituição, que têm como presidente da direção o Dr. Manuel Moreira, membro dos corpos gerentes da ASCR-CQ, e como vogal, entre outros, o Prof. Doutor Salvador Almeida, presidente da direção da Associação Cultural Amigos de Gaia e sócio da ASCRCQ.

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Eça & Outras, III.ª série, n.º 172, domingo, 25 de dezembro de 2022; propriedade da associação cultural Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana; C.te n.º 506285685; NIB: 0018000055365059001540; IBAN: PT50001800005536505900154;  email: queirosiana@gmail.com; www.queirosiana.pt; confrariaqueirosiana.blospot.com; eca-e-outras.blogspot.com; vinhosdeeca.blogspot.com; coordenação do blogue e publicação no jornal As Artes Entre As Letras: J. A. Gonçalves Guimarães (TE-164 A); redação: Fátima Teixeira; inserção: Amélia Cabral; colaboração: João Luís Fernandes