terça-feira, 25 de novembro de 2025

 

Eça & Outras, III.ª série, n.º 207, terça-feira, 25 de novembro de 2025

 

IIº Centenário do nascimento de Camilo Castelo Branco (1825-1890)

 

A Coleção Azuaga regressa ao usufruto dos cidadãos

Em quatro salas da ala norte do Solar Condes de Resende recentemente reencontrou o seu público uma boa parte da coleção oitocentista organizada por Marciano Azuaga (1840-1905), antigo ferroviário que foi chefe da estação das Devesas e que em 1904 a doou ao Município de Vila Nova de Gaia que nunca a tratou devidamente, sequer como decorria do compromisso de a ter recebido. O Museu Azuaga e o Museu de Numismática eram as duas únicas coleções públicas locais no princípio do século XX, tendo estado abertas ao público, em más condições, até aos anos trinta, quando a autarquia decidiu comprar ao escultor Teixeira Lopes (1866-1942) a casa-atelier onde este vivia e trabalhava com o seu recheio, que daí em diante passou a ser designada como Casa-Museu com o seu nome, e onde ele continuou a viver até à sua morte. Esta opção “encaixotou” as peças daqueles dois “museus”, tendo a coleção Azuaga sofrido desde então diversas vicissitudes, até que nos anos setenta transitou para uma arrecadação do novo edifício da Biblioteca Municipal, onde se quedou até aos anos oitenta afastada do público. Em 1987 transitou para o Solar Condes de Resende, então ainda em obras de adaptação, que não contemplaram a criação de salas adequadas para reservas desta coleção.

Com mais de duas mil e setecentas peças provenientes de todos os continentes, de várias épocas e de diversíssimos materiais, foi recebendo “incorporações posteriores” aos inventários iniciais, nomeadamente peças arqueológicas e etnográficas locais ou regionais, além de outra natureza, que lhe foram sendo acrescentadas. Mas até à década de noventa do século passado muito poucas destas peças foram estudadas e os seus estudos publicados, conforme se pode constatar pela sua bibliografia. E, no entanto, a coleção, no seu todo ou algumas delas, tinham já recebido a atenção de Leite de Vasconcelos, Ricardo Severo, José Fortes e sobretudo de Armando de Mattos, que nos anos trinta, como diretor da Biblioteca e dos Museus Municipais de Vila Nova de Gaia (o Azuaga e o de Numismática), e sobretudo como investigador, não só sobre elas publicou vários estudos, como os deu a conhecer e tentou impedir a sua anulação cultural. Quando tal aconteceu, foi-se embora.

Desde então, a falta de quadros profissionais no município nas áreas da História, História da Arte, Arqueologia, Antropologia Cultural e Museologia mantiveram a coleção num olvido indicador de forte atraso cultural. Já vários investigadores compararam esta coleção com a do Museu Allen do Porto, do Museu de Manchester ou do Museu de Artes e Tradições Populares de Paris, mas essas coleções caíram em boas mãos, quer autárquicas, quer universitárias, quer estaduais, para até hoje cumprirem com garbo e novidade as suas missões. Com a coleção Azuaga, só após a criação do Gabinete de História e Arqueologia de Vila Nova de Gaia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 1982 e da sua implantação como grupo de trabalho autárquico em Vila Nova de Gaia é que a situação começou a mudar, devagar certamente, mas de forma decidida. Com a transferência de boa parte da coleção para o Solar Condes de Resende em 1987, onde já vinham sendo estudadas pelo Gabinete desde 1984 as peças da Necrópole de Gulpilhares e outras do núcleo de Arqueologia, é que na realidade começou o estudo pontual de algumas outras peças e núcleos. Como seu responsável a partir daquela data, não só estudei alguns e os dei a conhecer, como procurei atrair para essa tarefa, normalmente não remunerada, alguns especialistas de várias universidades, estagiários académicos bem orientados, alunos meus da Universidade Portucalense Infante D. Henrique e docentes e alunos da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto que comigo colaboravam nas semanas de estudos especializados do Museu de Sítio de Ervamoira no Vale do Côa, e outros investigadores profissionais com créditos firmados. Tendo a coleção uma muito significativa variedade e qualidade de núcleos cerâmicos, não admira que tenha sido em sua volta que se desenvolveram muitos dos seus estudos, para além de outros trabalhos. Assim foram sendo publicados, ou ainda estão à espera de publicação, de J. A. Gonçalves Guimarães (espólio do III.º milénio de Sintra, 1990; cerâmica esmaltada peninsular, 1992; núcleos cerâmicos, 1996; Bordalo Pinheiro, 1997; Ossela (com António Manuel S. P. Silva), 1998; retratos reais (com Susana Guimarães), 2000; 2006 e 2008; faianças, 2001; documentos chineses, 2005; objetos arqueológicos e outros de Trás-os-Montes e Alto Douro (com Eva Cristina Baptista e Maria de Fátima Teixeira), 2006; porcelanas chinesas, 2006; núcleo chinês (com Susana Guimarães), 2010; militária das Invasões Francesas (idem), 2011; aprestos e arreios equestres (idem), 2016; faiança inglesa, 2011; arqueologia em geral e vaso grego (idem), 2022; Maria José Lobato (machados de bronze, 1993; necrópole de Gulpilhares, 1996); Maria Cristina de Mendonça (cabeças humanas mumificadas, 1994); Mário Pedro Ribeiro Cordeiro Peneda (armas de fogo, 1994); Carla Cristina Teixeira Pinto (cerâmica popular, 1995; Niza e Estremoz, 1996; barros negros, 1997); Luís Manuel de Araújo (núcleo egípcio, 1995); António Sérgio dos Santos Pereira (índios do Brasil, 1995); Sónia Oliveira; Isabel Ferreira; Ana Cristina Prata (azulejos holandeses, 1996); José Manuel Grosso Silva (organismos marinhos, 1997); Sandra Passos Osório Arteiro Moreira (fósseis, 1999); Susana Cistina Gomes Gonçalves Guimarães (alfaias agrícolas, 2000); Elizabete Maria C. A. Martins de Carvalho; Paulo António dos S. P. da Rocha (núcleo mineralógico, 2007); Susana Moncóvio (peças artísticas, 2012); e Maria Inês Pires Vinagre (azulejos, 2019).

Importa também aqui recordar que nesta ação de valorização da coleção Azuaga várias das suas peças foram, entretanto, apresentadas em exposições temáticas, não apenas em Vila Nova de Gaia, mas também na Bretanha, França (Abadia de Daoulas); Lisboa (Museu de Etnologia e Museu das Comunicações); Oliveira de Azeméis (Museu local); Régua (Museu do Douro) e Vila Real (Museu de Arqueologia e Numismática).

Deixo aqui um agradecimento muito especial a Susana Guimarães que durante anos comigo trabalhou no Solar Condes de Resende na gestão desta coleção, na sua conservação e disponibilização para estudo, tendo realizado ela própria os trabalhos que acima se indicam e em 2018 comigo elaborado o estudo «Universalidade da coleção Marciano Azuaga e incorporações posteriores» desde então ali disponível e recentemente publicado com o título O Museu Azuaga na génese dos museus gaienses. Vila Nova de Gaia: ASCR – Confraria Queirosiana, 2025.

Agora que uma boa parte da coleção voltou a encontrar-se com o seu público com o apoio da vereadora Paula Carvalhal e com a qualidade profissional pelos colegas João Luís Fernandes e Lídia Baptista, aqui fica assinalada esta recente reparação que o município de Gaia devia à memória de Marciano Azuaga e à sua generosidade. E também aos investigadores profissionais que a mantiveram viva e que, com os seus trabalhos, evidenciaram a sua mais valia cultural, pelo menos «entre aqueles, porém, felizmente numerosos, que têm a religião do objeto de arte, e para quem o colecionar é a forma superior do viver…» (Eça de Queirós, Notas Contemporâneas).

 

J. A. Gonçalves Guimarães

historiador

 

XXIII.º Capítulo Anual



No passado dia 22 de novembro decorreu no Solar Condes de Resende o XXIIIº capítulo da Confraria Queirosiano com a presença de oitenta confrades e acompanhantes de Portugal e do Brasil, a partir das 10, 30 da manhã, quando o Secretário de Estado da Cultura, Dr. Alberto Santos, o adjunto da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Dr. Paulo Ferreira do Amaral em representação do presidente Dr. Luís Filipe Meneses, J. A. Gonçalves Guimarães, presidente da Confraria Queirosiana e o Dr. João Fernandes responsável pelo Solar Condes de Resende, estando também presente a ex-vereadora do pelouro da Cultura da Câmara de Gaia, Eng.ª Paula Carvalhal na sua qualidade de confrade e dos novos que iam ser insigniados na sessão que em breve iria decorrer, procederam à abertura ao público da Sala Rentes de Carvalho que passa ali a homenagear a vida e obra do escritor que presentemente se encontra em Amsterdam com os seus 95 anos ativos e atentos. Após este ato dirigiram-se ao salão nobre já cheio de confrades e acompanhantes onde formaram a mesa e o agrupamento musical Eça Bem Dito entoou o Hino de Gaia. Seguidamente o presidente da assembleia geral Prof. Doutor José Manuel Tedim saudou as entidades e associações presentes e lembrou os confrades que foram distinguidos no ano presente.

Seguidamente o Prof. Doutor Luís Manuel de Araújo, diretor da Revista de Portugal, apresentou o seu nº 22, a que se seguiu a interpretação do Hino D. Pedro IV para introduzir o momento da saudação da Academia Alagoana de Letras feita pelo seu presidente Doutor Alberto Rostand Lanverly, que na ocasião entregou à Confraria Queirosana uma placa comemorativa desta visita.

Foram insigniados os novos confrades, grau leitor: Dr.ª Ângela Moreira; Dandara Correia de Lima; e Eng.ª Nádia Oliveira. Grau Leitor: Dr. João Bernardo Pena Gouveia de Campos e Dr. Manuel Gonçalves Morim. Como confrades de honra, grau mecenas, a Dr.ª Manuela Fernanda da Rocha Garrido; e o Eng.º Mário Armando Martins Duarte; grau louvado, o Ator Francisco de Assis; grau mecenas, o Dr. Alberto Santos, secretário de estado da Cultura; escritor e fundador da Escritaria. Pelos insigniados falou o Ator Francisco de Assis que declamou alguns poemas e exprimiu o quanto se sentia honrado por passar a fazer parte da confraria falando seguidamente o Dr. Alberto Santos sobre a vida e obra de Eça de Queirós, após o que os novos confrades, acompanhados por toda a assistência fizeram o juramento e entoaram, com os Eça Bem Dito, o Hino da Confraria. A mesa e os novos confrades dirigiram-se depois ao jardim das Camélias onde depor uma coroa de loureiro na estátua de Eça de Queirós e fazer as fotografias habituais, bem assim como na escadaria do pátio do Solar.

O programa continuou com um almoço numa quinta de eventos perto, no final do qual atuou a Academia do Fado, da Canção e da Guitarra de Coimbra aqui representada por Hélder Ribeiro (guitarra); João Figueiredo (viola); António Ribeiro e Luís Réis (cantores), a que se seguiu um novo momento literário pelo ator e poeta brasileiro Francisco de Assis, com poemas de José Régio e prosa de Eça de Queirós.



A ASCR-CQ esteve em…

No sábado, dia 1 de novembro, os dirigentes J. A. Gonçalves Guimarães e António Manuel S. P. Silva estiveram na Biblioteca Pública de Perosinho no lançamento do livro do nosso confrade escritor Afonso Reis Cabral, O Último Avô recentemente editado pela D. Quixote. Perante uma sala repleta o autor explicou a génese do livro e as andanças interiores da narrativa até esta forma agora publicada, que bem trazer ao seu público a problemática das memórias da geração que esteve na Última Guerra Colonial Portuguesa, no caso vertente a inventar uma narrativa para esconder frustrações desenvolvidas naquele conflito, uma espécie de trauma deixado pelo que não foi, mas poderia ter sido. Esta obra foi Prémio Leya e Prémio Literário José Saramago.

No dia 20 de novembro, J. A. Gonçalves Guimarães, por convite do Chefe do Estado Maior do Exército e do Ajudante-General do Exército, esteve presente a representar a associação no Dia Festivo do Comando do Pessoal do Exército que decorreu no Quartel de Santo Ovídio no Porto, com a presença das mais altas hierarquias deste ramo das Forças Armadas, de militares no ativo e na reserva, pessoal civil, familiares e convidados, durante o qual foi apresentado pelo coronel Homero Abrunhosa comandante da unidade aquartelada na Serra do Pilar, o livro por si organizado Quartel da Serra do Pilar: Fé e Fortaleza, com a presença dos autores (ver abaixo). Seguiu-se um momento musical por uma orquestra destacada da Banda Militar em que atuaram três dos seus solistas, seguindo-se um almoço de confraternização.

 


Nesse mesmo dia, António Pinto Bernardo, em representação da direção da ASCR-CQ e o ator Francisco de Assis confrade de honra a ser insigniado dia 22, estiveram presentes na abertura do Congresso Internacional Eça com Norte nos 180 anos do seu nascimento, o qual decorreu no Marco de Canavezes no Centro Cultural Emergente, organizado pela autarquia local com a colaboração da Clepul (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias), universidades de Aveiro, Lisboa, Complutense (Madrid) e Porto (FLUP) e o apoio da Confraria Queirosiana e da Fundação Eça de Queiroz, ente outras entidades. A conferência de abertura, sobre o tema «Eça de Queirós e a estética como revolução», foi proferida pela nossa confrade honorária Professora Doutora Isabel Pires de Lima. Nas diversas sessões participaram, entre outros, os nossos associados e confrades Irene Fialho e Mário Cláudio.

Ainda no dia 20 de novembro, mas às 21 horas, J. A. Gonçalves Guimarães em representação da direção, participou na 1.ª Mostra Associativa de Canelas organizada pela respetiva Junta de Freguesia, onde apresentou os objetivos da associação e as suas principais atividades nesta realização que juntou quinze coletividades das mais diversas atividades e enquadramentos institucionais da Igreja Católica, da Igreja Adventista e associações laicas.

 

A ASCR-CQ organiza e promove…

Palestra das últimas quintas-feiras do mês

A próxima palestra será na quinta-feira, dia 27 de novembro, entre as 18,30 e as 19,30 horas e terá como tema «As capas da nova série da Revista de Portugal» e será palestrante J. A. Gonçalves Guimarães, presidente da direção da ASCR-CQ.

Curso sobre os 200 anos de Camilo Castelo Branco

Prossegue no Solar Condes de Resende este curso livre evocativo dos 200 anos do nascimento de Camilo Castelo Branco (1825-2025) organizado pela Academia Eça de Queirós dos Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana iniciado a 4 de outubro passado. Depois da primeira lição proferida pelo Prof. Doutor Sérgio Sousa, da Universidade do Minho, sobre «Teoria da Literatura: o que é? Para que serve?», a segunda sobre «Camilo Castelo Branco e Vila Nova de Gaia» realizou-se no dia 11 de outubro, proferida pelo Prof. Doutor J. A. Gonçalves Guimarães, da Academia Eça de Queirós e a terceira no dia 25 de outubro sobre «A Gastronomia em Camilo» pela Prof. Dr.ª Elzira Queiroga, da Casa de Camilo – Centro de Estudos Camilianos de Vila Nova de Famalicão. No dia 8 de novembro o Dr. João Luís Fernandes falou sobre «Abade Santana de Mafamude, personagem camiliano» e no próximo dia 29 de novembro, a Prof.ª Doutora Cármen Matos Abreu falará sobre «Retratos de Gaia pela objetiva literária»

 

Atividades dos Associados

 


No passado dia 7 de novembro no Engenho da Barra, Barra de São Miguel, Alagoas, Brasil, uma mesa redonda sobre os 200 Anos de Camilo Castelo Branco e das Relações Diplomáticas entre Brasil e Portugal promovida pela Academia Alagoana de Letras, na qual foram palestrantes Alberto Rostand Lanverly, Diógenes Tenório Júnior e Fernando Maciel.

A 22 de novembro o nosso confrade de honra Eng.º Ricardo Charters-d’Azevedo proferiu uma conferência sobre o Almanach de Gotha na Casa das Artes em Arcos de Valdevez no âmbito do 7.º Congresso Internacional “A Casa Nobre um património para o futuro”

 

Publicações: livros e revistas




No passado dia 20 de novembro no Quartel de Santo Ovídio no Porto, conforme acima se noticia, foi lançado o livro Serra do Pilar Fé e Fortaleza Faith and Strength, organizado pelo Coronel Homero Gomes Abrunhosa, com a colaboração de Micael Angelo de Oliveira Fernández, e a autoria de vários autores nas suas 168 páginas: J. A. Gonçalves Guimarães que escreveu o capítulo I. Moldura Paisagística Landscape Framework (pp. 6-16); II. O Mosteiro, Edificação e Ocupação Religiosa The Monastery, Edification and Religious Occupation (pp. 7-41); e ainda O culto religioso na Serra do Pilar The religious worship in Serra do Pilar (pp. 129/130); o capítulo III, O Quartel da Serra do Pilar ao longo da História é da autoria do Prof. Doutor Sérgio Veludo Coelho; o capítulo IV, O quartel da Serra do Pilar desde a segunda metade do século XX, da autoria dos Tenentes Coronéis José Baptista e Alexandra Nascimento. O capítulo V, Património e Memória relata diversos aspetos específicos ou muito localizados no tempo, escritos ou compilados por J. A. Gonçalves Guimarães, Dr.ª Manuela Alves, Sérgio Veludo Coelho e pelos organizadores da edição, equipa que trabalhou a partir do Quartel da Serra do Pilar, Vila Nova de Gaia, sendo a edição inteiramente bilingue da responsabilidade do Exército Português.

A obra foi prefaciada pelo General Chefe do Estado-Maior do Exército, Eduardo Manuel Braga da Cruz Mendes Ferrão; pelo Bispo do Porto, Dom Manuel da Silva Rodrigues Linda; pelo Tenente-General Ajudante-General do Exército, João Pedro Rato Boga de Oliveira Ribeiro, com uma Introdução do Coronel Comandante do Quartel da Serra do Pilar, Homero Gomes Abrunhosa. Tem ainda ilustrações especialmente concebidas para esta edição por Ekaterina Ivannikova, fotografias de Hélder Rodrigues, e o planeamento da edição da Dr.ª Inês Costa e direção de impressão e design de Dr. Lopes de Castro e Dr. Pedro E. Santos, e tradução da Dr.ª Maria Elisa Teixeira.

 


Pela mão da delegação da Academia Alagoana das Letras (AAL) presente no Capítulo da Confraria chegou-nos à mão a Edição 29 da sua Revista anual que tem colaboração de membros da entidade editora, da Academia Brasileira de Letras, da Academia Paulista de Letras e da Confraria Queirosiana. Com uma introdução de Alberto Rostand Lanverly e um seu artigo nas páginas seguintes, aí encontramos textos de confrades comuns como Arnaldo Paiva Filho e Carlos Méro. A Confraria Queirosiana está representada nesta edição por Alexandre Farinhote, historiador e secretário da direção da ASCR-CQ, com o estudo «Emigração gaiense para o Brasil durante a 1.ª Grande Guerra», pp. 203-208; J. A. Gonçalves Guimarães, historiador, presidente da direção da ASCR-CQ e sócio correspondente da AAL, o estudo «O culto de São Gonçalo Garcia: do Japão para o Porto e daí para o Recife e Alagoas», pp. 209-212; e J. Pereira da Graça, juiz conselheiro jubilado e associado da ASCR-CQ, com o texto «Camilo Castelo Branco e a justiça», pp. 213-217.

Como habitualmente, também neste capítulo da Confraria Queirosiana foi lançado mais um número, o n.º 22, desta nova série anual, apresentado pelo seu diretor Prof. Doutor Luís Manuel de Araújo, o qual apresenta o seguinte conteúdo nas suas páginas: o editorial «Eça de Queirós no Panteão» subscrito por J. A. Gonçalves Guimarães, seguido do «In Memoriam de Francisco Javier de Olazabal» associado queirosiano  recentemente falecido, a que se seguem os discursos proferidos no Panteão Nacional aquando da trasladação no dia 8 de janeiro de 2025 por Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa; por José Pedro Aguiar-Branco, presidente da Assembleia da República; a «Evocação fúnebre de Eça de Queiroz» por Afonso Reis Cabral, presidente da administração da Fundação Eça de Queiroz e confrade queirosiano; a «Honras de Panteão Nacional Português a Eça de Queiroz» por Dagoberto Carvalho J.or, confrade queirosiano do Recife, Brasil. Segue-se o exaustivo artigo «Eça de Queirós na Roménia» por Cristina Petrescu professora na Universidade de Cluj-Napoca e, abrindo o outro tema desta revista, o artigo «Camilo a bicentenarizar-se» por J. A. Gonçalves Guimarães. Segue-se a colaboração dos membros da Academia Alagoana de Letras e também confrades queirosianos, o texto «O monstro despertado pelas mãos do homem» por Alberto Rostand Lanverly; «Consequências das publicações das Farpas no Brasil» por Arnaldo Paiva Filho; e «Testemunha de vista» por Carlos Méro. Segue-se o artigo «Rotary Clube de Lisboa, cem anos de solidariedade» por Luís Manuel de Araújo que assina as duas seguintes recensões: «Teresa Pinto Coelho, Eça de Queirós no Egipto e a Abertura do Canal de Suez. Viagem, Orientalismo e Império»; e «António Carlos Silva, Memórias das Pedras Talhas. Fragmentos da vida de um arqueólogo acidental», seguindo a recensão de António Manuel S. P. Silva ao livro lançado na pretérita Feira do Livro do Porto «J. A. Gonçalves Guimarães, Eça & Outras 2. J. Rentes de Carvalho 95 Anos». Segue-se a «Bibliografia 2024» dos associados da ASCR-CQ e o «Relatório de atividades em 2024 da associação Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana» e a divulgação da capa do estudo «O Museu Azuaga na génese dos Museus Gaienses» de J. A. Gonçalves Guimarães e Susana Guimarães. A capa da revista, da autoria de António Rua, apresenta sobre uma gravura do Panteão Nacional em 1863 o cabeçalho registado da revista e as indicações editoriais, as efígies de Eça e de Camilo a dourado legendadas a caixa alta «EÇA NO PANTEÃO» e «CAMILO 200ANOS» com o logótipo da ASCR-CQ: na contra-capa o cartaz do curso a decorrer no Solar Sobre Camilo Castelo Branco, também do mesmo artista gráfico.

 


«…dentro das prisões estão pessoas. Pessoas como todas as outras, com defeitos mas também com qualidades ( e tenho visto reclusos com mais qualidades do que têm pessoas que nunca foram presas), pessoas possuidoras de afetos, pessoas com famílias que as querem bem, pessoas que em fases da vida trilharam cainhos que as levaram à prisão». Esta é uma das frases que o Eng.º Manuel Hipólito Almeida dos Santos, da Obra Vicentina de Apoio aos Reclusos (O.V.A.R.), nos deixa para reflexão como cidadãos preocupados com o seu semelhante neste seu livro sobre o Panorama do Sistema Prisional Português, recentemente editado a propósito de uma amnistia/perdão de penas aceite pela Assembleia da República a propósito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e da Bula do Papa Francisco para o Jubileu de 2025, mas rejeitada pela maioria dos partidos políticos. A obra apresenta uma detalhada análise da atual realidade prisional em Portugal.

 


Na já abundante biografia publicada pelo Doutor Joaquim Armindo Pinto de Almeida sobressaem os livros de poesia e das suas memórias de vida e dos amigos, de infância, dos Jovens do Torne, da tropa, de outras lides profissionais e sociais, de ecologia, de teologia, de ecumenismo, de abraços fraternos. Desta feita, e tal como o livro anterior assinado simplesmente como Joaquim Armindo, Neste livro onde falamos de ti poesia, dedicado aos seus netos, apresenta-nos uma mão cheia de reflexões poéticas e de estórias e pessoas que com o autor calcorrearam em tempos as mesmas ruas de Gaia e do Porto, emoldurados por uma bela pintura de Isabel Ribas que também lhe assina o prefácio.

 

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Eça & Outras, III.ª série, n.º 207, terça-feira, 25 de novembro de 2025; propriedade da associação cultural Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana (Instituição de Utilidade Pública), Solar Condes de Resende, Travessa Condes de Resende, 110, 4410-264, Canelas, Vila Nova de Gaia; C.te n.º 506285685; NIB: 0018000055365059001540; IBAN: PT50001800005536505900154; email: queirosiana@gmail.com; www.queirosiana.pt; confrariaqueirosiana.blospot.com; eca-e-outras.blogspot.com; vinhosdeeca.blogspot.com; coordenação do blogue e publicação no jornal As Artes Entre As Letras: J. A. Gonçalves Guimarães; redação: Fátima Teixeira; inserção: Amélia Cabral; colaboração: Guilherme Silva, fotografia.

sábado, 25 de outubro de 2025

 

Eça & Outras, III.ª série, n.º 206, sábado, 25 de outubro de 2025

IIº Centenário do nascimento de Camilo Castelo Branco (1825-1890)

Francisco de Olazabal e o capilé

No passado dia 30 de setembro faleceu o querido amigo Francisco Javier de Olazabal. Conhecíamo-nos desde os anos oitenta do século passado quando a Casa Ferreira, ainda na posse da família, estava a valorizar o seu património histórico, nomeadamente o seu arquivo, e me encomendou o livro Um Português em Londres…, publicado em 1988. Em 1990, no centenário do Oporto Golf Club, chamou-me a colaborar no livro da efeméride, lançado em 1994. Em volta destes projetos, e dos que se sucederam, em várias visitas e estadias na Quinta do Vale Meão, fomos partilhando grandes conversas sobre o Douro, o Vinho do Porto, a Granja, o Centro Histórico de Gaia…

Filho de Jaime de Olazabal y Mendoça e de Maria do Carmo Rebello Valente de Olazabal, nasceu no Porto em 1938. Descendente de D. João VI, dos duques de Loulé e dos condes da Azambuja, de D. Antónia Adelaide Ferreira e dos condes de Arbelaiz (País Basco), casou com Maria Luisa Nicolau de Almeida,  filha de Fernando Nicolau de Almeida e de Maria José Rosas Nicolau de Almeida, e foi pai de Francisco, Jaime e Luisa. Era um verdadeiro «granjola» (descendente de famílias radicadas no século XIX na Granja, Vila Nova de Gaia) e sabia o nome de todos os seus empregados e colaboradores de Gaia e do Douro, com cujo bem estar se preocupava.

Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, em 2010 a Universdade de Trás-os-Montes e Alto Douro atribuiu-lhe o grau de Doutor honoris causa, cerimónia a que tive o gosto de assistir.

Desempenhou relevantes cargos profissionais no setor vitivinícola: administrador-delegado da Sociedade dos Vinhos do Porto Constantino, adjunto e presidente da administração da A. A. Ferreira, S. A. (Casa Ferreirinha), presidente da Sogrape Distrribuição, S. A., administrador da Sogrape Vinhos de Portugal, S. A. e da Sogrape SGPS.

Em 1994, com seus três filhos, adquire a totalidade da Quinta do Vale Meão, Vila Nova de Foz Côa, fundada nos finais do século XIX por sua trisavó D. Antónia Adelaide Ferreira, tendo constituido a firma F. Olazabal & Filhos, L.da. Em 2002, com a nova geração de vitivnicultores das quintas do Vallado, Niepoort, Vale D. Maria e Crasto, participa na criação dos “Douro Boys” e em 2004 o seu vinho Quinta do Vale Meão 2004 foi pontuado 97 em 100 pela revista Wine Spectator (EUA).

Foi vogal e presidente da direção da Assocação de Exportadores de Vinho do Porto (AEVP); fez parte da direção da Comissão Interprofisional da Região Demarcada do Douro (CIRDD) e foi chanceler da Confraria do Vinho do Porto. E presidente da direção do Oporto Golf Club, sediado em Espinho.

Condecorado pelo Estado Português com o grau de grande oficial da Ordem de Mérito Agrícola a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia atribuiu-lhe a Medalha de Mèrito Profissional, classe ouro.

Em 2014, com a colaboração do Gabinete de História, Arqueologia e Patrimóno, publicou o livro Quinta do Vale Meão, com um prefácio meu, depois de me  incentivar a elaborar o estudo «Vale Meão. Antecedentes de uma quinta vinícola e olivícola no Douro Superior», divulgado na revista Douro, Vinho, História e Património, n.º 3, desse mesmo ano, pp. 143-170.

Muitos destes aspetos recordei em «Quinta do Vale Meão, de Francisco Javier de Olazabal», publicado a 25 de fevereiro de 2016 em eca-e-outras.blospot.com e a 30 de março seguinte no jornal As Artes Entre As Letras. Mas muitos outros poderia recordar, como aquele em que, com sua mulher Maria Luiza me recebeu, com Maria de Fátima Teixeira, no Vale Meão em visita com o escritor José Rentes de Carvalho, de quem eram devotos leitores, numa jornada inesquecível, e em outras posteriores até tempos recentes, pois sempre que o escritor vinha a Estevais do Mogadouro “estava obrigado” a informá-lo ou a combinar juntarmo-nos em almoços celebrativos no restaurante O Lagar em Moncorvo, quantas vezes com outros amigos e seus admiradores, no último dos quais tivemos a presença da Eng.ª Paula Carvalhal vereadora da Câmara Municipal de Vila Nova se Gaia.

Uma das últimas vezes em que convivemos esteve também presente o nosso comum amigo luso-brasileiro Dr. Ricardo Hadad. E aí, mais uma vez, ouvimos as suas estorietas com um impagável sentido de humor das quais quero aqui recordar uma delas com sentido autobiográfico, das muitas que lhe ouvi. Partilhou então connosco que, quando era menino tinha conhecido muito bem a Senhora Dona Sofia, pois frequentava-lhe a casa na Granja. E já então a admirava com suprema reverência devido à sua fama de poeta e escritora, chegando a querer descobrir-lhe o segredo desse carisma e, se possível, imitá-lo E um dia - eureka! - pensou ter descoberto o segredo que tinha de por em prática. Estando em sua casa à hora do lanche, recusou o habitual leite ou chá, afirmando perentoriamente que daí em diante só beberia capilé. A mãe ficou atónita com o ultimato e perguntou ao menino onde teria ele andado a beber essa exótica bebida. E lá veio a revelação: «em casa da Senhora Dona Sofia e é por tal beber que ela é uma grande poeta. E eu, quando for grande, também quero ser conhecido como ela. Por isso a partir de hoje só bebo capilé». E acrescentou: «não acharam piada nenhuma e não me deram capilé a beber, e por isso nunca fui poeta, a não ser de vinhos que espero que suscitem obras primas de literatura». O nosso comum amigo Haddad, também apreciador de poesia e de uma boa estória com humor, não esqueceu a revelação deste senhor dos vinhos e, procurando na sua monumental garrafeira, encontrou uma antiga garrafa de Xarope Capilé da Fábrica Ancora, Lisboa, talvez da mesma marca que Sophia de Mello Breyner Andersen beberia e que fiquei de lhe entregar acompanhada do seguinte bilhete: «Amigo Francisco Olazabal. Ainda há tempo para Poesia. Abraço Ricardo Haddad. 11-12-2024».

Tendo, entretanto, recebido a notícia de que a sua enfermidade se agravara, achei prudente levar-lhos, a garrafa e o escrito, à Granja em dia mais animoso, esquecendo que, mesmo os criadores de famas imorredoiras, como é o caso, não são eternos, e um dia pregam-nos a partida de nos deixarem com estas queridas memórias que aqui partilho com todos aqueles que tiveram o gosto e o prazer de terem conhecido o Vito, como era carinhosamente tratado. E a Granja já há muito tempo que não via tantos amigos juntos na sua capela no adeus que lhe quiseram tributar no passado dia 1 de outubro. «A luz cai, magnífica, sobre isto tudo, tão forte, tao viva, que parece pousar sobre as coisas como uma espécie de névoa luminosa» (Eça de Queirós, O Egito).

J. A. Gonçalves Guimarães

historiador

 

A ASCR-CQ esteve em…

 

Na sequência dos convites que nos foram dirigidos pelos partidos e coligações políticas concorrentes à autarquia ou pela Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia para efeitos de debate de programas e propostas eleitorais, no passado dia 30 de setembro recebemos na sede da ASCR – CQ a visita do Dr. Luís Filipe Meneses e comitiva da coligação Gaia Sempre na Frente (PSD+CDS+IL), que se vieram inteirar do funcionamento da associação; recorde-se, a propósito, que o cabeça de lista referido é confrade honorário desde 2003. No dia 2 de outubro estivemos na sede da FCVNG no colóquio com o Dr. André Araújo, da coligação CDU, e no dia 3 com o Dr. João Martins da coligação Bloco+Livre+… Não se realizaram colóquios com o Chega, nem com o Partido Liberal Social, por estas formações partidárias não os terem agendado.

 

                                           Encontro Nacional FAMP 2025, no Museu do Douro; fotografia AAMD.

Nos passados dias 26 a 28 de setembro decorreu no Museu do Douro na Régua o Encontro Nacional FAMP 2025, subordinado ao tema “Os vossos Museus, a nossa paixão”, o qual contou com a presença de vários grupos de amigos de museus e monumentos de Portugal. A receção aos participantes decorreu no fim-de-tarde de sexta-feira de 26 no terraço daquele museu, onde decorreram os trabalhos a partir das 10 horas do dia seguinte, tendo falado na sessão de abertura Helena Gil, vogal do conselho diretivo da Fundação Museu do Douro, Maria do Rosário Alvellos, presidente da direção da FAMP e o Doutor Alexandre Pais, presidente de conselho de administração da "Museus e Monumentos de Portugal, EPE", tendo também feito intervenções e comunicações Rita Dargent, diretora do Museu Nacional dos Coches; Alexandra Falcão, diretora do Museu de Lamego e Maria José de Sousa diretora do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa.

Estiveram presentes para intervir no programa as seguintes associações: Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana; Associação de Amigos do Museu do Douro; Grupo de Amigos da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves; Grupo de Amigos do Museu de Alberto Sampaio; Grupo de Amigos do Museu de Penafiel; Liga de Amigos do Museu Nacional Machado de Castro; Liga dos Amigos do Douro Património Mundial; Sociedade de Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior. Na sessão de encerramento falaram Ana Rita Lopes, dos Jovens FAMP; Maria do Rosário Alvellos e Maria Leonor Marinho, respetivamente presidente e secretária da direção da FAMP.

O encontro teve um jantar de encerramento no dia 27 no restaurante “Castas e Pratos” na Régua, a que se seguiu no dia seguinte uma visita ao Pinhão e um passeio de barco com almoço regional no Rio Douro.

A associação ASCR-CQ esteve representada por António Pinto Bernardo, J. A. Gonçalves Guimarães e Manuel Nogueira dos corpos gerentes e pela associada Ângela Moreira, do Museu das Casinhas de Bonecas do Porto. Na sessão de abertura o presidente da direção falou sobre «Os Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana» enquadramento associativo, estatutos e objetivos».

 

 

                                            Doutor Francisco Javier de Olazabal  (1938-2025); fotografia Medialivre


No passado dia 1 de outubro, o presidente da direção e vários associados e confrades estiveram no funeral do Doutor Francisco Javier de Olazabal, nosso associado na Capela da Granja em São Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia.

 


Nos dias 23 e 24 de outubro decorreu no auditório Dr. António Pedro Pinto de Mesquita da Venerável Ordem Terceira de São Francisco do Porto o III Congresso Porto Romântico, coordenado pelo Professor Doutor Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, provedor da instituição e catedrático da Universidade Católica do Porto, instituição parceira desta realização, como aliás das edições anteriores. Vários foram os historiadores associados e membros dos corpos gerentes da ASCR-CQ, bem assim como investigadores do seu Gabinete de História, Arqueologia e Património que estiveram presentes com comunicações. Por ordem de apresentação no programa, Maria de Fátima Teixeira falou sobre «”António Augusto Teixeira de Vasconcelos um dos mais ilustres e dos mais notáveis jornalistas portugueses, um dos escriptores mais elegante e espirituosos...,”»; António Barros Cardoso sobre «Os “Ratos da Alfândega de Pantana” – Sátira do Porto Romântico»; J. A. Gonçalves Guimarães sobre «O juiz Teixeira de Queiroz e o conde do Bolhão: revisitação de um episódio de corrupção no Porto Romântico»; Eva Baptista sobre «Bernardo de Almeida Lucas: expressão multifacetada do legado romântico portuense»; Licínio Santos sobre «A 2.a Geração dos Nicolau de Almeida: A afirmação social e comercial de uma família gaiense no Porto de Oitocentos»; e Nuno Resende sobre «Reconstituir e cartografar vestígios da sociabilidade romântica do Porto através das Cartes-de-Visite: poses, gestos e cenários no retrato fotográfico de estúdio (~1860~1890)». As Atas serão publicadas em 2026.

 





No dia 23 de outubro passado decorreu no Solar Condes de Resende uma visita guiada pelo responsável pelo equipamento, Dr. João Fernandes, à exposição «Marciano Azuaga, da coleção privada ao museu público» que se encontra patente no andar superior do edifício. Encerrado o seu «museu» nos anos trinta do século passado, passados quase cem anos, muitos dos objetos que o constituíram voltam assim a ser disponibilizados ao público a quem o colecionador os ofereceu em 1904, quando doou a sua coleção ao município gaiense. Tendo grande parte dela sido transferida para o Solar em 1987, desde então o seu anterior diretor e colaboradores desenvolveram esforços no sentido da recatalogação integral deste espólio por núcleos temáticos; o seu estudo específico e enquadramento museológico por especialistas, a sua divulgação através de publicações profissionais; o empréstimo de peças para exposições temporárias, locais, nacionais e internacionais; e a comparação com idênticas coleções em Portugal e no estrangeiro, de que resultaram várias publicações numa já extensa bibliografia, sendo a mais recente o estudo de GUIMARÃES, J. A. Gonçalves; GUIMARÃES, Susana (2025) - O Museu Azuaga na génese dos museus gaienses, recentemente editado pela Confraria Queirosiana.

A visita contou com a presença da vereadora da Cultura e da Programação Cultural da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Eng.ª Paula Carvalhal e de outros quadros autárquicos, tendo também estado presentes dirigentes, associados e confrades da ASCR-CQ que felicitaram a atual equipa profissional do Solar pelo trabalho desenvolvido que tornou possível esta verdadeira reparação cultural. A exposição pode ser vista de terça a domingo das 9 às 12,30 e das 14 às 17,30 horas.

 

A ASCR-CQ organiza e promove…

Palestra das últimas quintas-feiras do mês

Como anunciado, realizou-se no passado dia 02 de outubro no Solar Condes de Resende a habitual palestra das últimas quintas-feiras do mês, desta vez na primeira de outubro devido a uma reprogramação de atividades que a tal obrigou. Foi palestrante o Dr. Marcus Vinícius, médico radiologista que se dedica ao estudo das “misteriosidades humanas” e que falou sobre «O Golem e o Rabino Judah Löew (folclore judaico), um tema retomado pela cinematografia internacional ao longo do século XX e até à atualidade.

A próxima palestra será na quinta-feira, dia 30 de outubro, entre as 18,30 e as 19,30 horas e terá como tema «Visita guiada à exposição “Marciano Azuaga: da coleção privada ao museu publico”» e será palestrante o Dr. João Fernandes, responsável pelo Solar Condes de Resende e confrade da ASCR-CQ.

Curso sobre Camilo Castelo Branco

 

Prof. Doutor Sérgio Sousa

No sábado dia 04 de outubro, pela15 horas decorreu, no Solar Condes de Resende a sessão de abertura do curso livre evocativo dos 200 anos do nascimento de Camilo Castelo Branco (1825-2025) organizado pela Academia Eça de Queirós dos Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana. Esta primeira sessão contou com a presença da Eng.ª Paula Carvalhal, vereadora do Pelouro da Cultura e da Programação Cultural em representação da presidente da Câmara, do presidente da ASCR-CQ e outros membros dos corpos gerentes e associados e de vários professores deste curso. Após a distribuição dos certificados do curso anterior e das palavas de abertura das entidades presentes, o agrupamento musical “Eça Bem Dito”, dirigido pela pianista Maria João Ventura executou algumas canções do seu repertório camiliano, que farão parte de um concerto final a realizar na Casa de Camilo, em São Miguel de Seide no final do curso. A lição de abertura foi proferida pelo Prof. Doutor Sérgio Sousa, da Universidade do Minho, sobre «Teoria da Literatura: o que é? Para que serve?».

A segunda aula, sobre «Camilo Castelo Branco e Vila Nova de Gaia» realizou-se no dia 11 de outubro, proferida pelo Prof. Doutor J. A. Gonçalves Guimarães, da Academia Eça de Queirós e a terceira terá lugar no dia 25 de outubro sobre «A Gastronomia em Camilo» pela Prof. Dr.ª Elzira Queiroga, da Casa de Camilo – Centro de Estudos Camilianos de Vila Nova de Famalicão.

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Eça & Outras, III.ª série, n.º 206, sábado, 25 de outubro de 2025; propriedade da associação cultural Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana (Instituição de Utilidade Pública), Solar Condes de Resende, Travessa Condes de Resende, 110, 4410-264, Canelas, Vila Nova de Gaia; C.te n.º 506285685; NIB: 0018000055365059001540; IBAN: PT50001800005536505900154; email: queirosiana@gmail.com; www.queirosiana.pt; confrariaqueirosiana.blospot.com; eca-e-outras.blogspot.com; vinhosdeeca.blogspot.com; coordenação do blogue e publicação no jornal As Artes Entre As Letras: J. A. Gonçalves Guimarães; redação: Fátima Teixeira; inserção: Amélia Cabral; colaboração: Família Olazabal; Federação dos Amigos dos Museus de Portugal (FAMP); Associação de Amigos do Museu do Douro (AAMD).

 

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

 

Eça & Outras, III.ª série, n.º 205, quinta-feira, 25 de setembro de 2025

 

IIº Centenário do nascimento de Camilo Castelo Branco (1825-1890)

 

Que força é essa, José?

Terminou a festa da Feira do Livro do Porto 2025, este ano de homenagem a Sérgio Godinho, para os da minha geração «o nosso Sérgio», como «o nosso Zeca Afonso», o «nosso Zé Mário Branco»; o «nosso Adriano Correia de Oliveira» e mais alguns “nossos”: não nos levem a mal este sentido de apropriação que, na realidade, é mais de identificação com os intérpretes e as canções que, desde o tempo da nossa raiva contra a Guerra do Vietname e contra a Última Guerra Colonial Portuguesa, nos embalaram a esperança em um mundo melhor, mais justo e sem guerras. Para os jovens dos anos sessenta, como para os de hoje, não era, nem é, pedir muito. Apenas o exigir o direito à vida e a vivê-la com uma certa graça, por entre alguns desencantos e partidas das estações do comboio e das estradas da vida. E não nos enganamos, pois bem sabemos onde estão os precipícios. E vamos avisando os jovens de hoje que eles ainda existem por aí. Eles não os conheceram nem estão no seu GPS. Mas as canções de Sérgio Godinho, como as dos outros «nossos», sempre alertaram para eles, por entre encantos melódicos e palavras de bronze destes cantautores que se ergueram tão alto com o 25 de Abril. E na Alameda das Tílias uma nova árvore com um nome, no meio de outros de referência, agora a tília do Sérgio. No jardim do Palácio de Cristal, pavilhão de desportos vários e vistas larguíssimas para Vila Nova de Gaia, o Porto e o mar, onde se pode subir às alturas possíveis em visita guiada e segura com emoções de vertigens calculadas.

A Feira este ano, em certos momentos, deu-lhe para parecer um “sãojoão” sem martelinhos, tal era a romaria compacta de gentes, amigos, conhecidos, debutantes e vedetas das escritas e de outras artes. A Confraria Queirosiana lá esteve, como vai sendo hábito, a vender os seus livros e revistas, e os da Associação Portuguesa de História da Vinha e do Vinho, que eles foram feitos para serem lidos, comentados e partilhados. E também para prestar a sua homenagem ao escritor José Rentes de Carvalho nos seus 95 anos, através da presença do original de um seu novo busto modelado pelo escultor Hélder de Carvalho e destinado a ser colocado na aldeia de Estevais do Mogadouro, onde o escritor tem a sua casa que foi de seus avós. E através do livro que elaborei com uma recolha de textos escritos desde 2005, quando finalmente o conheci pessoalmente naquela aldeia com a companhia de Maria de Fátima Teixeira e Eva Baptista, e que intitulei Eça & Outras 2. J. Rentes de Carvalho 95 anos. Foi ali apresentado no dia 29 de agosto pelo meu caro colega e companheiro de lides associativas, António Manuel S. P. Silva perante uma plateia de Amigos e o meu neto Luís Filipe, que estas coisas também são de afetos. A recensão crítica será publicada em breve no número anual da revista da Confraria. Na impossibilidade de o homenageado estar presente, mandei-lhe alguns exemplares para Amsterdam, pedindo-lhe a sua condescendência para com os aleijões da obra, que a intenção foi boa e sincera. Mas a sua generosidade falou mais alto e a 15 de setembro mandou-me o seguinte e-mail: «Caríssimo Joaquim/ Por certo, e com estranheza pelo descuido, já se perguntou porque demoro a agradecer o livro em que faz de mim personagem principal./ Razões tenho de sobra, pois fiquei e continuo sinceramente embasbacado, mesmo depois de duas vezes o ter lido, e muitas mais procurando, descrente, uma ou outra passagem. É que o Joaquim escreve sobre mim de maneira tão sincera e variada, que deixa para trás o corrente em biografias, pois doseia com talento, conhecimento, e elegância, as diversas partes do “retrato”, contribuindo assim para que o retratado se sinta elogiado, mas dentro dos limites em que o conhecimento de causa põe travão a qualquer tendência de orgulho ou vaidade./ Leitor que sempre fui de biografias, esta sua obra  foi, é, para mim novidade, pois combina o conhecimento das vivências do retratado, com a leitura atenta e crítica dos seus escritos, doseando com singular elegância a análise do que neles é pessoal ou público./ Vou deixar passar algum tempo até fazer uma terceira leitura, mas mesmo uma nona ou décima em nada poderão diminuir o impacto que me causou a primeira. Isso menos por se tratar de mim, mas porque é coisa rara uma tão elegante e tão bem doseada autópsia de vivências, escritos e amizade./ Por aqui me fico, incapaz de lhe dizer o que a sua amizade e este seu livro são para mim./ Com o grande abraço de sempre./ José». Não sei que dizer. Desde miúdo que aceito os ralhetes como ocasião de planear correções. Mas os elogios deixam-me atordoado. Lembro-me sempre quando era menino e numa festa de natal da escola primária me atribuíram dois prémios de mérito: um, já era bom, encheu-me o peito; mas dois, o segundo logo na mesma ocasião, deixou-me enrascado. Não seria engano? Não era para outro colega que não tivera nenhum? E porquê dois prémios à mesma pessoa, se o habitual era um só? Agora, perante aquele e-mail estou na mesma situação: um prémio foi o prazer de ter organizado o livro e já me bastava esse; mas um outro, as palavras do homenageado e a sua amizade deixaram-me atónito: será que sou merecedor? Respondam também vocês.

Além da venda de livros e revistas, a Feira serviu também para divulgar os objetivos da Confraria e as atividades do Solar Condes de Resende como casa queirosiana internacional, onde em breve terá início mais um curso livre sobre os 200 anos de Camilo Castelo Branco e a 22 de novembro o capítulo anual onde serão insigniados como novos confrades algumas personalidades nacionais, brasileiras e moçambicanas, que Eça de Queirós era um escritor do mundo e de um mundo mais humanista se quer que continue. Para além da visita de Marcelo Rebelo de Sousa, de Carlos Fiolhais, de Francisco José Viegas, e de várias outras personalidades, também muitos associados e confrades nos deram o gosto de por ali passarem, conversarem, trocarem ideias e completarem as suas coleções da Revista de Portugal, e da Gaya. Estudos de História. Arqueologia e Património, e outras edições do nosso variado portfólio editorial, com autores como Alberto Silva Fernandes, António Manuel S. P. Silva, Eça de Queirós, Francisco Queiroz, Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, Joana Ribeiro, J. A. Gonçalves Guimarães, José Marques, José Pereira do Couto Soares, Licínio Santos, Luís Manuel de Araújo, Maria de Fátima Teixeira, Nuno Resende e Susana Guimarães, e muitos outros nas revistas acima referidas.

Às vezes interrogo-me sobre o que, para além da busca impenitente do saber e da convivialidade, andaremos todos por aqui a fazer: e não posso deixar de lembrar-me desta “tirada” queirosiana «A nação que não tem sábios, grandes críticos, analisadores, reconstruidores, ásperos buscadores do ideal não pode pesar muito no mundo político, como não pode pesar muito no mundo moral» (Eça de Queirós, Prosas Barbaras). Obrigado, caríssimo José Rentes de Carvalho pela força que continua a dar-nos, que bem dela precisamos.

 

J. A. Gonçalves Guimarães

historiador

 

 

Estamos em…

Estando a decorrer a campanha eleitoral para as autarquias, a ASCR-CQ tem recebido vários convites das várias forças partidárias para estar presente em diversos colóquios e outras manifestações cívicas por elas promovidos, a que temos procurado corresponder. Assim, nos debates promovidos pela Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia na sua sede, estivemos no dia 08 de setembro com o candidato Dr. Luís Filipe Menezes pela coligação PSD/CDS/IL; no dia 11 com os candidatos do ADN à Câmara e à Assembleia Municipal, respetivamente Dr. Rui Sequeira e Dr. Nuno Pereira; no dia 22 com o candidato do VOLT, Dr. Danel Gaio e no dia 23 com o candidato do PS, Dr. João Paulo Correia. No dia 07 de setembro estivemos ainda na Praia da Granja na sessão evocativa do Pacto da Granja ali ocorrido em 1976 promovida pela coligação Bloco de Esquerda/ Livre/ Independentes. Em todos os casos procuramos inteirar-nos sobre as propostas dos diversos partidos e coligações ao eleitorado sobre associativismo e cultura na área do município de Vila Nova de Gaia.

 

A ASCR-CQ esteve em…

                                            António Manuel S. P. Silva apresenta o livro sobre J. Rentes de Carvalho

Como referido na página anterior, entre os dias 22 de agosto e 07 de setembro a associação esteve presente na Feira do Livro do Porto com um pavilhão para venda dos seus livros e revistas e também os da Associação Portuguesa da História da Vinha e do Vinho (APHVIN/ GEHVID) com quem temos protocolo de cooperação. No dia 29 de agosto junto ao Lago dos Cavalinhos teve lugar o lançamento da obra Eça & Outras 2. J. Rentes de Carvalho 95 Anos, da autoria de J. A. Gonçalves Guimarães, presidente da direção da ASCR-CQ, tendo a apresentação do livro e do autor estado a cargo do Prof. Doutor António Manuel Silva, do Gabinete de História, Arqueologia e Património.

Durante esta Feira do Livro vários foram os nossos associados que apresentaram as suas últimas produções literárias, como David Rodrigues que a 5 de setembro aí lançou o livro de poemas Astrolábio, o qual será igualmente apresentado no próximo dia 6 de outubro na Biblioteca do Palácio Galveias em Lisboa.

 

A ASCR-CQ vai estar em…

Hoje, dia 25 de setembro, pelas 18 horas, J. A. Gonçalves Guimarães apresentará na Biblioteca Municipal de Vila Nova de Gaia o livro de António Conde, CCD Gaia - 50 anos a espalhar sorrisos, edição comemorativa dos 50 anos da criação desta associação dos funcionários da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.

Entre os dias 26 a 28 de setembro no Museu do Douro, na Régua, o Encontro Nacional FAMP 2025, subordinado ao tema “Os vossos Museus, a nossa paixão” organizado com a colaboração da direção do museu e da Associação de Amigos do Museu do Douro. J. A. Gonçalves Guimarães, presidente da direção da ASCR-CQ falará no dia 27, sábado, pelas 11,30.

 

A ASCR-CQ organiza e promove…

A habitual palestra da última 5.ª feira do mês de setembro realizar-se-á na quinta-feira, 02 de outubro de 2025, 18,30 - 19,30, presencial e por videocnferência, a partir do Solar Condes de Resende, sendo conferencista o médico radiologista Dr. Marcus Vinícios Cocentino Fernandes sobre «O Golem e o Rabino Judaw Löew (Folclore judaico)». A participação é livre e o link de acesso fornecido a todos os interessados.

 


No próximo sábado dia 04 de outubro pela15 horas decorrerá no Solar Condes de Resende a sessão de abertura do curso livre evocativo dos 200 anos do nascimento de Camilo Castelo Branco (1825-2025) organizado pela associação Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana, com sessões presenciais e videoconferência. Nesta primeira sessão, aberta a todos sem necessidade de inscrição, para além das palavras de abertura pelas entidades presentes, serão interpretadas canções camilianas pelo agrupamento musical “Eça Bem Dito” dirigido pela pianista Maria João Ventura, entregues os certificados do curso anterior e proferida a lição de abertura pelo Prof. Doutor Sérgio Sousa, da Universidade do Minho, sobre «Teoria da Literatura: o que é? Para que serve?». A frequência das restante aulas do curso obrigam a inscrição prévia,

 

Associados da ASCR-CQ

Diversos associados ou dirigentes da ASCR-CQ, a título pessoal, ou integrados noutras instituições, têm vindo a desenvolver diversas ações, algumas das quais registamos:

No dia 30 de agosto a orquestra Dixie Gang que em como um dos seus músicos titulares (piano; banjo) o Professo Doutor David Rodrigues atuou no Távola Jazz Club em Lisboa com o habitual sucesso.

No dia 6 de setembro, no programa Raízes Vivas comemorativo do Foral de Tendais organizado pela Câmara Municipal de Cinfães, o Prof. Doutor Nuno Resende, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, falou sobre “Rostos e Histórias de Vida”.

No dia 18 de setembro, nas Jornadas Europeias do Património 2025, o Prof. Doutor Luís Manuel de Araújo, professor jubilado da Universidade de Lisboa, apresentou no Museu Nacional do Traje, em Lisboa, a conferência sobre «O traje no Antigo Egito: uma evolução na continuidade».

Nos dias 26 e 267 de setembro na Universidade Babes-Bolyal, de Cluj-Napoc, Roménia, vai decorrer um colóquio internacional sobre «Camilo Castelo Branco: 250 anos de memórias vivas», com a prestação da Prof.ª Doutora Cristina Petrescu, aí docente.

 

Livros


No próximo dia 8 de outubro no Cinema Batalha do Porto, Afonso Reis Cabral vai ter o seu mais recente livro O último Avô apresentado ao público ledor por Mário Cláudio. Trata.se de uma estória de enredo familiar que se reporta à Última Guerra Colonial Portuguesa.

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Eça & Outras, III.ª série, n.º 205, quinta-feira, 25 de setembro de 2025; propriedade da associação cultural Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana (Instituição de Utilidade Pública), Solar Condes de Resende, Travessa Condes de Resende, 110, 4410-264, Canelas, Vila Nova de Gaia; C.te n.º 506285685; NIB: 0018000055365059001540; IBAN: PT50001800005536505900154; email: queirosiana@gmail.com; www.queirosiana.pt; confrariaqueirosiana.blospot.com; eca-e-outras.blogspot.com; vinhosdeeca.blogspot.com; coordenação do blogue e publicação no jornal As Artes Entre As Letras: J. A. Gonçalves Guimarães; redação: Fátima Teixeira; inserção: Amélia Cabral.